Bruno Braga.
Mais uma "exclusão" para o meu currículo. Desta vez, do grupo "Eu quero uma Barbacena de oportunidades" [https://www.facebook.com/groups/euqueroumabarbacenadeoportunidades/?fref=ts]. A estratégia dos administradores para atrair o público é sempre a mesma. Neste caso, a do senhor Braz Fernandes (Perfil [https://www.facebook.com/profile.php?id=100000059231138&fref=ts]) foi declarar: [...] "Não compatuo com mentiras, meu trabalho é imparcial é sério, e o grupo EU QUERO UMA BARBACENA DE OPORTUNIDADES, quer de fato dar voz ao cidadão de Barbacena e região" [...] (07 de Dezembro de 2013). Porém, quando se deparam com uma questão mais séria em que devem se posicionar ou têm que enfrentar uma discussão OBJETIVA - o episódio da minha exclusão envolveu um debate sobre o livro "Holocausto Brasileiro" (Daniela Arbex), que julgo ser uma FRAUDE (Cf. Anexo) -, eles apelam, ironizam, insultam, até lançarem mão do último recurso para evitar a exposição pública: a exclusão do grupo.
Não, o objetivo desta nota - como a de todas as outras nas quais tratei sobre o assunto - não é lamentar. Não. É fornecer mais uma amostra da mentalidade e do despreparo das pessoas que, não só se propõem a assumir uma posição de destaque no debate público, mas que participam de maneira efetiva da atividade política (a foto abaixo ilustra a pretensão e o propósito do administrador do grupo, que já pertenceu aos quadros do PV, de se filiar agora ao PT; os destaques em vermelho são meus).
Anexo.
Esta é a discussão que gerou a minha exclusão do grupo "Eu quero uma Barbacena de oportunidades". Tomei a iniciativa de reproduzí-la aqui não só pelo episódio descrito acima, mas pelo próprio conteúdo do debate - o livro "Holocausto Brasileiro" (Daniela Arbex) e temas correlatos -, que julgo ser relevante, e não apenas para os barbacenenses. Esclareço ainda que a discussão aconteceu na área de comentários de uma publicação que reproduzia uma repertagem do SBT sobre o regime militar; portanto, alguns trechos fazem remissão a esta reportagem e à sua referência a Barbacena (Cf. BRAGA, Bruno. "Mais uma ´vítima do regime´ ou mais uma fraude jornalística para satanizar os militares" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/04/mais-uma-vitima-do-regime-ou-mais-uma.html]).
I.
Braz Fernandes. 05 de Abril de 2014.
Meu caro Bruno Braga como que a tese que sustenta o livro é uma enganação escandalosa, sendo que os fatos relatados no mesmo, a propia obra comprova com testemunhos de funcionários e documentos, e até mesmo pacientes, com todo respeito aos seus comentários, mas tem hora que você viaja meu caro, contra fatos não há argumentos, fatos comprovados.
***
Braz Fernandes.
Eu vou lhe dar uma breve amostra de alguns elementos que compoem a FRAUDE intitulada "Holocausto Brasileiro".
Preliminarmente, observo que, pelo óbvio, uma FRAUDE não pode ser construída apenas com mentiras e absurdos; para adquirir credibilidade, ela precisa ter algo que corresponda à realidade, mas que é enfatizado ou supervalorizado. Além disso, não é demais advertir que, denunciar uma FRAUDE não significa aprovar qualquer tipo de abuso, injustiça ou violência.
Um dos erros mais grotescos da publicação, e que é o seu pano de fundo, é o seguinte: para justificar a DESINTERNAÇÃO generalizada, SUBSTITUIR uma avaliação CLÍNICA particular por (1) uma tese SOCIOLÓGICA ou (2) um exame das estruturas institucionais (neste caso (2), é o mesmo que dizer que uma pessoa não está doente porque a unidade hospitalar que a atende apresenta instalações precárias).
Mas faço a opção de destacar neste comentário um componente dos DADOS apresentados no livro. Daniela Arbex utiliza as seguintes CATEGORIAS para denunciar que a MAIORIA (a capa de trás da publicação chega ao ponto de utilizar a expressão "eram apenas") dos internados eram: desafetos; homossexuais; militantes políticos; mães solteiras; alcoolistas; mendigos; negros; pobres; pessoas indesejadas - incluindo os insanos (pp. 14, 25). Acontece que, verificando os DADOS dos pacientes NOMINALMENTE apresentados, constata-se o seguinte: (a). Homossexuais - NENHUM; (b). Militantes políticos - NENHUM; (c). NEGROS - NENHUM (que tenha sido internado comprovadamente pelo fato de ser negro); (d). POBRE - NENHUM (que tenha sido internado comprovadamente pelo fato de ser pobre). Mencionei apenas as categorias que têm um maior apelo. Porém, se verificar a de ALCOOLICOS, constatará que existem apenas 2 casos (o que não quer dizer que não seja psiquiátrico; um deles, pelas descrições dadas, provavelmente o é).
Estes componentes do livro já fornecem uma amostra suficiente para dizer que a FRAUDE promovida pelo livro "Holocausto Brasileiro" não é uma simples "viagem" minha, como você coloca, Braz Fernandes. E não sou o único que denuncia a publicação e as teses embutidas nela. O problema é que as críticas e denúncias são abafadas pela propaganda monstruosa do livro; propaganda com a qual a maioria esmagadora dos leitores o está lendo, e por isso, fica encantada com ele.
Para concluir. O "Holocausto Brasileiro" não é uma simples FRAUDE editorial. Ele justifica um disparatado projeto de engenharia social que gera efeitos na realidade concreta. Trace o percurso do movimento antimanicomial (ou antipsiquiatria) e os seus objetivos - ele inclui, desde Franco Basaglia até as "elogiadas" iniciativas do Deputado Federal PETISTA (Cf. Cap. XII do livro). De qualquer maneira, os efeitos podem ser constatados na própria realidade de Barbacena. Converse com as cuidadoras das residências terapêuticas (sem o intermédio de psicólogos e assistentes sociais); elas poderão lhe relatar, Braz Fernandes, uma série de absurdos cometidos por causa destas teses sinistras e que são OCULTADOS. Eu mesmo posso lhe fornecer um exemplo de imediato. O protagonista da reportagem do SBT: Orlando Sabino. Quantas pessoas não estiveram sob risco? Onde estão as vítimas - entre as quais cuidadoras? Elas não aparecem na matéria, que é uma encenação MONSTRUOSA.
Enfim, é o bastante para o momento.
Atenciosamente,
Bruno Braga.
II.
Braz Fernandes. 05 de Abril de 2014.
Poderia Bruno Braga provar aqui com documentos legítimos algumas de suas afirmações, porque na obra da autora, existem alguns que comprovam o que ela relata, como mesmo disse em primeiro comentário, em relação a ler o livro é ficar encantado, não é o meu caso, pois com as barbáries que aconteciam na época, e é esta a questão que quero destacar, não tem como ficar encantado, mas sim elogiar um trabalho que foi feito em cima de pesquisas, e que demorou anos, a desinternação aconteceu de uns tempos para cá, e não naquela época, em relação a condição social, ou racial dos pacientes, não me interessa se são verídicas ou não, o que eu acho é que independente disto, aquelas pessoas foram tratadas em condições sub-humanas, bom, eu espero que tenha entendido o meu ponto de vista, até porque fui bem claro, e objetivo em minha resposta, pode ser que as divergências de opiniões esteja acontecendo, porque eu estou defendendo uma coisa que é fato comprovado no livro, e você outra completamente diferente, mas respeito a sua opinião, como gostaria que respeitasse a minha.
***
Braz Fernandes.
Que tipo de prova - "documentos legítimos", segundo você - está reivindicando?
(1) Os DADOS citados e contestados no meu comentário estão no próprio livro "Holocausto Brasileiro" (há inclusive algumas referências de página para verificação);
(2) No caso das residências terapêuticas, eu sugeri que conversasse com as cuidadoras; e não teria feito a sugestão se já não tivesse eu mesmo conhecimento da situação. Mas, se quer uma "prova" de imediato, eis um testemunho DIRETO. Pedro Divino Rosa desmonta tudo o que ele mesmo - e os outro participantes - afirmam sobre o "Monstro de Capinópolis" na reportagem do SBT (Cf. a partir do tempo 03:26 [https://www.youtube.com/watch?v=8FEtTpVJBjI&feature=player_embedded]).
A respeito do "encantamento" com o "Holocausto Brasileiro", eu não precisaria explicar, mas é óbvio que não me referia a nenhuma "barbárie", como você coloca. O "encantamento" é com o livro em si. E você dá uma amostra disso no seu próprio comentário: [...] "mas sim ELOGIAR um trabalho que foi feito em cima de pesquisas, e que demorou anos" [...].
Sobre a observação que fez - "a desinternação aconteceu de uns tempos para cá, e não naquela época" - eu não compreendi a pertinência. De qualquer maneira, eu não afirmei o contrário.
Agora, não tem o menor cabimento você afirmar - "a condição social, ou racial dos pacientes, NÃO ME INTERESSA SE SÃO VERÍDICAS OU NÃO, o que acho é que independente disto, aquelas pessoas foram tratadas em condições sub-humanas" (as palavras são suas e o destaque é meu) -, sendo que a ênfase na "condição social" e "racial" dos pacientes é justamente um dos pilares que sustenta a tese do livro. É o que, segundo a autora e os teóricos nos quais ela se apóia, motivou injustamente as internações, e é o que fundamenta a exigência da DESINTERNAÇÃO. Por isso, INTERESSA SIM se os DADOS são VERÍDICOS. E sobre o tratamento em "condições subhumanas", ora, ninguém concorda; porém, ainda que estas condições fiquem constatadas, isto não significa que o paciente NÃO SEJA psiquiátrico e nem que NÃO NECESSITE de INTERNAÇÃO.
Sem mais para o momento,
Bruno Braga.
III.
Braz Fernandes. 06 de Abril de 2014.
Sabe o que eu acho Bruno Braga, é que existem várias formas de se interpretar o que lemos, e você entende aquilo que quer entender, ou seja aquilo que é correto para você, saber entender os vários pontos de vista das pessoas é nobre meu caro, em relação a condição social ou racial, sócio econômica, aliás que até esqueci de citar em meu comentário, você colocou bem, é um dos pilares que sustenta o livro, mas meu amigo será que não vemos isto até hoje? Nem preciso ti falar, porque tem o discernimento para entender o que falei, tira a viseira meu caro.
***
Braz Fernandes.
(1) Observar princípios e métodos de leitura e interpretação; (2) fazer uma vaga referência à "condição social ou racial", "sócio econômica" de "hoje"; (3) lançar insinuações sobre a postura do seu interlocutor - enfim, tudo o que coloca no seu último comentário é apenas um desvio do núcleo da discussão: o livro "Holocausto Brasileiro". Portanto, se pretende tratar a questão de maneira OBJETIVA, considere O QUE eu disse - o CONTEÚDO e os ARGUMENTOS dos meus comentários.
Atenciosamente,
Bruno Braga.
IV.
Braz Fernandes. 07 de Abril de 2014.
Bruno Braga me responde uma coisa, qual é a sua formação? Não houve desvio do núcleo da discussão, o que eu acho que você só entende aquilo que quer entender, eu considerei o que disse, me parece que você é que não respeita e nem considera os meus comentários, faça o seguinte, escreva uma obra, quem sabe, poderá ser recorde de vendas
***
Braz Fernandes.
(1) Eu não compreendi a pertinência da pergunta a respeito da minha "formação". De qualquer maneira, o esclarecimento sobre ela, a apresentação dos meus diplomas - ou a de algum em especial - não são pré-requisitos para considerar o que está sendo discutido aqui: o livro "Holocausto Brasileiro"; (2) Escrever uma "obra" não é uma exigência para discorrer sobre qualquer dos temas ligados à discussão - ademais, diferentemente do que insinua, o no. de exemplares vendidos não é um ATESTADO das teses contidas em um livro.
Enfim, NADA do que expôs, Braz Fernandes, se refere OBJETIVAMENTE ao núcleo da discussão, isto é, ao livro "Holocausto Brasileiro" e aos temas correlatos. Deste modo, a acusação de que não "considero" e não "respeito" os seus argumentos é INPROCEDENTE, uma vez que você não apresentou nenhum. Nenhum argumento objetivo, apenas questões alheias à discussão. Portanto, vou repetir: se pretende tratar a discussão de maneira OBJETIVA, considere O QUE eu disse - o CONTEÚDO dos meus comentários.
Atenciosamente,
Bruno Braga.
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