Bruno Braga.
Como se não
bastassem todos escândalos e denúncias, a Arquidiocese de Mariana (MG) resolveu
radicalizar. Entre os dias 09 e 11 de março, foi realizado, na cidade de
Carandaí, o II Seminário Arquidiocesano do Laicato. O evento, que contou com a
presença do Arcebispo de Mariana, Dom Geraldo Lyrio Rocha, foi concluído com a
publicação de uma “Carta Compromisso” [1].
O documento é
uma verdadeira aberração. Entre os “desejos” elencados pelos leigos que
participaram do seminário, um deles é capaz de instantaneamente chocar o leitor
tão logo bata o olho nos seus termos:
“Criar espaços
para aprofundar discussões sobre temas polêmicos, presentes em nossas
comunidades, como questões de GÊNERO e ORIENTAÇÃO SEXUAL, ABORTO, SISTEMA
POLÍTICO E FÉ E CIÊNCIA e outros”.
Os leigos do
seminário também manifestaram o “desejo” de incentivar “a dimensão sócio
política nas paróquias”. E aqui não se trata de observar a “politização” da fé,
no mínimo suspeita em uma Arquidiocese marcada pelas pregações comunistas da
Teologia da Libertação [2]. O item é assustador, porque a Arquidiocese de
Mariana, em parceria com o “Movimento Fé e Política”, assumiu a militância
comunista e a militância eleitoral para promover duas candidaturas para as
próximas eleições: a de Leleco Pimentel, para deputado estadual, e a do “padre”
João, para que seja reeleito deputado federal – ambos do PT [3]. Com isso, o “desejo”
de incentivar “a dimensão sócio política nas paróquias” poderia significar o “desejo”
de transformar as igrejas em núcleos de adestramento e em comitês eleitorais
comunistas.
E os leigos
concluem a sua “Carta Compromisso” – após louvarem a “Mãe Terra” – com o “desejo”
de “viver a plena comunhão com a Igreja em nossa vida e nossa missão”. Mas,
como isso é possível com um documento, com uma confissão aberta e pública de
traição contra a Esposa de Cristo?
O certo é que
este “Ano do Laicato” começou vigoroso, e com os leigos travando uma batalha
muito diferente daqueles que supostamente participaram do seminário de Mariana:
a luta pela Santa Igreja Católica, a exigência para que os seus “pastores” sejam
fiéis à Doutrina, ao Magistério e à Tradição; a denúncia contra o assalto
comunista e a politização da fé pregada pelos “apóstolos” da nefasta Teologia
da Libertação; as denúncias contra os desvios – quando não crimes – da CNBB. O
seminário do laicato da Arquidiocese de Mariana parece dar voz a um outro tipo
de leigo: aquele que trai sem o menor receio e pudor os princípios e as
orientações da Igreja; o que rasga, pisa, vira as costas, cospe e ainda
manifesta um “desejo” no mínimo cínico de “viver em comunhão”. Ora, esse tipo
não é exatamente o que os leigos estão denunciando na sua batalha pela Santa
Igreja? O Seminário do Laicato reproduz realmente a voz dos leigos da
Arquidiocese de Mariana ou são os militantes, os parasitas e assaltantes que
fingem ser a voz dos leigos? A Arquidiocese de Mariana, onde o totalitarismo
comuno-CNBBista parece ter sido instaurado de vez, com pressões e ameaças,
fazendo vítima uma leiga, que perdeu a coordenação da catequese de sua paróquia
por exigir a verdade em todos os escândalos [4]. A Arquidiocese em que a sua Renovação
Carismática Católica resolveu tomar posição sobre as graves denúncias contra a
CNBB e, em uma “nota” completamente infundada, assumir a defesa da Conferência
dos Bispos (cf. anexo). A Arquidiocese de Mariana que, sob os cuidados e a
direção pastoral de Dom Geraldo Lyrio Rocha, parece ter decidido radicalizar
contra os leigos e contra a Santa Igreja Católica.
ANEXO (*).
Em uma nota, a Renovação
Carismática Católica (RCC) da Arquidiocese de Mariana resolveu se posicionar a
respeito das graves denúncias que pesam contra a CNBB (Cf. imagem) [5].
A RCC reduziu as
denúncias a “críticas abertas”, e lamentou que elas tenham sido “compartilhadas
por muitos fiéis católicos”. Mas, em nenhum trecho da nota, a Renovação
Carismática faz referência ao conteúdo do que chama simplesmente de “críticas”
- e que são na verdade denúncias fundamentadas em um vasto conjunto de provas
documentais. A RCC trata logo de afirmar obediência e fidelidade ao Magistério
da Igreja por meio de seus Bispos, em especial ao Arcebispo da Arquidiocese de
Mariana. Uma afirmação um tanto despropositada, uma vez que as denúncias contra
a CNBB não versam propriamente contra o Magistério da Igreja.
Na nota, a RCC declara:
“não concordamos com estes ataques à hierarquia da Igreja”. A Renovação
distorce mais uma vez, e reduz as denúncias a meros “ataques”, esquecendo-se
que a CNBB não faz parte da hierarquia da Santa Igreja Católica. Sobre isso, é
sempre importante recordar a lição do Cardeal Joseph Ratzinger, então prefeito
da Congregação para a Doutrina da Fé e agora Papa Bento XVI: “não devemos nos
esquecer que as conferências episcopais não possuem base teológica e não fazem
parte da estrutura indispensável da Igreja, assim como querida por Cristo, têm
somente uma função prática e concreta (“A fé em crise?” p. 40). Lição esta que
poderia muito bem ser concluída com a sentença do Cardeal Raymond Burke: “no
Juízo Final, comparecerei diante do Senhor, e não diante da Conferência
Episcopal” (cf. “Esperanza para el mundo”).
A Renovação afirma que os
“ataques” não correspondem à forma que Cristo ensinou para resolver os conflitos
e cita o Evangelho segundo São Mateus para sugerir que os tais “conflitos”
devem ser resolvidos a portas fechadas. No entanto, o mesmo texto bíblico
citado determina o seguinte: “Se recusa ouvi-los [e após esgotadas as
tentativas de abordagem pessoal e particular, o que aconteceu com as próprias
denúncias contra a CNBB], dize-o à Igreja. E se recusar ouvir também a Igreja,
seja ele para ti como um pagão e um publicano” (Mt. 18, 17). Ademais, a
Renovação Carismática sequer especula que tais “conflitos” – as denúncias –
possam ter tomado uma dimensão pública na esfera judicial cível e até mesmo
penal.
A RCC ainda exorta “todas
as lideranças” da Renovação Carismática da Arquidiocese de Mariana para “que
não se deixem levar nem reforcem esta corrente de críticas”. Em resumo, convida
os carismáticos ao silêncio. Um convite fundado em uma concepção distorcida da
situação, a de que denúncias documentadas são uma “corrente de críticas”, e sob
um falso pretexto, o de que essa “corrente” “fere a unidade eclesial, gera
escândalos e coloca obstáculos à Evangelização”.
Depois de tudo isso, a
Renovação Carismática convoca à paz. Mas, que tipo de paz é possível diante de
uma visão no mínimo falseada dos fatos e sem pelo menos a expectativa – pelo
menos a expectativa (!) – da verdade? Mais uma vez é oportuna uma lição do Papa
Bento XVI: “defender a verdade, propô-la com humildade e convicção e
testemunhá-la na vida são formas exigentes e imprescindíveis de caridade” [...]
“um cristianismo de caridade sem verdade pode ser facilmente confundido com uma
reserva de bons sentimentos úteis para a convivência social, mas marginais”
(Carta Encíclica “Caritas in veritate”). E não foi o próprio Cristo que afirmou
ser Ele mesmo a Verdade? (Jo. 14, 6) Não foi o próprio Deus que sentenciou: “E
conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo. 8, 32)? Quanto à paz,
Cristo mesmo observou: “deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou
como o mundo a dá” (Jo. 14, 27). Um alerta contra a “paz do mundo” que a
consideração do Papa Paulo VI parece muito bem esclarecer: “a paz não pode
basear-se numa falsa retórica de palavras, bem aceites, em geral, porque
correspondem às profundas e genuínas aspirações dos homens, mas que podem
também servir, e infelizmente algumas vezes já serviram, para dissimular o
vazio de um verdadeiro espírito e de reais intenções de paz, quando não até,
para encobrir sentimentos e ações de opressão, ou interesses partidários” [...]
“Não, paz não é pacifismo” (01 de janeiro, “Dia Mundial da Paz”).
(*) Publicado no Facebook
no dia 08 de março de 2018. Cf. [https://www.facebook.com/blogbbraga/photos/a.190586071090013.1073741828.184797238335563/986708164811129/?type=3&theater].
______
______
Notas publicadas no Facebook.
I.
E ainda sobre o
“seminário do laicato” da Arquidiocese de Mariana, veja só quem estava lá para
“motivar” os leigos a expressarem os seus “desejos” em uma “Carta Compromisso”
tenebrosa: Zé Antônio – o “apóstolo” comuno-petista da Teologia da Libertação
que tem Leonardo Boff como “guru”. Um conhecido excretor de ofensas contra a
Santíssima Virgem Maria que sonha e milita para realizar os “desejos” escabrosos
apresentados na tal carta [6]. José Antônio que é – não fique espantado - assessor
do Conselho Arquidiocesano do Laicato (CLAM).
II.
Fábio Silva é presidente
do Conselho Arquidiocesano do Laicato (CLAM). Ele foi o responsável por
apresentar a “análise de conjuntura” na abertura do escabroso “seminário do
laicato” da Arquidiocese de Mariana. Até o mais lerdão da turma, mas que teve
contato com o vocabulário comunista, sabe de cara o que significa a expressão
“análise de conjuntura”.
Para que o leitor não
pense que se trata aqui de decifrar expressões, a imagem abaixo é referente a
um vídeo no qual Fábio Silva – valendo de sua posição no CLAM e na Pastoral da
Juventude – faz campanha política para um vereador do PT [7].
É importante recordar que
o Conselho Arquidiocesano do Laicato – que tem Fábio Silva na presidência – é
assessorado por José Antônio Oliveira, o “apóstolo” comunista da Teologia da
Libertação, excretor de ofensas contra a Santíssima Virgem Maria que também
participou do evento promovido pela Arquidiocese de Mariana [8].
PS. Nas duas imagens
sobrepostas, propaganda do candidato petista para quem Fábio Silva fez campanha
e o postulante a uma cadeira na Câmara Municipal com João, o “padre do PT” –
candidato que conta com o apoio da Arquidiocese de Mariana nas eleições deste ano
de 2018 [9].
III.
Em uma nota anterior,
tratei de Fábio Silva, presidente do Conselho Arquidiocesano do Laicato (CLAM) que
foi o encarregado de apresentar uma “análise de conjuntura” na abertura do
tenebroso “seminário do laicato” da Arquidiocese de Mariana (MG).
Muito bem. É importante observar
o que o senhor Fábio Silva “curte” nas redes sociais, pois não é difícil concluir
que isso é parte do que constitui o seu imaginário e a sua formação, e
repercute, consequentemente, não só na elaboração da sua “análise de
conjuntura”, mas também na condução do Conselho e na orientação dos leigos da
Arquidiocese de Mariana.
Estão lá no seu perfil do
Facebook: Lula bandido; Dilma Rousseff – despachante do Foro de São Paulo;
Filosofia Marxista; Militância de Esquerda; a Teologia da Libertação e os seus
“apóstolos”, Leonardo Boff, Frei Betto e o “padre do PT”, o deputado federal
João; os também deputados JeÂNUS Wyllys e Jandira FECALi; e tem até o vereador
petista, militante gayzista e abortista de Barbacena (MG), Thiago Martins [10].
Bom... Não preciso dizer
mais nada...
IV.
Tem mais sobre o
tenebroso “seminário do laicato” da Arquidiocese de Mariana. Este é o padre
José Afonso Lemos. Vamos puxar a memória do leitor. Ele esteve – na condição de
assessor – de uma reunião da “coordenação das CEB’s” com os “delegados” que,
junto com Dom Geraldo Lyrio Rocha, participaram da 14ª Intereclesial das CEB’s,
em Londrina (PR). Na reunião, José Afonso insistiu em negar a militância
comunista ostensiva que chocou o país e o mundo. José Afonso, o mesmo que
explicou para os seus seguidores nas redes sociais o significado do “anel de
Tucum”, o símbolo da Teologia da Libertação – o simulacro de teologia criado
para fazer “pregações” comunistas e que se transformou no “catecismo” oficial
das CEB’s e da CNBB [11].
REFERÊNCIAS.
[1]. Cf. [http://www.arqmariana.com.br/noticia/1518/carta-compromisso-do-ii-seminario-arquidiocesano-do-laicato].
[2]. Cf. BRAGA, Bruno. "A transformação da
Arquidiocese de Mariana-MG: o efeito corruptor da Teologia da Libertação".
Material para estudo [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/03/a-transformacao-da-arquidiocese-de.html]; “Teologia da Libertação”: a
transformação comunista da Arquidiocese de Mariana. Material para estudo [http://b-braga.blogspot.com.br/2016/08/teologia-da-libertacao-transformacao.html].
[7]. Link para o vídeo: [https://www.facebook.com/marcosnunesvereador13000/videos/1143576282388867/].
[9]. Cf. “Estarrecedor:
Arquidiocese de Mariana fomenta militância comunista e eleitoral” [http://b-braga.blogspot.com.br/2018/03/estarrecedor-arquidiocese-de-mariana.html].
[10]. Cf. “Thiago
Martins. O vereador petista de Barbacena (MG) e a matança de crianças inocentes
– o aborto -, a maconha e o banditismo, a ‘catequese’ da Teologia da
Libertação, a ideologia de gênero LGBT-gayzista e outras aberrações” [http://b-braga.blogspot.com.br/2017/07/thiago-martins-o-vereador-petista-de.html].
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