Bruno Braga.
A vida e a morte de Jesus. O enigma do nascimento do filho de Maria e o significado da sua morte na cruz. A vida do Cristo como a misteriosa união do transcendente, do metafísico, com o temporal e corruptível – o logos, o verbo divino que se fez carne. A sua morte significativamente expressa no ato da crucificação: no pólo vertical e inferior da cruz, a alma, e o seu oposto a transcendência, a metafísica divina; no eixo horizontal, de um lado, a sociedade, do outro, o Cosmos. A vida, paixão e morte de Jesus Cristo revelam a tensão radical entre os extremos da cruz, e o filho de Deus pregado no centro do instrumento do suplício, onde todas as dimensões se fundem – Alma, Deus, Sociedade e Cosmos. A consumação de um mistério como o exemplo da vida cristã: o esforço de reconciliação do indivíduo que não é Deus, mas que, independentemente da sua miséria e corrupção, é portador do logos divino; um empenho de superação da divinização do Cosmos e da Sociedade, porque o eixo horizontal da cruz não se sustenta sem a sua estrutura vertical.
Cf. BRAGA, Bruno. "Pai e Filho – ou o Homem consigo mesmo" [http://b-braga.blogspot.com.br/2011/08/pai-e-filho-ou-o-homem-consigo-mesmo_14.html].
2 comments:
Excelente, Bruno!
Obrigado, Gabriel.
Abraço.
Bruno Braga.
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