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Sunday, September 23, 2018

O engajamento da Arquidiocese de BH na campanha eleitoral comuno-petista.

Bruno Braga. 



No dia 14 de setembro, aconteceu em Belo Horizonte (MG) um evento com o título "Fé cristã, consciência política e a importância do voto católico nas eleições 2018". Uma promoção da Região Episcopal Nossa Senhora da Piedade (RENSP), do Vicariato Episcopal para a Ação Social e Política, e da Arquidiocese de BH. Os palestrantes foram Dom Joaquim Giovani Mol e Liliam Daniela dos Anjos (cf. imagem).



Dom Mol, que é Bispo auxiliar na capital mineira, tornou-se conhecido por ser o presidente da Comissão para o Acompanhamento da Reforma Política da CNBB em uma proposta encabeçada pela própria Conferência dos Bispos. Proposta de reforma política que por meio do truque, da fraude e do engano tentava ampliar e fortalecer o esquema de poder comuno-petista [1]. Dom Mol ficou famoso também por protagonizar uma cena grotesca, subindo em um caminhão da CUT - braço do PT e do Foro de São Paulo - para debochar da sacristia e fazer militância política [2]. Dom Mol, o promotor da ideologia de gênero LGBT-gayzista na Arquidiocese de BH e na PUC-Minas, universidade da qual é reitor [3].

Na sua palestra, Dom Mol não citou nomes, mas - a partir dos "dogmas" da Teologia da Libertação - definiu os candidatos em três tipos: 1. o que defende o Estado Social, que cuida dos "pobres" e "marginalizados"; 2. o que advoga o Estado Liberal, acreditando que a riqueza será generosamente distribuída pelos ricos (Estado que Dom Mol fez questão de ressaltar: não existe em lugar nenhum do mundo); e 3. o que propõe um Estado Penal. Não é preciso muita perspicácia para concluir que - para Dom Mol - os católicos devem votar no primeiro tipo de candidato, e que o terceiro - advogado do Estado Penal (para o Bispo auxiliar, o pior candidato) - é claramente uma referência a Jair Bolsonaro. 

A alusão a Bolsonaro ficou explícita também quando Dom Mol falou de "[candidatos] que chegam a outras loucuras, e inclusive com cristãos defendendo, uma coisa impressionante... não merece a nossa confiança, não merece o nosso apoio, não merece o nosso voto, não merece nem mesmo discussão".

A outra palestrante foi Liliam Daniela dos Anjos. Liliam se apresenta como "cientista política". Porém, ela é mais que isso. Liliam Daniela dos Anjos - conforme base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) - é filiada ao PT.




Liliam é eleitora entusiasmada de Fernando Haddad - candidato do PT e do Foro de São Paulo à Presidência da República -, como mostra a foto que recentemente publicou com euforia de tiete nas suas redes sociais.

Aliás, as redes sociais da palestrante exibem a sua adesão partidária, ideologia e as bandeiras que levanta. Da campanha pela liberdade do bandido Lula à promoção da candidatura de Dilma Rousseff. Do louvor à revolução comuno-bolivariana da Venezuela ao orgulho gay LGBT. Da promoção do projeto de reforma política encabeçado pela CNBB - representada por Dom Mol - [4] à bandeira feminista militante contra Jair Bolsonaro. 
    












































Na sua palestra, a petista Liliam dos Anjos honrou a carteirinha do partido e os seus "ideais". Levantou a falsa tese do "golpe" contra a "President[A] Dilma", mentiu sobre o "congelamento" de "investimentos públicos por vinte anos" e, contra a reivindicação de "menos Estado", afirmou que a solução é: "Estado". Uma postura fiel ao totalitarismo comuno-petista. 


No evento, os participantes podiam adquirir a cartilha de orientação política da CNBB. Porém, foi distribuído também o jornal "Brasil de Fato". Uma publicação do PT - na qual escrevem "apóstolos" da Teologia da Libertação como Frei Betto - e que, na edição alí disponibilizada, trazia a panfletagem em favor da candidatura de Fernando Haddad (cf. imagem). Editorial: "Eleger Haddad é decisivo" (p. 2). "Opinião": "Haddad não é um poste" (p. 6).


Eis aí o engajamento da Arquidiocese de BH na campanha eleitoral comuno-petista.


REFERÊNCIAS.

[1]. Cf. "Paróquia da capital mineira aberta à pregação comunista: a promoção da reforma política da CNBB" [http://b-braga.blogspot.com/2014/12/paroquia-da-capital-mineira-aberta.html].

[2]. Cf. "'Gritaria' comuno-petista dentro da Igreja", nota III [http://b-braga.blogspot.com/2016/09/gritaria-comuno-petista-dentro-da-igreja.html].

[3]. Cf. "A agenda gayzista promovida a todo vapor na Arquidiocese de Belo Horizonte. Um fiel escreve" [https://fratresinunum.com/2017/12/07/e-a-ideologia-de-genero-continua-sendo-promovida-a-todo-vapor-na-arquidiocese-de-belo-horizonte-um-fiel-escreve/].

[4]. Cf. referência [1].

Tuesday, September 11, 2018

A mentalidade revolucionária comunista e a tentativa de matar Bolsonaro.

Bruno Braga.
Notas publicadas no Facebook.


I.

A tentativa de homicídio é impactante. Mas, choca também - não só nas declarações de comunistas assumidos, mas de opositores - é que, na tradução dos discursos, o próprio Jair Bolsonaro teria sido o autor do crime: ele teria cravado uma faca em si mesmo. Trata-se de mais uma amostra - entre inúmeras outras - de como a mentalidade revolucionária provocou no país uma devastação em massa de inteligências, gerando mais que uma delinquência intelectual, mas uma espantosa delinquência moral.

PS. Comparar o atentado forjado à caravana do presidiário Lula com o esfaqueamento do Bolsonaro - o que tem sido feito na cobertura da imprensa - é parte da delinquência citada acima.   

II.

É óbvio que para a investigação do crime é necessário denunciar o autor, reconstituir a ação, determinar os meios de execução e conhecer as motivações imediatas. Mas, é importante avaliar também as circunstâncias em que o delito foi consumado. Por isso, para fomentar um estado de coisas propício ao crime não é preciso ter uma filiação partidária. Ora, não foi o próprio Lula que afirmou ser "uma ideia"? O bandido encarcerado estava certo, não é preciso ter uma carteirinha do partido. 

Sim, Lula estava certo. Não no que se refere à sua pessoa, mas à sua mentalidade. A mentalidade revolucionária comunista, que realmente cria e forma psicopatas. É o que explica muito bem o psiquiatra polonês, o dr. Andrew Lobaczewiski. No poder - e em posições estratégicas e de influência - o psicopata é capaz de transmitir e infectar milhares de pessoas com o seu transtorno ideológico, a sua deformidade moral e intelectual (cf. "Ponerologia: Psicopatas no poder") [1]. O que dizer de uma população submetida por anos a uma psicopatia - um tipo de amor esquizofrênico em que mal se consegue disfarçar a mobilização de uma "luta de classes", uma luta contra tudo e todos para o advento do "novo mundo" idealizado por pseudo-Intelectuais, jornalistas, imprensa e professores engajados, e até por delinquente travestidos com batina que parasitam paróquias e igrejas para politizar a fé? 

Os resultados disso saltam aos olhos com a tentativa de homicídio contra Bolsonaro. Na reação da militância ostensiva, os sintomas são evidentes. Mas, eles aparecem também nos enrustidos, nos chamados "isentões" e naqueles que apenas repetem o que lhes aparece pela frente. Há no mínimo algum tipo de confusão mental em quem se apressa para anunciar que é contra todo tipo de violência, mas que, na frase seguinte, justifica um esfaqueamento com um "ele colheu aquilo que plantou" - e o faz com um juízo fundado em uma imagem totalmente estereotipada da vítima, propagandeada por todos os cantos pelos meios de comunicação, nas universidades (sobretudo federais!), disseminada por "idiotas úteis" e revoltadinhos, por uma molecada que sequer largou as fraldas (em geral, uma fralda cagada), e num conceito de "ódio" que significa apenas uma contrariedade às suas supostas "ideias", "mundo maravilhoso", aos seus caprichos e inclusive às suas perversões sexuais. 

A tentativa de assassinato contra Jair Bolsonaro mostra um crime. Tem um autor e as suas motivações. Mas ela deixa à mostra as suas circunstâncias. Que a psicopatia de um esquema de poder criminoso infectou e destruiu inteligências, corrompeu o senso moral de muita gente, é possível aferir pelas reações às imagens que chocam uma pessoa minimamente sã. Porém, há um dado extremamente relevante. Não se trata aqui de fazer apologia da vítima, campanha eleitoral do candidato abatido, ou qualquer coisa do tipo. Mas é inegável que Bolsonaro deu voz de forma clara e afirmativa a determinados princípios: Deus, família, ordem, aversão ao crime e oposição ao romantismo da bandidagem. Se ele está liderando com ampla vantagem a corrida presidencial, é porque a maior parte do eleitorado se identifica com eles. Princípios que os paladinos do "novo mundo" - ou os disseminadores da psicopatia - tentam deturpar, destruir e calar. 

III.

Já indiquei a leitura deste livro em outra oportunidade. A tentativa de assassinar Jair Bolsonaro e a mentalidade revolucionária (esquerdista!), que deforma intelectual e moralmente um amontoado de reações ao crime - inclusive as aparentemente mais "isentas" - dão causa para repetir a sugestão. E cito um trecho significativo da obra do psiquiatra Lyle H. Rossiter, "A Mente Esquerdista: as causas psicológicas da loucura política": 
[...] "A AGENDA ESQUERDISTA falha nesse teste porque SUAS CONCEPÇÕES PROFUNDAMENTE FALHAS e as regras que elas implicam fracassam na proteção aos direitos essenciais à estrutura geral da liberdade. O ESQUERDISMO MODERNO CONCEBE ERRONEAMENTE A NATUREZA DO HOMEM, a natureza do relacionamento humano, a natureza do desenvolvimento humano, as condições nas quais o relacionamento e o desenvolvimento devem ocorrer, e os ideais e instituições necessários para promover e proteger a liberdade ordenada. Estas concepções errôneas fomentam a IRRESPONSABILIDADE econômica, O CONFLITO SOCIAL e a INCOERÊNCIA POLÍTICA. Ao enfraquecer as capacidades de auto-confiança, cooperação voluntária, REALISMO MORAL e altruísmo informado, ELAS DEGRADAM O CARÁTER DAS PESSOAS. Quando implementadas numa política social elas interferem com a aquisição das conquistas essenciais do desenvolvimento, incluindo a confiança básica, autonomia, iniciativa, atividade, identidade e competência. A IDEOLOGIA ESQUERDISTA ATRAPALHA O EQUILÍBRIO DAS INFLUÊNCIAS RECÍPROCAS ENTRE INDIVÍDUOS, FAMÍLIA, COMUNIDADE E GOVERNO. A MENTE ESQUERDISTA MODERNA GERA ESSAS CONCEPÇÕES ERRÔNEAS PORQUE ELA SOFRE DE DISTORÇÕES SISTEMÁTICAS EM SUAS PERCEPÇÕES DO MUNDO. É UMA MENTE AFLITA COM A LOUCURA. 
[...] "'Mas as concepções deficientes que estão por trás dessas paixões não podem ser vistas como meros deslizes cognitivos. O grau de irracionalidade do esquerdismo moderno excede muito qualquer mal entendido que possa ser atribuído à coleta deficiente de dados ou a erros lógicos. De fato, sob um escrutínio cuidadoso, AS DISTORÇÕES DA HABILIDADE NORMAL DE RACIOCÍNIO PRESENTES NO ESQUERDISMO SÓ PODEM SER COMPREENDIDAS COMO SENDO PRODUTO DE PSICOPATOLOGIAS. São tão extravagantes os padrões de pensamento, emoção, comportamento e relacionamento que caracterizam a mente esquerdista, que seus protestos e demandas incansáveis tornam-se compreensíveis somente como DESORDENS DA PSIQUE. A MENTE ESQUERDISTA MODERNA, SUAS PERCEPÇÕES DISTORCIDAS E SUA AGENDA DESTRUTIVA SÃO O PRODUTO DE PERSONALIDADES PERTURBADAS'.
"Como ocorre em todas as PERTURBAÇÕES DE PERSONALIDADE, defeitos deste tipo representam falhas sérias nos processos de desenvolvimento. A natureza dessas falhas está detalhada abaixo. Entre suas consequências estão OS ESFORÇOS INCANSÁVEIS DA MENTE ESQUERDISTA DE REPRESENTAR A NATUREZA HUMANA DE FORMA ERRÔNEA e de negar os requisitos indispensáveis para o relacionamento humano. Em seus esforços para construir UMA GRANDE UTOPIA COLETIVISTA - para viver o que Jacques Barzun chamou de 'vida não condicionada' na qual 'todos devem estar seguros e à vontade numa centena de maneiras' - o esquerdista radical tenta efetivar no mundo real UMA FICÇÃO IDEALIZADA que mitigará todas as dificuldades e curará todas as feridas (Barzun 2000). Ele participa desta ficção, em essência UMA PEÇA DE MORALIDADE MARXISTA, nos vários teatros do relacionamento humano, mais frequentemente nos palcos econômicos, SOCIAIS e POLÍTICOS DO MUNDO. MAS A PEÇA É UM FRACASSO REPETIDO. Por todo o curso do século XX, AS TENTATIVAS DO ESQUERDISMO RADICAL DE CRIAR UM NOVO MUNDO SOCIALISTA [COMUNISTA] FRACASSARAM INVARIAVELMENTE. No início do século XXI, as tentativas continuam a fracassar, com economias estagnadas, DECLÍNIO MORAL e AGITAÇÃO SOCIAL" [...] 
Dr. Lyle H. Rossiter.

in. "A Mente Esquerdista": as causas psicológicas da loucura política. Vide editorial: Campinas-SP, 2016. pp. 404; 406-407.

IV.

Adélio Bispo de Oliveira pelo que consta é formado em Pedagogia (aparentemente, na Universidade Federal de Viçosa - MG). "Patrono da educação brasileira", Paulo Freire é o modelo inspirador dos cursos de Pedagogia do país. Comunista e "apóstolo" da Teologia da Libertação, é importante conhecer no mínimo as linhas gerais do pensamento daquele que "formou" não só o criminoso que tentou assassinar Jair Bolsonaro, mas os próprios "educadores da nação".

Para Paulo Freire, Pedagogia autêntica é aquela que faz "da OPRESSÃO e de SUAS CAUSAS objeto da reflexão dos OPRIMIDOS, de que RESULTARÁ O SEU ENGAJAMENTO NECESSÁRIO NA LUTA POR SUA LIBERTAÇÃO" [2]. Em outras palavras, educar significa instigar o engajamento do suposto "oprimido" na luta psicótica contra um suposto "inimigo". Trata-se de transformar o aluno em militante, torná-lo um autêntico revolucionário.

Mas, o propósito não é insuflar "ódio" e "ressentimento" - de forma alguma... Freire cita Che Guevara: "o verdadeiro revolucionário é animado por fortes sentimentos de amor. É impossível pensar um revolucionário autêntico sem essa qualidade" [3]. 

Ora, é conhecido o tipo de "amor" doentio e esquizofrênico que alimentava o coração do "el chancho". Um "amor" que motivou o fuzilamento de opositores e inocentes no paredão, que inspirava o psicopata sanguinário a proclamar palavras tão românticas e ternas como: “um revolucionário deve se tornar uma fria máquina de matar movida apenas pelo ódio”. Um "amor" que soa significativo diante da tentativa de matar Bolsonaro, e que aparece bafejado nas reações dos opositores do candidato que agora se apressam a proclamá-lo também. 

Seja como for, a violência não é estranha às lições do "mestre" da "Pátria Educadora" [comunista]. Paulo Freire afirma: "o ato de rebelião dos oprimidos, que É SEMPRE TÃO OU QUASE TÃO VIOLENTO quanto a violência que os cria, este ato dos oprimidos, sim, pode inaugurar o amor" [4]. O "amor" de Che, e também o "amor" de genocidas como Fidel Castro, Lenin e Mao Tsé-Tung, o "amor" do satanista Karl Marx - todos citados nominalmente por Paulo Freire como "modelos inspiradores" de suas teses.

Para Paulo Freire, não é apenas na política e nos relacionamentos sociais, a família também representa a "opressão": "as relações pais-filhos, nos lares, refletem, de modo geral, as condições objetivo-culturais da totalidade de que participam. E, se estas são condições autoritárias, rígidas, dominadoras, penetram nos lares que incrementam o clima da opressão" [5]. 

Portanto, o pai que vê o filho, o tio que vê o sobrinho, o seu primo, leitor, o irmão do seu amigo, enfim, a molecada que está saindo da escola, os calouros universitários que se revoltam contra a família, que a denunciam como fonte de opressão, "conservadorismo", preconceito e "fundamentalismo religioso", apenas ecoam os princípios inseridos na sua formação educacional e cultural. Os rebeldes de fraldinha acreditam mesmo que são os paladinos da "modernidade" e do "novo mundo"; contudo, são apenas boboquinhas que trabalham hipnoticamente para disseminar ideais já velhos que servem para a ascensão de agentes políticos e da sua militância, para a construção de um esquema de poder infinitamente mais opressor do que aquele contra o qual eles acreditam piamente que lutam. Claro, fazem tudo isso ao preço de minar e destruir a própria família - que ainda os bajula e paparica, e que será o refúgio deles na primeira dor de barriga -, mas também de se auto-violentarem, com marcas que muitas vezes podem ser irreversíveis.  

Muito bem. Esta é a formação à qual foi submetido Adélio Bispo de Oliveira, que cravou uma faca em Jair Bolsonaro. Mas é a formação dos "educadores" do país, que a transmitem aos seus discípulos e alunos - até mesmo por meios difusos e aparentemente "neutros" e "isentos". Não é exagero dizer - pois a realidade fornece as amostras, que incluem as reações à tentativa de assassinar Bolsonaro - que se trata de uma "Pedagogia" com potencial para formar rebeldes de fraldinha, revolucionários, militantes de grupos e partidos políticos, mas também de psicopatas, delinquentes e homicidas.   

V.

Um dia após um militante da "esquerda moderada" tentar matar Jair Bolsonaro [6], no feriado de 07 de setembro, a "esquerda" estava nas ruas, paróquias e igrejas em mais uma edição do "Grito dos Excluídos" - que deveria ser chamado "Grito dos comunistas". 

Não é segredo mais - eu mesmo já publiquei várias denúncias aqui [7] - que se trata de um evento direcionado para a propaganda de slogans, "causas" e bandeiras comunistas, para a promoção dos seus grupos e organizações criminosas - disfarçados de "movimentos sociais" e sindicais -, de agentes políticos, da ideologia totalitária e psicótica, do seu criminoso esquema de poder. Um evento revestido de aparente religiosidade, "batizado" pelas fraudes e truques da Teologia da Libertação. A imagem abaixo é mais uma amostra disso. 

Na parte superior, o "Grito" da Arquidiocese de Mariana, realizado em Congonhas. O "padre do PT" - o padre João 1315, que está em plena campanha eleitoral para tentar se reeleger deputado federal - ergue uma bandeira vermelha que envolve a bandeira do Brasil. Na parte inferior, o "Grito dos comunistas" da Arquidiocese de BH, permeado das bandeiras dos tais "movimentos sociais" e com defesas do bandido Lula.

Na capital mineira, houve um "grito" no mínimo inusitado: o do "Grupo de amigos e familiares de pessoas em privação de liberdade" - que proclamou: "Todo preso é preso político!". Ora, se é assim, não só o encarcerado Lula, mas Adélio Bispo de Oliveira - que tentou assassinar Jair Bolsonaro - também é "preso político". 

Este é o "Grito dos Excluídos". Levantaram bandeiras e punhos para louvar o banditismo comunista, atenuar e inclusive romantizar o crime; mas, será que tiveram a compaixão mínima para rezarem pelas suas vítimas - inclusive para a vítima de um esfaqueamento covarde? O "grito" comunista infelizmente invadiu a Santa Igreja Católica, e não foi apenas para perverter e politizar a fé. Ele é fonte de disseminação das deformações morais e intelectuais da mentalidade revolucionária que se alastrou pelo país.     

VI. 

Adélio Bispo de Oliveira foi filiado ao PSOL por 7 anos (2007-2014). O potencial - e mesmo o propósito - da mentalidade revolucionária comunista na formação de psicopatas - e até mesmo de homicidas - eu apresentei nas últimas "notas". Mas, e quando essa mentalidade se materializa - e se institucionaliza -, por exemplo, em um partido político? Caro leitor, você sabe quem foi um dos fundadores do PSOL, o partido comunista para o qual militou o "pedagogo" que tentou matar Jair Bolsonaro? Foi Achille Lollo. Um terrorista italiano que, em 1973, colocou fogo na casa onde o gari Mario Mattei vivia com a mulher e mais seis filhos. No atentado homicida, dois dos filhos de Mattei morreram queimados, um de 8 e o outro de 22 anos. Este último aparece na imagem abaixo. Stefano Mattei, inteiramente carbonizado.  


Achille Lollo fundou o PSOL, mas também foi militante do PT. Ele ateou fogo na casa do seu adversário político por ser um "neofascista". Adélio Bispo de Oliveira, que foi filiado ao PSOL, cravou uma faca em Bolsonaro por ser de "extrema direita" (cf. doc. termo da audiência de custódia). 

Parece evidente mais uma amostra da capacidade - e inclusive do propósito - da mentalidade revolucionária comunista para formar revolucionários, psicopatas e inclusive homicidas.

VII.

A ADPF 442 pretende legalizar a prática do aborto no Brasil. A maioria esmagadora dos brasileiros se mobilizou no combate contra a ação que pretende instaurar no país a matança generalizada de crianças inocentes, e pôde assistir também ao espetáculo horrendo de fraudes estatísticas, argumentos falaciosos e cínicos na tentativa de legitimar a proposta macabra. 

É necessário apontar que a ADPF 442 tem a assinatura do PSOL. O partido comunista que teve nos seus quadros Adélio Bispo de Oliveira - autor da tentativa de homicídio contra Bolsonaro.

Não, não se trata aqui de forçar associações. Não. Porém, não se pode fechar os olhos para a capacidade - e inclusive o propósito - de formar psicopatas - e até mesmo homicidas - da mentalidade revolucionária comunista (cf. notas anteriores). Mentalidade que no transtorno ideológico afeta a pessoa na base intelectual e moral de modo que ela se torna incapaz de reconhecer o que é a morte de uma criança. Ilude para a defesa da prática do aborto, mas também pode motivar a pessoa na consumação do crime. É preciso perguntar: quantas mães já mataram os seus filhos hipnotizadas por slogans como "meu corpo, minhas regras" ou iludidas pela falsa ideia de que o feto no seu ventre não era uma vida? 

Mentalidade revolucionária comunista. Ela, que é capaz de fazer um candidato à presidência da República do PSOL justificar a depredação do patrimônio alheio, a invasão de propriedade privada, legitimar a promessa de "incendiar" o país com "greves, ocupações e mobilizações", afirmar que não haveria "um dia de paz no Brasil", caso Dilma Rousseff fosse impichada e o bandido Lula fosse preso [8]. 
A mesma mentalidade revolucionária comunista que levou um parlamentar do PSOL - e ativista LGBT-gayzista - a justificar a cusparada em um adversário político - adversário agora esfaqueado. A mesma mentalidade que levou um militante adestrado pelo partido comunista - durante sete anos (!) - a cravar uma faca em Bolsonaro por considerá-lo de "extrema direita" e um defensor do "extermínio de homossexuais, negros, pobres e índios" (cf. doc. termo de audiência de Adélio Bispo de Oliveira). Uma acusação estereotipada e repetida histericamente não só por membros, militantes e candidatos do PSOL, mas disseminada pela imprensa e assumida por um sem número de "idiotas úteis" que se encantam com o "romance revolucionário" e se engajam na luta imaginária e psicótica contra o suposto "inimigo".

Muito bem. Do aborto à tentativa de homicídio. É impossível desprezar a natureza da mentalidade revolucionária comunista na "formação" de militantes e revolucionários, - no aliciamento de pessoas ingênuas e até de boa vontade - mas também na instrução e no encorajamento de psicopatas e assassinos. 

VIII.

Adélio Bispo de Oliveira - que tentou matar Jair Bolsonaro - integrou os quadros PSOL durante sete anos (2007-2014). É arqui-sabido que o PSOL trabalha como "linha auxiliar" do PT, e foi fundado a partir da velha máxima comunista de "dividir para conquistar". Porém, essa aliança é mais que ideológica. Ultrapassa simples conchavos políticos, projetos e iniciativas, protestos e campanhas - ela também se dá no âmbito do Foro de São Paulo. 

É verdade que o PSOL não aparece na lista de partidos associados ao Foro e disponibilizada por ele mesmo em seu site oficial [9]. No entanto, vários outros grupos e partidos também não aparecem lá, mas participam de maneira "informal" e às vezes discreta dos encontros, participam ativamente das ações e colaboram com a organização fundada por Lula e Fidel Castro - entre esses partidos está o PSOL. 

Prova disso quem dá é Gleisi Hoffmann - Presidente do PT - que, no último encontro do Foro de São Paulo, realizado em Cuba entre os dias 15 e 17 de julho deste ano, registrou a presença do PSOL no conciliábulo para tramar a transformação da América Latina na imensa "Patria Grande" comunista [10]. 

Assista ao vídeo.



REFERÊNCIAS.


[2]. "Pedagogia do Oprimido". Paz e Terra, 1987. "Contradição opressores-oprimidos. Sua superação". p. 17.

[3]. Idem. p. 45, nota 5. "Educação dialógica e diálogo".

[4]. Idem. p. 24. "Contradição opressores-oprimidos. Sua superação". 

[5]. p. 88. "Invasão cultural".

[6]. "Esquerda moderada" foi a auto-definição dada por Adélio Bispo de Oliveira - autor do crime - no termo da audiência de custódia.   




[10]. Cf. "Foro de São Paulo: o conciliábulo comunista em Cuba" [https://b-braga.blogspot.com/2018/08/foro-de-sao-paulo-o-conciliabulo.html].

Monday, September 03, 2018

A relação entre os abusos litúrgicos e os abusos de menores.

Peter Kwasniewski.
Adelante la fé, 01 de setembro de 2018.
Tradução. Bruno Braga.


Sabemos que existem sacerdotes bons e santos, imagens vivas do Sumo Sacerdote e Bom Pastor. Eles nos servem incansáveis, empenhados com afinco na nossa salvação. São uma das razões pelas quais ser católico é a maior das alegrias. Cada um de nós conhece um ou vários sacerdotes assim. Sabemos também que, com frequência, eles não são valorizados o suficiente e que, em momentos como o que vivemos, são objeto de ceticismo e suspeita não merecidos, mas por culpa dos pecados de alguns irmãos seus no clero. Culpa que eles repudiam e condenam tanto quanto os leigos.

No entanto, todos, leigos nos bancos e sacerdotes no presbitério, devemos formular algumas perguntas difíceis. Talvez a mais importante seja: como é que tantos homens de Deus, incluindo Bispos, se converteram em instrumentos do diabo? Fora causas importantes, como a queda de Adão, uma concupiscência desordenada e perigos inerentes aos postos de autoridade, podemos identificar uma causa concreta nos últimos cinquenta anos? Isto é, no período de tempo em que aconteceram a imensa maioria dos abusos desonestos cometidos por sacerdotes.

Uma causa sistêmica do distanciamento dos seus deveres por parte do clero, o relaxamento moral e a libertinagem, está no ambiente de falta de regras e de anarquia proclamado pelos hippies no festival de Woodstock, e que acompanhou as reformas e deformações nos anos sessenta e setenta. Naquele tempo, o ideal católico do sacerdote que se submete à disciplina de um exigente rito litúrgico cheio de rubricas reverentes que incutem o temor de Deus foi substituído por uma rebelde exaltação pessoal. Essa situação não aconteceu em todos os lugares, mas foi exigida em todas as partes. Antes, o sacerdote era um homem consagrado ao sóbrio e estrito serviço do altar. Com as vertiginosas mudanças operadas nas épocas mencionadas, não tardou em converter-se no centro da atenção, em um presidente que manipulava a congregação, expressando-se no idioma dela. Os sacerdotes foram lançados no foço dos leões da vaidade, popularidade, sentimentalismo e relaxamento, e nem todos saíram ilesos como Daniel. Perdeu-se de vista o ascetismo, e se deu rédea solta a todos os males que havia impedido o código de honra antes vigente.

Os católicos de certa idade sabem muito bem o que quero dizer. Nasci em 1971, e me lembro de várias liturgias originais. Não tem nada de surpreendente que os sacerdotes culpados por aqueles disparates se encontrem entre os que mais tarde foram investigados por comportamento imoral. Demorei muito tempo para descobrir a relação (talvez eu seja um pouco lento), mas finalmente a entendi: os abusos que durante décadas foram cometidos na Santa Missa e no restante dos Sacramentos e atos litúrgicos - e, assim, por extensão, a agressão perpetrada contra os fiéis católicos, que têm o direito de que a Liturgia lhes seja oferecida na sua plenitude, como declara a instrução Redemptionis Sacramentum - são a forma primária e fundamental dos abusos contra os leigos por parte do clero, e da qual os abusos sexuais são uma variante mais perturbadora. 

Dada a absoluta centralidade e a infinita dignidade da Missa e da Sagrada Eucaristia, os abusos perpetrados contra a Liturgia e os Sacramentos são o maior delito que se pode cometer contra Deus e os homens. Se o maior e mais santo que existe não merece a nossa máxima veneração, como serão dignos de respeito alguns simples seres humanos? Somos pó e cinza comparados com o divino Sacrifício do Altar. Ao contrário, se reverenciamos profundamente e tememos a Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, reconheceremos sua imagem na alma e no corpo de todo ser humano, e o trataremos bem. A reverência a Deus está intimamente associada com o respeito aos simples.

Em seu popular blog, o padre Zuhlsdorf reproduz esta mensagem de um leitor: 
"Se não somos capazes de tratar com respeito o Corpo de Nosso Senhor e Salvador, como vamos respeitar o corpo do próximo? Não haverá uma espécie de rampa escorregadia entre a Missa mal rezada e o pecado? [...] Se levamos a sério a Missa e a Eucaristia, e deixamos que toda relação com os demais derive dessa relação primeira e essencial com Cristo, não poderemos utilizar os outros como se fossem objetos. Quando a Missa é prejudicada, tudo o mais se arruina também [...] Ao meu juízo, a Liturgia reverente nasce de modo natural do amor a Cristo na Eucaristia e da compreensão de que estamos na presença de Deus. [...] O padre Zuhlsdorf tem razão: 'Se salva-se a Liturgia, salva-se o mundo'. Não é por acaso que o Papa Bento XVI, que está trabalhando para limpar a Igreja dos abusos, esteja também empenhado em limpar a Liturgia. Se não somos capazes de respeitar Deus, não respeitaremos uns aos outros".
O padre Zuhlsdor também disse com a sua habitual energia:
"A Eucaristia, tanto a sua celebração quanto Ela mesma, por ser o Sacramento extraordinário, é fonte e ápice da vida cristã. Se verdadeiramente cremos, devemos crer igualmente que o que fazemos na igreja, o que cremos que acontece no tempo, é um fator determinante. Realmente cremos que a consagração tem um efeito? Ou cremos que o que se diz e a maneira com que se diz, os gestos e a nossa atitude são totalmente indiferentes? Por exemplo, se optamos por não nos ajoelhar diante de Cristo Rei e Juiz, verdadeiramente presente em cada Hóstia consagrada, terá um efeito mais generalizado?"
Em certas ocasiões, o católico sente a necessidade de dizer aos sacerdotes secularizadores e liberais das últimas décadas: vocês e os seus seguidores arruinaram a teologia com o Modernismo; devastaram a Liturgia com as suas reformas. Logo deram o golpe de misericórdia destruindo a vida de menores. É uma espantosa inversão do Reino de Deus. Chegará o dia em que todo esse mal será purgado, embora haja ainda tempo para o arrependimento, certamente enquanto o Senhor nos prepara um Céu novo e uma Terra nova.

Dizemos também a nossos sacerdotes bons e santos: sigam fazendo o que estão fazendo bem. Amem a Sagrada Liturgia, celebre-A com encantamento, devoção, temor reverencial, silêncio e beleza. Vão à nossa frente, guiando-nos na direção do oriente em nossa peregrinação até o Senhor. Dessa forma, realizarão uma verdadeira transformação cultural na Igreja, devolvendo a honra devida à instituição, ao pessoal e às cerimônias.

Saturday, September 01, 2018

Fátima: o último mistério e a Consagração jamais feita.

Bruno Braga.
Notas publicadas no Facebook.


I.

Foi lançado recentemente o filme "Fátima, o último mistério", que conta a história das aparições da Santíssima Virgem Maria aos três pastorinhos de Portugal. Não assisti ainda ao filme, mas é possível ter uma prévia do seu conteúdo no site oficial da película, onde graves equívocos aparecem [1].

Por exemplo. No vídeo "A influência de Nossa Senhora de Fátima na história" [2], afirma-se que a Rússia foi Consagrada ao Imaculado Coração de Maria em 1984 conforme o pedido o pedido da própria Mãe de Deus - e se faz referência a um testemunho da Irmã Lúcia de que o ato evitou uma guerra nuclear. É falso! O testemunho não tem fundamento, e a validade da Consagração foi contestada pelo padre Gabriele Amorth, que foi Chefe dos Exorcistas do Vaticano: “‘Não houve tal consagração ali’, diz o padre Amorth. ‘Eu testemunhei o ato. Eu estava na Praça de São Pedro naquela tarde de domingo, e muito próximo do Papa; tão próximo que eu quase podia tocá-lo’" [3]. 

E é importante observar que o Cardeal Raymond Burke recentemente reivindicou que o pedido de Nossa Senhora fosse atendido nos termos dados pela Virgem mesma: “trabalhem pela consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria” [4].

O documentário sugere ainda que a conversão da Rússia - efeito da suposta Consagração de 1984 - seria a declaração conjunta assinada pelo Papa Francisco e o patriarca Kirill de Moscou, no dia 12 de fevereiro de 2016, em Cuba - na ilha comunista! É simplesmente absurdo. Pior. O patriarca Kirill é um agente da KGB - codinome "Mikhaylov" - e recentemente chegou a pedir a restauração dos supostos "valores" da Rússia soviética de Lênin e de Stálin. Kirill também trabalhou para disseminar pelo mundo a Teologia da Libertação, que os brasileiros conhecem muito bem como instrumento criado para enganar os católicos, tomar de assalto a Santa Igreja e utilizá-la sorrateiramente na promoção dos interesses e ambições da quadrilha comunista [5].

O filme sobre Fátima, portanto, não parece esclarecer os mistérios - nem o primeiro nem o "último". Pelo contrário, acaba criando mais um: por que o documentário dá como resolvidos mistérios que outros tantos estudiosos não consultados pela produção deixam em aberto? Para assistir ao filme parecer ser prudente ter na memória o alerta que o Papa Bento XVI fez em Fátima no dia 13 de maio de 2010: "Enganar-se-ia quem pensasse que a missão profética de Fátima esteja concluída".

II.

O professor Olavo de Carvalho publicou ontem (21) um vídeo com o título "A maior fraude religiosa de todos os tempos". Trata-se de uma crítica importantíssima a respeito do recente documentário "Fátima, o último mistério" - filme que também comentei aqui em uma "nota" do dia 13 de agosto de 2018 [6].

O professor alerta com justiça que a Consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria não foi realizada tal como pediu a própria Virgem Santíssima em Fátima. A Consagração de 1984 - que o filme tenta legitimar - não foi válida, conforme o testemunho do padre Gabriele Amorth, organizador da cerimônia [7]. Legitimar e crer nessa Consagração, ressalta o professor Olavo, "a grande esperança que está se anunciando para o mundo vai ser um novo anti-clímax, muito pior do que foi o [anti-clímax posterior ao] Concílio Vaticano II".

Assista. É muito importante:


III. 

Uma breve consideração a respeito da Consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria. Nossa Senhora pediu que a Consagração fosse realizada pelo Papa em união com todos os Bispos do mundo. A Consagração de 1984 - feita pelo Papa São João Paulo II, e dada como válida pelo documentário "Fátima, o último mistério" - foi contestada pelo padre Gabriele Amorth, o próprio organizador da cerimônia. "Não houve tal consagração ali", disse o chefe dos exorcistas do Vaticano [8]. 

Seja como for, vamos desconsiderar o descumprimento dos requisitos e assumir a Consagração mencionada apenas para colocar duas questões bem simples. Em 1984, Pedro Casaldáliga, Helder Câmara, Evaristo Arns, Claudio Hummes e Luciano Mendes de Almeida já eram Bispos. Então, pergunto: eles - entre outros notórios "vermelhos" e "apóstolos" da Teologia da Libertação - estiveram em plena e sincera união com São João Paulo II - conforme pedido por Nossa Senhora - na Consagração da Rússia e no esforço de evitar que ela, a Rússia, espalhasse os seus "erros" pelo mundo? Ou estavam, naquele exato momento, em 1984, trabalhando na promoção desses mesmos "erros", que de uma forma ou de outra pregavam?    

IV.

Uma consideração a mais sobre a suposta Consagração da Rússia em 1984, dada como válida pelo documentário "Fátima, o último mistério". Como é sabido, Nossa Senhora pediu em Fátima que a Rússia fosse Consagrada pelo Papa em união com todos - vou repetir: todos! - os Bispos do mundo. É de conhecimento geral também a militância comunista  ostensiva ou disfarçada pelas fraudes da Teologia da Libertação de vários Bispos do Brasil [9]. Mas, vamos tomar a CNBB para verificar a postura desses mesmos Bispos e a "união" com o Papa naquele ano de 1984.  

O Jornal do Brasil, no seu editorial de 20 de fevereiro de 1984, apresentou uma nota com o título "Fora dos Eixos". Nela, apresentava um conflito monstruoso entre os Bispos. Exibia não só o embate entre eles, mas a disparidade entre o "projeto" da CNBB e o propósito do Papa São João Paulo II, que pretendia "reencontrar e reforçar a identidade profunda da Igreja, maltratada e adulterada por pregações excessivamente 'sociológicas' - quando não definitivamente 'ideológicas'" (cf. imagem). Pregações fundadas no catecismo comunista da Teologia da Libertação, e a referência ao nome de Leonardo Boff explica tudo. O texto coloca em questão inclusive a "unidade" da Igreja nessa situação.

A suposta Consagração seria realizada pouco mais de um mês após a publicação do editorial do Jornal do Brasil, no dia 25 de março de 1984, na Praça de São Pedro, no Vaticano. Ora, com esse quadro, como poderiam os Bispos da CNBB - salvo evidentemente as exceções - estar em perfeita união com o Papa para a Consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria?         

V. 

Como os Bispos do Brasil poderiam estar em plena união com o Papa São João Paulo II para a Consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria se, em 1984 - ano da Consagração supostamente válida - a CNBB - salvo evidentemente exceções - era vista como "um autêntico partido político de tintura socialista" [comunista]? Confira a imagem. 

Trata do editorial do Jornal do Brasil de 14 de janeiro de 1984 (p. 10). Ou seja, a CNBB era publicamente vista - com o seu "apostolado" da Teologia da Libertação - como expressão daqueles "erros" sobre os quais Nossa Senhora em Fátima tentou alertar o mundo e que a Consagração da Rússia ao Seu Imaculado Coração pretendia evitar. 

PS. É claro que a "despolitização" mencionada no texto nunca aconteceu.

VI. 

Pergunto novamente: os Bispos brasileiros estiveram em plena e honesta união com o Papa na suposta Consagração da Rússia, em 1984? É que, pouco antes da celebração, Bispos e membros da CNBB "sagraram" no Araguaia a "Igreja Cristo Libertador". Evidentemente um templo comunista, "consagrado" às pregações revolucionárias da Teologia da Libertação. 

Leia o relato da aberração, que apareceu nas "Cartas" do Jornal do Brasil de 29 de abril de 1984 (p. 10). Note que, enquanto o Papa São João Paulo II e o Cardeal Joseph Ratzinger - então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, depois Papa Bento XVI - tentavam conter a investida, uma facção de Bispos e "apóstolos" da teologia revolucionária comandava o assalto comunista contra a Santa Igreja Católica.


VII.

Leia a "carta" do professor Ricardo Vélez Rodríguez para o Jornal do Brasil. Parece escrita ter sido escrita hoje, mas é de 09 de julho de 1984 (p. 10). Trata-se de uma crítica às declarações do então presidente da CNBB - Dom Ivo Lorscheider -, que denunciava os "neoconservadores" para assumir a defesa ostensiva da... da... Teologia da Libertação! Uma defesa do vandalismo comunista. A reivindicação de uma falsa "unidade" enquanto promovia uma ruptura monstruosa dentro da Santa Igreja Católica. 

Como é possível acreditar que esses mesmos Bispos estivessem em plena união com o Papa São João Paulo II, naquele mesmo ano de 1984, para Consagrar a Rússia ao Imaculado Coração de Maria - união pedida pela própria Virgem Santíssima, em Fátima -, sendo que eles mesmos estavam espalhando os "erros" da Rússia pelo Brasil? 

VIII. 

1984 não foi somente o ano daquela mal-sucedida Consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria - que o documentário "Fátima, o último mistério" dá equivocadamente como válida. 1984 também foi o ano da publicação da "Instrução sobre alguns aspectos da 'Teologia da Libertação'". No documento, o então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o Cardeal Joseph Ratzinger - hoje, Papa Bento XVI - denuncia a Teologia da Libertação como arma de subversão marxista [10]. 

Porém, enquanto o Papa São João Paulo II e o Cardeal Ratzinger se esforçavam para combater os ataques e a infiltração comunista dentro da Santa Igreja Católica, Dom Luciano Mendes de Almeida - então Secretário-Geral da CNBB - não só defendia a Teologia da Libertação - a considerava "irreversível" e, note bem, não a julgava "uma ameaça à Igreja no Brasil" (!) -, mas minava a autoridade do Vaticano antes mesmo que a instrução fosse publicada. Confira a imagem. Uma aberração monstruosa! [11]

Trata-se de mais uma amostra da falta de união plena dos Bispos com o Papa na suposta Consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria - requisito exigido pela própria Virgem Santíssima, em Fátima. E deixa à mostra de forma escandalosa que os "erros" da Rússia estavam plenamente espalhados pelo mundo, no episcopado brasileiro. 

Por fim, um dado importante sobre Dom Luciano Mendes de Almeida. Hoje, a Arquidiocese de Mariana - transformada pelo seu antigo Arcebispo com as fraudes da Teologia da Libertação [12] - reivindica a beatificação daquele que outrora minava a autoridade do Vaticano, defendia a teologia revolucionária, que era e é evidentemente um produto dos "erros" da Rússia. Dom Luciano, que nesse processo de torná-lo "santo", terá a sua "memória" celebrada nesta terça-feira, 28 de agosto, às 19h, com as paróquias de Barbacena em comunhão, no Santuário da Piedade [13].     

IX. 

Um fato importante naquele ano de 1984 - destaco novamente: ano da mal-sucedida Consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria que o documentário "Fátima, o último mistério" dá como válida - foi a recepção de Leonardo Boff no Vaticano. O Cardeal Joseph Ratzinger o convocou para explicar as teses do seu livro "Igreja: Carisma e Poder" [14]. O absurdo das teses foram expostos no documento assinado pelo então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. Leia [15]. 

O que interessa neste momento, contudo, não são as teses e nem a mitologia de autovitimização criada pelo marginal denunciado, mas a presença de Dom Aloisio Lorscheider e de Dom Evaristo Arns, que assumiram a defesa de Leonardo Boff e suas pregações comunistas da Teologia da Libertação (cf. imagem). O que fez também Dom Luciano Mendes de Almeida, na época, Secretário-geral da CNBB [16] - e que hoje a Arquidiocese de Mariana tenta obsessivamente transformar em "santo" [17].

Não me canso de perguntar: que tipo de união havia entre esses Bispos e o Papa para que a Consagração de 1984 pudesse ser válida?

X.

Mais uma para a série de "notas" a respeito da mal-sucedida Consagração da Rússia de 1984 - dada equivocadamente como válida pelo recente documentário "Fátima, o último mistério". E creio que esta apresenta um fato que simboliza bem o tipo de "união" que certos Bispos tinham com o Papa e a Santa Igreja Católica.

Dom Antônio Fragoso, Bispo de Crateús (CE) pediu que prostitutas abençoassem os fiéis [18]. Sim, prostitutas! Não eram mulheres arrependidas, que haviam se convertido, decidindo mudar de vida - como aquela a quem Jesus disse: "Vai e não tornes a pecar" (Jo. 8, 11). Não, eram realmente prostitutas!

Para consumar o meretrício, após a "benção" escabrosa, foi apresentado um documento para a defesa de Leonardo Boff, que vinha promovendo um verdadeiro assalto comunista dentro da Santa Igreja no Brasil. Investida que tentavam conter o Papa São João Paulo II e o Cardeal Joseph Ratzinger, mas encontravam resistência inclusive da CNBB, com o seu próprio Secretário-geral - Dom Luciano Mendes de Almeida -, colocando-se na proteção do "apóstolo" da Teologia da Libertação [19]. Boff, que mais tarde transformou-se também em "apóstolo" do Foro de São Paulo, da organização criminosa fundada por Lula e por Fidel Castro com o propósito de transformar a América Latina na imensa "Patria Grande" comunista [20]. Uma quadrilha que saqueou esta Terra de Santa Cruz e que está em plena atividade - e evidentemente é um dos "erros" que a Rússia espalhou pelo mundo. "Erros" que a Consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria pretendia evitar; mas, como realizá-la, se não havia união plena entre o Papa e os Bispos - conforme pedido pela Virgem Santíssima, em Fátima -, sendo muitos dos Bispos no Brasil, naquele ano de 1984, os maiores promotores dos "erros" e em pública traição e adultério contra a "Esposa de Cristo"? 

XI.

A notícia dos últimos dias é bem clara, e no contexto das recentes publicações aqui sobre a mal-sucedida Consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria, cabe recordar o pedido feito pela Santíssima Virgem Maria, em Fátima: "virei pedir a Consagração da Rússia a Meu Imaculado Coração" [...] "Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja" [...]. 

Assista: 



"Rússia prepara os maiores exercícios militares desde a Guerra Fria". Euronews, 28 de agosto de 2018 [https://youtu.be/IDCTZeYG7EM].

XII.

Em 1984, o Cardeal Joseph Ratzinger - então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé - apontou a existência de uma crise de fé na Igreja e criticou os desvios que aconteciam nas Conferências Episcopais: "é preciso restabelecer o poder dos bispos em suas dioceses, liberando-os das estruturas demasiadamente burocráticas das conferências episcopais (do tipo da CNBB); essas conferências não têm a base teológica que tem, individualmente cada bispo. Em muitas delas, o espírito de grupo ou o conformismo empurram as maiorias um tanto passivas a aceitar as posições de minorias ativas" (cf. imagem) [21].

Naquele ano, a CNBB era claramente instrumento do assalto comunista promovido contra a Santa Igreja Católica. Conferência dos Bispos que tinha como presidente Dom Ivo Lorscheider e como Secretário-geral Dom Luciano Mendes de Almeida [22] - dois notórios defensores e "apóstolos" da Teologia da Libertação, o simulacro de teologia utilizado para a politização da fé e, consequentemente, para o saque comunista contra a Santa Igreja. Teologia da Libertação que foi denunciada naquele ano de 1984, pelo mesmo Cardeal Joseph Ratzinger, mas que a CNBB tentou proteger antes mesmo da publicação do documento [23]. 

A declaração do Cardeal Joseph Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, descrevia de forma exata a CNBB, que estava a serviço de uma "minoria ativa", comprometida com a militância comunista - sob os disfarces mal-arranjados da Teologia da Libertação - dentro da Santa Igreja. Declaração semelhante que o Cardeal Ratzinger expôs no livro "A fé em crise?" e que destrói o mito no qual muitos católicos ainda acreditam, o de que a CNBB representa todos (!) os Bispos e a (!) Igreja Católica: “não devemos nos esquecer que as conferências episcopais não possuem base teológica e não fazem parte da estrutura indispensável da Igreja, assim como querida por Cristo, têm somente uma função prática e concreta” (p. 40). 


REFERÊNCIAS.






[6]. Cf. Nota I. 

[7]. Idem.

[8]. Idem. 

[9]. Cf. Nota III.


[11]. Jornal do Brasil, 24 de julho de 1984. A declaração de Dom Luciano motivou inclusive uma resposta do Cardeal Dom Agnelo Rossi. O Secretário-geral da CNBB, com a polêmica, negou posteriormente a declaração (Jornal do Brasil, 29 de julho de 1984).

[12]. Cf. BRAGA, Bruno. "A transformação da Arquidiocese de Mariana-MG: o efeito corruptor da Teologia da Libertação". Material para estudo [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/03/a-transformacao-da-arquidiocese-de.html]; “Teologia da Libertação”: a transformação comunista da Arquidiocese de Mariana. Material para estudo [http://b-braga.blogspot.com.br/2016/08/teologia-da-libertacao-transformacao.html].


[14]. Cf. "O engodo da libertação e o poder" [https://b-braga.blogspot.com/2012/10/o-engodo-da-libertacao-e-o-poder.html]. 



[17]. Hoje, 28 de agosto de 2018, na Paróquia Santuário Nossa Senhora da Piedade, às 19h, será celebrada uma Missa em comunhão com todas as paróquias de Barbacena (MG) - que pertence à Arquidiocese de Mariana - em "memória" de Dom Luciano e pelo seu processo de beatificação [https://www.facebook.com/PiedadeBarbacena/?ref=br_rs].

[18]. Jornal do Brasil, 23 de julho de 1984. 1o. Caderno. p. 07. 

[19] Cf. [https://www.facebook.com/blogbbraga/photos/a.190586071090013/1081343938680884/?type=3&theater]. Dom Luciano Mendes de Almeida, que agora a Arquidiocese de Mariana tenta transformar em "santo" e que será celebrado logo mais, às 19h deste dia 28 de agosto, na Paróquia Santuário Nossa Senhora da Piedade, em Barbacena (MG) - pertencente à Arquidiocese de Mariana.  

[20]. Cf. "Os 'apóstolos' do Foro de São Paulo" [http://b-braga.blogspot.com/2016/06/os-apostolos-do-foro-de-sao-paulo.html].

[21]. Cf. Jornal do Brasil, 09 de novembro de 1984, p. 10. 

[22]. Dom Luciano Mendes de Almeida, que a Arquidiocese de Mariana agora se esforça para canonizar.