As
revelações de Ion Mihai Pacepa expõem a necessidade de investir na pesquisa
sobre a Teologia da Libertação. Não apenas privilegiando o aspecto teórico
dela, como se tem feito. Tão importante quanto este estudo – já que se trata de
um instrumento de “transformação do mundo” - é o rastreamento de sua promoção
efetiva. Neste sentido, se a Teologia da Libertação - como denuncia Pacepa [1] -
é uma criação da KGB para promover a revolução Socialista-Comunista, e Cuba é a
“arma secreta”, é o “trampolim” utilizado para disseminá-la pela América Latina,
então é necessário identificar os seus promotores, teólogos, “apóstolos” e
descrever as atividades práticas deles. Para esta pesquisa, “Fidel y La Religión:
Conversaciones con Frei Betto” [2] é uma fonte indispensável.
Neste
livro – que é a transcrição de entrevistas concedidas por Fidel Castro a Frei
Betto em Cuba (1985) -, “El Comandante” ressalta a importância de considerar a “religião”.
Apesar do ateísmo originário do Socialismo-Comunismo - e de Fidel Castro
confessar que nunca teve uma fé religiosa -, a religião poderia ser transformada
em um valioso instrumento revolucionário. “Uma aliança tática? Não, uma aliança
estratégica, para levar a cabo as mudanças sociais necessárias ao nosso povo”
(BETTO, 1985, p. 274). O ditador cubano revela que já havia lançado sementes
deste projeto em 1971, no Chile, e em 1977, na Jamaica.
A
Teologia da Libertação era o produto criado para instrumentalizar a religião
[3]. Ela não era expressão da Fé, mas sim um mecanismo para a realização das
ambições revolucionárias. O método de ação e a utilidade são explicados pelo próprio
Frei Betto:
“Não
é fácil convencer um operário, ou um campesino, de que deve lutar pelo
socialismo, mas é muito fácil dizer o seguinte: ‘Olha, homem, nós cremos em um
só Deus” [...] (1985, p. 283).
Não
é preciso muita perspicácia para notar que a Teologia da Libertação é um
engodo. É um simulacro de religiosidade. O fiel que a assume acredita ser um
autêntico cristão. Porém, enquanto a professa e prega, ele se torna um verdadeiro
“agente da revolução”. Ele ingeriu o entorpecente astuciosamente preparado e dosado.
“Se a religião é o ópio do povo, então vamos lhe dar ópio”, disse Kruschev, que
concebeu o entorpecente na forma da Teologia da Libertação. Fidel Castro – denuncia
Pacepa – era o responsável por disseminá-lo. Frei Betto, por sua vez, – como
ele mesmo declara – seria um dos encarregados da administração:
“Não
me parece correto que DESDE FORA da Igreja tratemos de reformar ou melhorar a
Igreja; não me parece correto promover a divisão DESDE FORA” [...] (1985, p.
308).
A
estratégia era corromper a Igreja Católica. Tomá-la de assalto DESDE DENTRO com
“sacerdotes” e “apóstolos da perversão”, que com a Teologia da Libertação – o simulacro
de religiosidade – então a desviariam de sua essência para adequá-la aos
propósitos da revolução. Frei Betto – entre estes “sacerdotes” – revela na
epígrafe do seu livro de entrevistas com Fidel Castro o horizonte deste trabalho
macabro:
“A
todos os cristãos latino-americanos que, entre incompreensões e na
bem-aventurança da sede de justiça, PREPARAM, à maneira de João Batista, OS
CAMINHOS DO SENHOR NO SOCIALISMO”.
A KGB
– denuncia Pacepa - também utilizou o Conselho Mundial de Igrejas (CMI) como
plataforma para disseminar a Teologia da Libertação. Infiltrou agentes em
posições estratégicas dentro da organização. Por exemplo, MIKHAILOV, codinome
de Kirill, que hoje é o patriarca russo [4].
Conversando com Frei Betto sobre religião, Fidel Castro demonstra estar
articulado com a estratégia traçada pelo serviço secreto soviético:
“Também
havia tido relação com alguns dirigentes importantes do Conselho Mundial de
Igrejas, que por sua vez, haviam se interessado muito pelos problemas do
Terceiro Mundo” [...] (BETTO, 1985, p. 274).
A
Teologia da Libertação também foi utilizada como arma pelo Foro de São Paulo,
organização fundada por Lula e por Fidel Castro em 1990 com o objetivo de
fomentar o Socialismo-Comunismo na América Latina. Frei Betto compôs a direção
civil do Foro (Anatoli Olink). Segundo Alexandre Peña Esclusa, os diretores do
Foro adotaram – entre outros movimentos – a Teologia da Libertação para maquiar
os seus propósitos: o objetivo era dividir a Igreja Católica e justificar a
violência revolucionária com argumentos supostamente cristãos [5]. O Foro de
São Paulo hoje domina o continente latino-americano [6]. E a contribuição da Teologia
da Libertação para a ascensão revolucionária pode ser medida pela declaração do
ex-presidente do Paraguai, Fernando Lugo: sem hesitar afirmou, ela foi
fundamental [7].
Enfim,
este é um panorama da promoção efetiva da Teologia da Libertação. Um produto
macabro criado para instrumentalizar a religião e os fiéis – e através deles –
fomentar a revolução Socialista-Comunista na América Latina. Rastrear os seus
promotores, teólogos e “apóstolos” é uma necessidade. Não apenas para compreender
um dos mecanismos pelos quais os revolucionários alcançaram posições de poder. Mas
para identificar esta parte obscura da história que eles se esforçam para
maquiar– ou que, desde posições privilegiadas, como as da cultura, da política,
da educação – ou de Comissões da MENTIRA - eles se dedicam a romantizar e
reescrever.
A
Folha de São Paulo abandonou – mais uma vez – o jornalismo para dedicar-se à
militância revolucionária. Na edição do dia 26 de Maio o jornal publicou um
depoimento de Bete Mendes, no qual a atriz da Rede Globo acusa o Cel. Brilhante
Ustra – antigo comandante do DOI-CODI-SP – de tê-la torturado [1].
No
entanto, a Folha apresentou apenas a ACUSAÇÃO. Não deu voz ao ACUSADO. Não lhe
cedeu espaço para apresentar a sua versão dos fatos - ou a sua defesa. Presumiu
uma sentença penal condenatória transitada em julgado contra o Cel. Brilhante
Ustra – que não existe -, e transformou a acusação de Bete Mendes em juízo
sumário.
A
omissão da Folha de São Paulo é grave. Não apenas por descumprir um preceito inerente
à sua atividade. É necessário observar que a acusação de Bete Mendes não é
nova. A atriz denunciou o Cel. Brilhante Ustra em 1985, quando era Deputada
Federal (ela havia sido eleita pelo PT, embora na ocasião estivesse sem partido).
E, em 1987, o Cel. Brilhante Ustra escreveu um livro – “Rompendo o silêncio” [2]
-, cujo objetivo principal era desmentir as acusações de Bete Mendes. A reportagem
da Folha sequer menciona o livro.
Na
época dos fatos, Bete Mendes - que era “Rosa” e pertencia à organização
terrorista VAR-Palmares (a mesma da Presidente Dilma Rousseff) – prestou depoimento
acompanhada por DOIS – sim, DOIS – ADVOGADOS. Nele, a atriz não denunciou – o
que era comum entre os revolucionários detidos – qualquer prática de tortura
“física” ou “psicológica”. Pelo contrário, declarou – derramando lágrimas –
arrependimento:
[TRANSCRIÇÃO].
[...] “que, repetindo, os fatos se passaram como os narrou nesta oportunidade,
depoimento que prestou LIVRE E SEM NENHUMA COAÇÃO, que de fato, sentiu-se
emocionada e CHOROU, como todos presenciaram, COPIOSAMENTE; QUE CHOROU E AINDA
CHORA, nesta oportunidade, PORQUE ESTÁ ARREPENDIDA do que fez, isto porque acha
que entrou em uma cousa perigosa, sem nenhum conhecimento das cousas e
completamente contrária ao seu modo de ser (sic); QUE NÃO ACREDITA EM NENHUMA
ORGANIZAÇÃO SUBVERSIVA E ACHA INVIÁVEL SEUS PROPÓSITOS PORQUE CHEGOU À
CONCLUSÃO DE QUE ELES QUEREM APENAS DESTRUIR; que é católica e não vive com
seus pais, que são judicialmente separados”. E, como nada mais disse nem lhe
foi perguntado, deu-se por findo o presente interrogatório que, depois de lido,
vai assinado por conforme. Eu ***, escrevente, datilografei. Eu ***, escrivão,
assino”. [Assinaturas dos membros do Conselho Permanente de Justiça, de
ELIZABETH MENDES DE OLIVEIRA, do Dr. Juiz Auditor e de mais duas assinaturas]
[os destaques são meus].
Em
2007, Ustra publicou o livro “A Verdade Sufocada”. Nele apresenta uma versão
resumida do que havia escrito em “Rompendo o silêncio”. Desmente mais uma vez
as acusações de Bete Mendes. Aponta inúmeras incoerências e contradições nas
declarações da atriz global. Pergunta para ela os nomes dos desaparecidos que afirma
ter visto – e onde viu. Questiona, sobretudo, o nome do amigo que afirmou ter
sido “morto a pancadas”. O episódio é relatado neste capítulo do livro, “Brasília
– Uruguai – Brasília” (pp. 449-464) [3]:
Pelo
exposto, não resta dúvida de que a reportagem da Folha de São Paulo foi redigida
– novamente [4] - nos termos de uma pauta definida. Ou premeditação - idiotice - desinformação - ou negligência com a atividade jornalística. Certo é que omitiu as declarações de um agente da história, privilegiando
a versão dos seus adversários. A Folha de São Paulo forneceu mais um exemplo escandaloso de como o jornalismo
está sendo utilizado para consagrar a Mitologia revolucionária.
A Teologia da
Libertação – refiro-me especificamente à sua ação dentro da Igreja Católica -
carrega a marca indelével da perversão: a instrumentalização da religião.
Mácula que não é apenas expressão do fingimento malicioso. Da teatralização da
Fé - que não possui - para sorrateiramente corromper a religião tradicional e
os seus fiéis simulando inocência e retidão. É perversa não somente porque
despreza a boa-fé dos que abraçaram a mesma confissão e que no discurso
proveniente desta teologia - e nos sacerdotes que a pregam – inocentemente
confiaram mais do que uma “crença” – mais do que um conjunto de princípios -,
confiaram as suas próprias vidas. A perversão da teologia e dos sacerdotes da
revolução é ainda mais radical, porque ela manipula e avilta um elemento
estruturante: a própria compreensão religiosa.
Diferentemente da
“ciência”, que é o esforço para explicar em detalhes um fenômeno ou um objeto
particular, a “religião” – sem desprezar o conhecimento “científico” – é uma
“chave” universal. Não no sentido de explicar cada um dos fenômenos e objetos,
por exemplo, com as categorias de “espaço”, “tempo” e “causalidade”, mas de
fornecer um “sentido para a vida”. Por isso, a compreensão religiosa é mais que
um conjunto de preceitos e princípios, é maior que uma “doutrina”. Ela marca a
expectativa que o indivíduo tem (a) sobre o mundo e as coisas, (b) sobre o
outro e (c) sobre si mesmo.
Nestes termos, os
teólogo e sacerdotes da revolução não manipulam apenas palavras. Eles não
distorcem somente uma história contada ou corrompem ensinamentos e orientações
transmitidos através de gerações. A Teologia da Libertação reestrutura as bases
da pessoa direcionando-as para o objetivo de seus apóstolos e pregadores: a
conquista do poder. De fundamento Marxista, ela transforma (a) o mundo em palco
de uma batalha cruel e implacável: da “luta de classes”. Neste conflito
generalizado, (b) o “outro” passa a ser visto imediatamente com suspeita e
desconfiança: ou ele é um “aliado” ou é um “inimigo”. É aliado se abraça sem
restrições o projeto revolucionário; mas se contra ele apresenta qualquer
objeção ou discordância, é automaticamente lançado do outro lado da trincheira
como um inimigo a ser fuzilado. No âmbito da subjetividade, a Teologia da
Libertação faz com que (c) o sujeito tome a si mesmo como um “injustiçado”,
como um “oprimido”. Qualquer impulso ou desejo contrariado torna-se pretexto
para lamentar a “condição” de “explorado” e para exclamar contra a “classe
dominante” – quando não para blasfemar contra o próprio Deus. Assim, a Teologia
da Libertação estimula no indivíduo sentimentos baixos – a inveja, o
ressentimento e o ódio –, seduzindo-o a se tornar um “agente de transformação”
– ou seja, a fazer parte da militância revolucionária.
Apesar da
perversão, a Teologia da Libertação é amplamente disseminada. Beneficia-se de
um ambiente cultural fortemente influenciado pelos “mestres da suspeita”: Karl
Marx – entre eles – torna-se a sua fonte teórica. Dentro desta matriz, a Teologia
da Libertação é também instrumento de um projeto de poder: ela mesma é um
produto forjado com o propósito de promover a revolução Socialista-Comunista
[1]. Sacerdotes e religiosos ardilosamente infiltrados dentro da Igreja
Católica. Universitários e “Intelectuais” que lhes dão apoio e aprovação. Uma
atmosfera cultural é formada, fornecendo às pessoas um senso de orientação que
promove um simulacro de “religiosidade”, porque não está submetido ao divino,
mas à “revolução”.
É pertinente observar
que para Karl Marx a “religião é o ópio do povo”. Esta assertiva seria
suficiente para colocar um obstáculo intransponível para a Teologia da
Libertação. Marxista por definição, ela seria, como qualquer outro elemento
“religioso”, “ópio” para o povo. Apesar disso, a teologia revolucionária se
apresenta como a autêntica proposta do cristianismo. Para os seus proponentes e
apóstolos, não importa a coerência das idéias. Porque o que interessa de fato é
a conquista do poder. Se a religião pode facilitar este projeto, então ela será
instrumentalizada. A Teologia da Libertação é este mecanismo criado para
conduzir a “massa” – através da fraude - à revolução. Este simulacro de
religiosidade – ele sim, um entorpecente.
A religião – em
sua compreensão cultural - não sai ilesa deste processo de instrumentalização. Ela
passa a ser vista como mero consolo espiritual. Tida como fonte de prazer e de
bem-estar, os desejos e fantasias do homem passam a determiná-la. O horizonte
divino é afastado para a realização dos caprichos humanos. Torna-se de fato “ópio”
para os fiéis na mesma medida em que consagra os sacerdotes e agentes
revolucionários. Estes, sob o pretexto da “conscientização”, corrompem e minam
– de forma dissimulada - um dos principais obstáculos ao seu projeto: a
religião tradicional. Porque o fiel, que antes se dobrava apenas diante da cruz
[2], abraça então uma religiosidade pervertida - a Teologia da Libertação, que
maquia o revolucionário e o seu projeto de poder.
O Marxismo projeta
na religião – e a Teologia da Libertação na Igreja Católica – os seus próprios
intentos. É preciso, então, recorrer a uma distinção fundamental. A religião –
a Igreja Católica, no caso específico - surge de um evento excepcional. Da
presença de uma pessoa. De sua vida, paixão e morte. A Teologia da Libertação –
e o Marxismo – nascem do crime e da falsificação [3]. São artifícios criados
para favorecerem a conquista do poder. Ela promete a realização de um “Paraíso
terrestre”: a “sociedade sem classes” através do Socialismo-Comunismo. Os sacerdotes
e apóstolos revolucionários são os anunciadores, juízes e executores. Em um
surto de autodivinização, pervertem a religião em nome de um “futuro
maravilhoso”. Porém, o seu histórico de realizações efetivas é de sangue, morte
e subjugação.
Luis Roberto
Barroso foi indicado pela presidente Dilma Rousseff para o Supremo Tribunal
Federal. Não faz muito tempo - pouco mais de um mês - um amigo pediu a minha
opinião sobre a sustentação oral de Barroso no julgamento conjunto da Ação
Direta de Inconstitucionalidade 4277 (ADI-4277) e da Ação de Descumprimento de
Preceito Fundamental 132 (ADPF-132) – relativas à União Homoafetiva. Por conta
da indicação da presidente e – sobretudo – por causa da relevância do tema –
tomei a iniciativa de transcrever aqui o meu comentário (em itálico). Antes
dele apresento em vídeo a própria sustentação oral de Luis Roberto Barroso e observo
que, no curso do texto, “***” substitui o nome do meu amigo.
Antes cuidar propriamente do CONTEÚDO da sustentação
oral, eu chamo a atenção para o próprio ORADOR. Luis Roberto Barroso está na
lista dos possíveis indicados para STF. Ele conta com o apoio do mensaleiro
José Dirceu e do Deputado Federal Sigmaringa Seixas (PT-DF). Seus lobistas
também são advogados. Agora, ***, observe bem o currículo de Luis Roberto
Barroso. Ele atuou em ações importantes, que tiveram enorme repercussão
pública, mas também social e até política: células-tronco; aborto de
anencéfalos; e o caso Cesare Battisti.
Com esta observação preliminar, eu pretendo rastrear
os elos POLÍTICOS que envolvem a atuação do ORADOR. Elos que são estabelecidos
não apenas pela participação destes AGENTES – note ainda a presença da Marta
Suplicy, que aparece porcamente limpando os dentes no pano de fundo do vídeo
(caso se interesse, posso sugerir uma Bibliografia que traça o envolvimento da
Ministra com o Movimento gay). O elemento POLÍTICO envolve – assim como nas
ações que “abrilhantam” o currículo de Barroso – a própria MATÉRIA, a união
homossexual. E não apenas pela autoria da ADPF n. 132, que é do Governador do
Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Observe, os defensores gayzistas evitam
mencionar a perseguição e morte de gays em Cuba e no Irã. Porque o governo
petista-brasileiro, os partidos aliados, os grupos e organizações esquerdistas
– incluindo as gayzistas – apóiam e são apoiados por estes regimes brutais.
Portanto, neste jogo, pouco interessa o HOMOSSEXUAL; é importante, sim,
transformar este grupo em
uma MINORIA que sirva de instrumento para a obtenção de
poder. Se, em algum momento, esta “minoria” perder o valor ou se transformar em
um obstáculo para os seus propósitos, eles certamente a abandonarão, como
abandonaram os homossexuais de Cuba e do Irã.
A preocupação com as MINORIAS é item obrigatório em
todos os programas de partidos e organizações revolucionários. É uma estratégia
premeditada, desenvolvida e aplicada. Gostaria de citar um trecho do livro
“Demônios”, do Dostoievski. De meados do século XIX, é um clássico – apesar de
literatura – para compreender o movimento revolucionário – inclusive sob a
perspectiva espiritual-psicológica (acrescente-o à Bibliografia que lhe
enviei).
“Proclamaremos a destruição. Por que, por
que esta ideia é tão fascinante? Mas temos necessidade de distender nossos
membros. Acenderemos o incêndio... Criaremos lendas... Para isto os menores
grupos ser-nos-ão úteis. Descobrirei para você nesses mesmos grupos camaradas
que não terão frio nos olhos e que ainda por cima sentir-se-ão muito honrados em marchar. Começará
então a revolta! O mundo será revirado como ainda não o foi...” (p. 1.140).
Acontece que agora, depois de um século e meio, a
revolução é menos pelas armas e mais pela CULTURA – e a instrumentalização das
MINORIAS é um dos seus braços e mecanismos. Luis Roberto Barroso, em sua
sustentação oral, recorre a elas – tendo, ao seu lado, o amparo de todos os
agentes políticos que mencionei, que, por sua vez, têm um objetivo claro e
determinado.
Continuo ainda com as PRELIMINARES, ***. Considero
agora a sua pertinente observação: a facilidade de defender a união gay a partir
do Direito. Sim, isto é verdade, porém, sob uma determinada perspectiva – que,
penso eu, foi a que você de alguma forma identificou -, sob outra, não. A
FACILIDADE está – e este é o estratagema dos teóricos gayzistas, de seus
porta-vozes e procuradores – em elevar o debate até um nível de abstração extremo
– até o domínio dos PRINCÍPIOS e CONCEITOS – de modo a ofuscar a realidade
efetiva. “Liberdade”, “igualdade”, “afeto”, “amor”, etc., etc. A transição
neste mundo estratosférico é fácil porque não é preciso lidar com as tensões do
mundo concreto, que são maquiadas por um discurso elegante. Este artifício é
utilizado para encobrir as DIFICULDADES reais e as do próprio Direito. Sobre
estas, ***, eu vou remetê-lo a um artigo que redigi, intitulado “Família do
‘Novo Milênio’?” [http://b-braga.blogspot.com.br/2011/08/familia-do-novo-milenio-bruno-braga.html] – confira, sobretudo, o item I, “problemas de ordem
teórica”.
Passo agora ao CONTEÚDO da sustentação oral de Luis
Roberto Barroso.
O advogado proclama o “afeto”. Afirma que o AMOR está
no centro de todos os sistemas “filosóficos” e “religiosos”. Sim, é verdade. Em
certo sentido ele tem razão. No entanto, AMOR, nestes “sistemas”, tem um
sentido completamente distinto do atribuído a ele por Barroso. AMOR, na
tradição da filosofia e da religião, envolve um elemento “cósmico” – que se
realiza apenas na união entre um homem e uma mulher, porque nela – através da
CONCEPÇÃO e da GERAÇÃO – está definida a perpetuação da humanidade. Mas,
observe ***, isto é um constituinte imutável da estrutura da realidade, e não
uma invenção teórica da “filosofia” ou uma imposição dogmática da “religião”.
Porque já era assim antes de qualquer “sistema” – para utilizar o vocabulário
de Barroso – filosófico ou religioso.
Agora, dentro desta perspectiva, o que está em jogo
em uma união homossexual? Uma ejaculação – ou alguma forma de “prazer”. Esta é
a confusão de Barroso: AMOR – nos “sistemas” filosóficos e religiosos – não
significa PRAZER. Não preciso dizer que a Religião não aceita todas as formas
de “prazer”, e nem que nos “sistemas filosóficos” umas não têm o mesmo status
que as outras. Que o advogado afirme que todas as formas de PRAZER são
legítimas, tudo bem, cada um que cultive as suas perversões – inclusive os
heterossexuais -, mas em
privado. Ademais, o Direito – o ordenamento jurídico – não
diz respeito aos PRAZERES, mas ao domínio das estruturas constituintes da
realidade. E são estas estruturas que ele – como os “sistemas” filosóficos e
religiosos – procura espelhar ou se adequar. Isto não significa eliminar ou
abolir o homossexualismo, ou colocar em questão os sentimentos nutridos por
casais gays, mas reconhecer que o seu relacionamento tem um estatuto distinto
da união entre um homem e uma mulher.
Ademais, reconhecer esta diferença não é um obstáculo
para o “amor gay”. Porque nenhum remendo jurídico pode superar – exceto com
fingimento e bizarrice – uma diferença que é fixada pela própria natureza.
Se AMOR, para Barroso, significa PRAZER, acho que
faltou a ele um simples exame de consciência. Pense em uma pessoa que você ama.
Bom, eu não posso prever a resposta de todas as pessoas, mas dificilmente se
pensa em uma pessoa porque ela lhe deu um momento de “prazer” – porque participaram
de uma festa de carnaval, ou, em última instância, por quem ejaculou. Pelo
contrário, em geral as pessoas se reportam àqueles por quem sofreram ou àqueles
que sofreram por elas.
Continuando. Luis Roberto Barroso cita três exemplos
de perseguições contra gays: (1) as ordenações manuelinas; (2) a sofrida por
Oscar Wilde; e (3) a do soldado americano. Curiosamente ele não mencionou os
casos de Cuba e do Irã. Será por que, ***? Bom, de qualquer modo, é
interessante, então, apontar na história os gays que ocuparam posições de
poder. Como Barroso, eu cito três exemplos: (1) Calígula – que, como outros
imperadores romanos gays, tinha prazer em matar cristãos; (2) Mao Tsé-Tung – o
responsável pela morte de mais de 65 milhões de pessoas que era um pedófilo
inveterado e tinha uma tara descomunal por seus guardas; (3) Ernst Röhm – chefe
de uma das tropas de assalto mais violentas e assassinas do Nazismo (Sobre este
último eu sugiro a leitura do livro de Scott Lively, “The Pink Swastika:
Homosexuality in the Nazi Party”; nesta edição, disponível na Internet, há
ainda um breve histórico do Movimento gay [http://www.defendthefamily.com/pfrc/books/pinkswastika/html/the_pinkswastika_4th_edition_-_final.htm]).
Entre os dois grupos de exemplos – o de Barroso e o
meu - basta um senso das proporções mediano para reconhecer que os danos
provocados pelo segundo é infinitamente maior que os do primeiro. Mas, com esta
comparação eu não pretendo justificar a violência contra homossexuais e nem
fechar os olhos para as sofridas por eles. Pretendo indicar apenas que os que
reivindicam reparações e privilégios foram ou serão opressores em algum
momento. Tome, por exemplo, os casos citados do passado e os projetos de lei
elaborados para o futuro (PL-122-06). Agora, note um elemento comum – e
importante para o que estamos tratando – nos exemplos que mencionei. O fator
determinante neles não é a homossexualidade, porque, óbvio, um homossexual pode
ser uma pessoa “normal”. O elemento constitutivo da brutalidade e violência
está na “forma mentis” daquelas pessoas, que exige e reivindica que a
sociedade, o mundo e até a natureza sejam moldados conforme os seus gostos e preferências.
É exatamente a “forma mentis” dos líderes do Movimento “revolucionário” gay e
dos grupos e partidos aos quais estão associados, que pretendem realizar um
absurdo projeto de engenharia social.
Retomo – pela ordem da sustentação oral - a questão dos
princípios. “Igualdade” – “Liberdade” – “Dignidade da pessoa humana”. Esta é
praticamente a base do discurso de Luis Roberto Barroso. Já comentei sobre a
“facilidade” de discursar neste nível de abstração, que ofusca a realidade.
Observo, aqui, a indignação do advogado porque a união gay é caracterizada como
uma “sociedade de fato”. Ele afirma que seria comparar aquele relacionamento
com uma quitanda de “feira”. Ora, o Sr. Luis Roberto parece não se atentar para
o fato de que o ordenamento jurídico – no que tange às relações entre homem e
mulher – não cuida do “amor” e do “afeto”. Tanto que, podem se casar,
formalmente, duas pessoas que se odeiam. Parece que Barroso além de utilizar
artifícios retóricos, está idiotizado com a propaganda gayzista, como o Ministro
Ricardo Lewandowski, que neste processo votou considerando o seguinte: “Com
efeito, a ninguém é dado ignorar – ouso dizer – que estão surgindo, entre nós e
em diversos países do mundo, ao lado da TRADICIONAL FAMÍLIA PATRIARCAL, DE BASE
PATRIMONIAL E CONSTITUÍDA, PREDOMINANTEMENTE, PARA OS FINS DE PROCRIAÇÃO,
OUTRAS FORMAS DE CONVIVÊNCIA FAMILIAR, FUNDADAS NO AFETO, e nas quais se
valoriza, de forma particular, A BUSCA DA FELICIDADE, O BEM ESTAR, O RESPEITO E
O DESENVOLVIMENTO PESSOAL DE SEUS INTEGRANTES”. Então quer dizer que o “afeto”
– o “amor” – são monopólios das relações gays; nas famílias tradicionais ele é
exceção. Ora, haja paciência!
Luis Barroso menciona as MINORIAS. Além do que já
disse sobre elas, eu acrescento o seguinte. Da maneira que as coisas são
postas, as MINORIAS são transformadas em fundamento da organização social. Um
exemplo. A apresentadora Marília Gabriela, em seu programa, perguntou para o
cartunista Laerte o que de fato ele era: homem, mulher, bissexual, homossexual,
transexual, ou o que? Ele disse que depende do dia. Tem dia que ele quer ser
homem – e ele tem uma namorada; em outros quer ser mulher – e assim ele se
veste às vezes. Ora, a população inteira se torna refém deste sujeito, que
pretendia processar um restaurante porque o gerente do estabelecimento pediu
para que ele (a) não usasse o banheiro feminino? Observação, a reclamação foi feita pelos pais
de uma criança que estava no banheiro. No dia seguinte ao do ocorrido, o que Laerte
queria ser? Homem, mulher, bissexual? Ora!
Outro artifício argumentativo de Barroso e das
lideranças gayzistas: levar o debate para o campo da religião. Esta estratégia
é adotada porque equivocadamente se entende que a religião é o domínio da “Fé”
– e não da “Razão”. Ora, ninguém, no debate público, se posiciona contra a
união gay com um hino de louvor, uma oração, ou algo do tipo. A contestação é
feita com a mesma RAZÃO da qual os ativistas acreditam ser os únicos
portadores.
Enfim, Luis Barroso cita o seu filho. Diz que ele
teve uma educação heterossexual. Mas, se o filho fosse homossexual, gostaria
que ele fosse respeitado. Uai – eu acho que ele confundiu a “educação” com o
“ser” gay. Eu gostaria de saber, então, se ele matricularia o filho dele em uma
“Escola Gay”. A “Escola Jovem LGBT” também aceita heterossexuais [http://www.e-jovem.com/].
***, acho que já escrevi demais, vou encerrar por
aqui. Peço desculpa pela desorganização, escrevi com certa pressa. A conversa
poderia ser desenvolvida em vários pontos, portanto, quando lhe interessar – e
se tiver alguma observação sobre o que escrevi – sinta-se à vontade.
[...]
“nos reunimos com 90 representantes dos comitês de memória, verdade em (sic)
justiça, a FRENTE POPULAR DO ESCULACHO e o LEVANTE POPULAR DA JUVENTUDE,
estabelecendo outro canal de diálogo, COMPLEMENTAR, ao já definido com as
comissões da verdade que se estabeleceram em todo o país depois da criação da
CNV”.
Paulo
Sérgio Pinheiro. Seminário pelo primeiro aniversário da Comissão da Verdade.
Casa da ONU, 13 de Maio de 2013.
O
atual coordenador da Comissão da Verdade não se constrange. Ele não esconde de
ninguém os “interlocutores” - que COMPLEMENTAM – o propósito do seu grupo,
reescrever a História do Brasil. No entanto, Paulo Sérgio Pinheiro deveria
deixar claro o tipo de atividade que os seus “colaboradores” desempenham.
O
Levante Popular da Juventude e a “Frente Popular do Esculacho” (ou Frente do
Esculacho Popular) promovem o que se chama de “escracho” e de “esculacho”. Tidos
como “manifestações”, estes atos são propriamente um ajuntamento de estudantes
e universitários militantes, que tem o objetivo de coagir e desmoralizar – na
porta de sua casa - quem o grupo sumariamente sentencia como “torturador” e
“agente da repressão”. O “escracho-esculacho público” é a “execução da pena” –
gritaria, palavras de ordem, bandeiras, faixas, pichações e panfletos.
Paulo
Sérgio Pinheiro - com uma desfaçatez pornográfica – define o “escracho” e o “esculacho”
como “manifestações não violentas” contra “torturadores” e “criminosos” [1]. O
comissário, assim, acaba assumindo o papel de “Justiceiro da nação”, e - através
da Comissão da Verdade - estimula e se associa a atividades “criminosas”. Porque,
se os alvos das “manifestações” não foram julgados e condenados por um tribunal
legítimo, então, quando aqueles grupos se reúnem – de maneira organizada – para
fazerem acusações públicas com berros e pichações, os seus manifestantes
investem contra a honra alheia. Sim, eles podem não derramar sangue. Podem não
ser “violentos”, como sugere Pinheiro. Mas comentem, de qualquer maneira,
crime.
Mas,
de onde sai o dinheiro para promover estas “manifestações” – quer dizer, para
fomentar o crime? Quem financia o material – megafone, bandeiras, faixas,
panfletos? Quem paga o deslocamento destas pessoas – a mobilização? O Levante
Popular já promoveu, inclusive, um “Curso Nacional de Agitação e Propaganda”,
que tinha na sua programação: “Análise de Conjuntura do momento atual da luta
de classes”; “resgate da agitação e propaganda na história da luta dos povos”;
“formação técnica dos militantes, como oficinas de audiovisual, teatro do
oprimido, música e estética” [2].
Paulo
Sérgio Pinheiro – com a Comissão da Verdade – não é o único a legitimar o
“escracho” e o “esculacho”. O Levante Popular da Juventude recebeu das mãos da presidente
Dilma Rousseff – por conta de suas atividades - uma menção honrosa na 18a
edição do Prêmio Direitos Humanos.
Enfim,
a Comissão da Verdade legitima, fomenta e se associa a práticas “criminosas”. O
“escracho” e o “esculacho” COMPLEMENTAM os trabalhos de um grupo que, por si
mesmo, desempenha uma atividade obscena: falsear a História para consagrar uma
Mitologia revolucionária, fortalecendo ainda mais um ambicioso e macabro projeto
de poder.
Estas
duas mensagens eu recebi dos administradores do Facebook.
Minha
conta foi temporariamente bloqueada. Fiquei impedido de postar mensagens
públicas por causa desta publicação, que não apresenta nada mais grave que o
próprio fato ao qual ela se refere:
O
absurdo desta “censura” e deste bloqueio é que as ativistas do grupo Femen cometem
um “crime”. Elas invadem uma conferência e agridem um arcebispo. Porém, está
proibido falar sobre isso. Porque o Feminismo-Gayzismo tem imunidade. Não pode
ser objeto de crítica ou de denúncia. Quem o fizer corre o risco de ser
penalizado por infringir o padrão “politicamente correto”, mesmo que aponte um
crime.
Eu
não me espantaria se soubesse que este bloqueio é resultado de uma "denúncia".
Provavelmente de um “paladino da democracia” – ou de algum mal-intencionado – que,
por não se conformar com objeções à sua alucinação de “mundo melhor”, se
fantasia de “justiceiro”.
No
entanto, é preocupante quando uma empresa que disponibiliza um espaço para o
debate público – o Facebook – assume um padrão de pensamento e se torna
“patrulha” dele (independentemente se por iniciativa própria ou se motivado por
denúncia alheia). Porque é mais um sinal – entre tantos outros - de que este
padrão, que inclui o Feminismo e o Gayzismo, foi eleito para formar – de maneira
impositiva – uma cultura.
Em
geral, a Comissão da Verdade – quer dizer, da Mentira – é encarada apenas sob a
perspectiva política. Ela seria simplesmente produto de um “revanchismo”. Um instrumento
utilizado pelos revolucionários – que hoje ocupam posições estratégicas no
espaço público - para falsear a História e, assim, desmoralizando os inimigos
do passado – e qualquer força opositora do presente –, facilitar a concentração
e a manutenção do seu poder.
No
entanto, esta Comissão é mais que um mecanismo fraudulento para acumular cargos
e mandatos. Porque, embora os seus efeitos mais perceptíveis estejam mesmo no
domínio da política, ela – através da disseminação dos resultados de suas atividades
no sistema de ensino – formará o imaginário de crianças e jovens com uma fraude,
condicionando comportamentos e reações.
Este
é um traço característico dos próprios trabalhos promovidos pelo grupo. Por
exemplo, das audiências públicas. Nelas não há compromisso com a investigação e
com a pesquisa histórica. Não. Elas têm o propósito de “sensibilizar”. Carregar
a mente do público com uma massa de estereótipos que (a) estimulam sentimentos
de simpatia com os “ideais” revolucionários e (b) fixam uma resistência contra
qualquer oposição a estes “ideais” [1].
Porém,
a Comissão da Verdade é parte de um projeto “pedagógico” ainda mais abrangente.
Um programa de ensino – que conserva as mesmas características daquele grupo - ditado
desde as instâncias de organismos internacionais. O propósito principal dele
não é a investigação, a pesquisa e o aprimoramento intelectual. É, sim, a
transformação do comportamento e a mudança de atitudes, a reformulação dos
valores - a determinação de crenças e de opiniões. Uma pedagogia revolucionária
que – sob o pretexto de criar uma “nova sociedade” - fixa um modelo de conduta
e de pensamento.
“As
sociedades e, mais particularmente, suas instituições governamentais devem ser
consideradas essencialmente como ‘sistemas aprendizes’. As sociedades mais
aptas a apresentar sucesso serão aquelas cuja capacidade de aprendizagem é
alta: flexíveis, elas são capazes de antecipar e de compreender as mudanças,
bem como de se adaptar a elas. Tais sociedades se beneficiam da participação ativa
dos cidadãos no processo de aprendizagem. AO LONGO DESSA APRENDIZAGEM, A
HISTÓRIA DEVERÁ SER REESCRITA E REINTERPRETADA” (UNESCO).
[...]
“O
aperfeiçoamento da formação dos professores, tanto a inicial quanto a
continuada, a revisão dos manuais [MAIS PARTICULARMENTE DE HISTÓRIA] e a
produção de novos materiais e de publicações pedagógicas auxiliares,
interdisciplinares e atualizados, são de uma importância crucial em se tratando
de inculcar nos alunos os valores e princípios enunciados na ‘Recomendação
sobre a Educação para a Compreensão’, a ‘Cooperação e a Paz Internacionais e a
‘Educação Relativa aos Direitos do homem e às Liberdades Fundamentais’ adotada
pela Unesco em 1974 “ [...]. [2].
Nestes
termos, a Comissão da Verdade está perfeitamente integrada a este projeto. Por
isso, o discurso de Paulo Sérgio Pinheiro – atual coordenador do grupo – é
ainda mais preocupante. Por ocasião do primeiro aniversário da Comissão, em um
seminário promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD) [13.05.2013]– organismo que, assim como a Unesco, pertence à ONU –, Pinheiro
observou que a Comissão da Verdade “recomendará” intervenções no domínio da
“educação” – incluindo a reformulação do currículo dos colégios e das academias
militares [3].
Portanto,
a Comissão da MENTIRA – combinada com o prestígio e com as técnicas e práticas
de uma pedagogia revolucionária projetada por organismos internacionais – condicionará
as mentes e o comportamento de crianças e jovens através do sistema de ensino. Por
meio da fraude – da falsificação da História - agentes e grupos serão
consagrados “heróis” da nação – e consequentemente beneficiados pelo seu status
na ocupação do espaço público. Mais que um simples “revanchismo”, esta
revolução cultural maquia um amplo e monstruoso projeto de poder.
[2].
Apud BERNADIN, Pascal. “Maquiavel Pedagogo”: ou o ministério da reforma
psicológica. Vide Editorial: Campinas-SP, 2013. pp. 75-78 (os destaques são
meus).