Bruno Braga.
Em “Igreja:
Carisma e Poder”, publicado em 1981, o então frade franciscano Leonardo Boff
denunciava o Vaticano: a Igreja Católica estava corrompida pelo poder, o
elemento que fixava internamente sua rígida estrutura hierárquica e a orientava
na dimensão das relações públicas. Para o teólogo seria necessário uma “Nova
Igreja” – nascida de uma Teologia da Libertação. Porém, Boff, além de subverter
todo o Catolicismo, escondia artificiosamente aquilo que ele mesmo excomungava:
o poder. Boff pretendia quebrar a Hierarquia católica para “poder” reler os
Evangelhos a partir do Marxismo, para “poder” ministrar livremente os
sacramentos e para “poder” manejar a gosto o patrimônio histórico e cultural da
Igreja – e mais, havia ainda a ambição do Poder político. Estes propósitos
estavam claros nas fraudes teóricas promovidas pelo teólogo e também na
militância mais intensa a que ele se propôs ao deixar – por iniciativa própria
– a Igreja Católica [1].
Hoje,
o projeto político maquiado pela Teologia revolucionária aparece escancarado na
ascensão da esquerda latino-americana. É o que confessa Fernando Lugo, o
partidário da Teologia da Libertação e ex-Presidente paraguaio, que foi destituído
pelo Senado de seu país sob a acusação de “mal desempenho das funções” [2]. Em
um depoimento concedido a Oliver Stone [3], quando questionado se as transformações
ocorridas na América Latina remontam à Teologia da Libertação, Lugo respondeu
sem hesitar: “Sem dúvida” – e, entre as lideranças latino-americanas, ele
menciona o “metalúrgico” que chegou à Presidência do Brasil (Cf. Vídeo abaixo).
A Teologia da Libertação não era apenas um engodo teórico, mas um braço do Movimento
revolucionário. Um projeto de Poder que hoje Leonardo Boff maquia no seu
espiritual Ecologismo.
Referências.
[1].
Cf. BRAGA, Bruno. “Um teólogo militante sob suspeita” [http://b-braga.blogspot.com.br/2010/10/um-teologo-militante-sob-suspeita.html];
“Gato escondido com o rabo de fora” [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/10/gato-escondido-com-o-rabo-de-fora.html];
“Leonardo BofFETADA” [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/10/leonardo-boffetada.html];
“O parasita da terra” [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/10/o-parasita-da-terra.html].
[2].
Acusação que nem os “esquerdistas” puderam maquiar. Cf. o documentário
produzido por eles em [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/07/pergunta-sem-resposta.html].
[3]. South of the Border. Dir. Oliver Stone, 2009.
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