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Saturday, January 02, 2016

Marxistas na Pontifícia Academia de Ciências Sociais.

Michael Hichborn.


Lepanto Institute, 21 de dezembro de 2015.
[http://www.lepantoinstitute.org/faith-and-life/marxists-in-the-pontifical-academy-of-social-sciences/].
Tradução. Bruno Braga.




"Com desdém, jogarei minhas luvas
No rosto do mundo,
E verei a ruína desse pigmeu gigante
Cuja queda não irá impedir o meu ardor.


Então, vaguearei divino e vitorioso
Pelas ruínas do mundo
E, dando às minhas palavras uma força ativa,
Vou me sentir igual ao Criador".

Karl Marx, "Orgulho humano" ("Human Pride"), 1837.


Não pode haver dúvida na mente - mesmo do observador mais casual - que a influência de Karl Marx teve o maior impacto na devastação vista no século XX. As ideologias de Marx alimentaram a ascensão dos regimes mais sanguinários da história. União Soviética, China Comunista, Coréia Comunista, Vietnã Comunista, Cuba Comunista. A brutalidade dos governos atribuídas às lições de Karl Marx são incalculáveis. Além das dezenas de milhões de pessoas assassinadas nos expurgos de Stálin, os extermínios de Pol Pot, e outros massacres sob ditaduras Marxistas, estão incontáveis destruídas pelo aborto. Lenin, o primeiro ditador Marxista, foi o primeiro a legalizar o aborto [1]. Stálin, quando viu as consequências demográficas para a Rússia, que estava em meio a guerras e expurgos, anulou a medida; no entanto, manteve o aborto, e até o forçou, em países satélites como a Hungria. A idéia foi sempre implementar a regulamentação do crescimento populacional para obter o controle de países mais vulneráveis. Ela costumava ser encoberta, mas tornou-se "científica" com o advento do movimento eugenista (que foi fomentado por Marxistas comprometidos) [2].

De forma profética, a Igreja reconheceu a natureza destrutiva das ideologias de Karl Marx e a condenou rapidamente.  O Papa Paulo VI nos lembra desse fato na sua Carta Apostólica sobre o Octagésimo Aniversário da Encíclica "Rerum Novarum" [3]. Nessa carta, Paulo VI diz:

"Por isso, o cristão que deseja viver sua fé em uma atividade política... não pode aderir à ideologia Marxista, ao seu materialismo ateu, à sua dialética da violência e à forma como absorve a liberdade individual na coletividade, ao mesmo tempo negando a transcendência ao homem e à sua história pessoal e coletiva; nem pode aderir à ideologia liberal, que exalta a liberdade individual sem limite, estimulando a busca exclusiva do interesse e do poder, e a consideração das solidariedades sociais como consequências mais ou menos automáticas das iniciativas individuais, e não como objetivo e critério maior do valor da organização social".
Mais adiante, na carta, Paulo VI ressalta que alguns tentam diferenciar as várias expressões do pensamento Marxista, acreditando erroneamente que podem ser de alguma forma colocadas em conformidade com o pensamento católico:
"Enquanto, pela concreta forma existente de Marxismo, pode-se distinguir diversos aspectos e questões colocadas para a reflexão e para a atividade do cristão, seria ilusório e perigoso chegar ao ponto de esquecer a ligação íntima que radicalmente une as duas, aceitar os elementos da análise Marxista sem reconhecer a sua relação com a ideologia, e entrar em uma prática de luta de classes e suas interpretações Marxistas, enquanto falha em notar o tipo de sociedade violenta e totalitária à qual conduz o processo".
O ódio de Karl Marx pela humanidade foi rivalizado apelas pelo diabo. Seus escritos todos têm apenas um fim: a destruição completa e total da humanidade. Em uma peça que ele escreveu sob o título "Oulanem" (que é um anagrama de "Emanuel" - [NT]. Nome bíblico para Jesus), ele diz:

"Se existe algo que destrói,
Eu me lançarei nele, ainda que leve o mundo à ruína -
O mundo que cresce entre mim e o abismo
Vou esmagar em pedaços com minhas contínuas maldições.

"Eu lançarei meus braços em torno dessa dura realidade
Abraçando-me, o mundo morrerá silenciosamente,
E então afundará no completo nada,
Extinto, sem qualquer existência que poderia ser realmente vida".

Dado o caráter satânico dos escritos e das ideologias de Marx, e a completa condenação delas pela Igreja, seria natural acreditar que qualquer um que adere a tais ideologias nunca ocuparia posição de influência na Igreja. Mas, apesar disso certamente ser lógico, infelizmente não é o que acontece.

Em abril de 2014, o Papa Francisco nomeou Margaret Archer como presidente da Pontifícia Academia de Ciências Sociais (PACS). Desde então, a senhora Archer utilizou sua posição para convidar Jeffrey Sachs e Ban-Ki Moon [4] - arquitetos do controle populacional - para falarem em um evento no Vaticano e atacarem os pro-vida [5], que estavam preocupados com isso. No último mês, a senhora Archer participou de um evento patrocinado pela Pontifícia Academia de Ciências [6], que pretendia explorar formas de doutrinar crianças com a agenda de Desenvolvimento Sustentável da ONU (metas que são Marxistas no caráter e na prática, como já foi demonstrado [7]). Para uma pessoa com menos de dois anos em sua posição, essas tendências são alarmantes. Mas, depois de investigar os antecedentes da senhora Archer, fica claro que a filosofia de Karl Marx está conduzindo sua agenda.

A senhora Archer é uma das principais desenvolvedoras e proponentes de uma teoria sociológica chamada "Realismo Crítico" ("Critical Realism"). A teoria do Realismo Crítico foi inicialmente desenvolvida pelo sociólogo Roy Bhaskar, um Marxista profundamente devoto, e é a base para ramificações atuais da teoria política e econômica Marxista [8]. No site do Realismo Crítico há um artigo de 1998, escrito por Hans G. Ehrbar, com o título "Marxismo e Realismo Crítico" ("Marxism and Critical Realism") [9]. O primeiro parágrafo do artigo diz:
"Discutiremos aqui a ligação entre o realismo crítico de Roy Bhaskar e o Marxismo. Bhaskar é um Marxista que escreveu, não apenas mais uma interpretação do "Grundrisse" ([NT] "Elementos fundamentais para a crítica da economia política"), mas redefiniu os fundamentos filosóficos de Marx com base nos debates filosóficos de hoje, como ele diz, 'levando as críticas modernas do positivismo à sua conclusão lógica'".
Em 1998, a senhora Archer publicou um livro em co-autoria com Bhaskar e outros três: "Realismo Crítico: Leituras Essenciais" ("Critical Realism: Essential Readings") [10]. No livro, Karl Marx e as ideologias Marxistas são citadas mais de 400 vezes... todas como meio para explicar o pensamento marxista e integrá-lo à idéia do Realismo Crítico.

Em 2004, Archer foi co-autora do livro "Transcendência: Realismo Crítico e Deus" ("Transcendence: Critical Realism and God"). Na introdução, Archer e os co-autores falam sobre eles mesmos:
"Três de nós são acadêmicos. Um é filósofo, e dois são sociólogos. De forma semelhante, todos somos associados à esquerda política, particularmente, à esquerda econômica ou Marxista".
O livro também está repleto de ideologias Marxistas e de elogios ao socialismo e à economia Marxista.

O Crítico Realista Sean Creavan escreveu um livro em 2000, intitulado "Marxismo e Realismo: Uma Aplicação Materialista do Realismo nas Ciências Sociais" ("Marxism and Realism: Materialist Application of Realism in the Social Sciences") [11], e creditou a Margaret Archer a sugestão para que ele escrevesse sobre o vínculo entre o Marxismo e a teoria do Realismo Crítico. Em seus agradecimentos, Creavan disse:
"Agradecimento especial à Professora Margaret Archer, que me permitiu desenhar impunemente sobre o seu trabalho, e cujos conselhos a respeito de questões teóricas e de edição foram muito valiosos. Foi a Professora Archer quem fez a sugestão para eu investigar a relação entre realismo, Marxismo e teoria explicativa, que formam o núcleo deste livro".
Em Maio de 2015, em uma entrevista para um jornal de Teoria Social na Universidade de Kentucky [12], Margaret Archer explicou a forte influência e impacto de Karl Marx sobre o seu trabalho:

"Nós fizemos uma coisa na Inglaterra chamada Marcha pelo país, que não foi tão terrível como tentaram fazer aqui. Não é uma grande caminhada, o único problema é que realmente você conhece mais ovelhas que pessoas. Então, tivemos longas conversas com estes acadêmicos, e foi onde eu ouvi pela primeira vez as palavras de Max Weber (naquela época eu achei que fosse escrito com "V"), que alimentou ainda mais o meu interesse. Muitos desses professores eram, de uma forma ou de outra, Marxistas, então, eles estavam teorizando, não apenas de modo abstrato, mas teorizando por uma sociedade melhor, tal como eles viam isso. Penso que esse tema jamais saiu do meu trabalho, mas nunca foi expressamente marxista. Eu achava muito estereotipado, e os tempos haviam mudado. Alguns dos conceitos precisaram de mudança. Não temos proletariado agora, os pobres são uma categoria heterogênea, a principal coisa que eles têm em comum é a pobreza, não sendo membros do proletariado, e assim por diante. Não, eu nunca me descreveria como uma Marxista, mas nunca negaria que o Marxismo foi uma poderosa influência formativa".

Dado seu trabalho no Realismo Crítico, a influência de Karl Marx é abundantemente clara.

Archer é atualmente o membro mais influente da Pontifícia Academia de Ciências Sociais, pois é presidente dela, mas não é o único problema. Outro membro Marxista da PACS é Joseph Stiglitz. Stiglitz é membro da PACS desde 2003 [13].

A coisa mais importante sobre Stiglitz é que ele é Presidente da Comissão da Internacional Socialista sobre Assuntos de Finança Global ("Socialist International Comission on Global Finance Issues") [14]. O arquiteto da Primeira Internacional Socialista foi Karl Marx [15]. Então, o fato de Stiglitz ser Presidente basta para identificá-lo como um Marxista, e que não deveria ter nada a ver com atividades patrocinadas pelo Vaticano. Mas tem mais. Stiglitz está no Comitê Científico de uma organização chamada IDEAS Fundação para o Progresso ("IDEAS Foundation for Progress"). IDEAS é um grupo de pesquisa ("think-tank") do Partido Socialista Operário Espanhol ("Spanish Socialist Workers' Party" - PSOE) [16]. Em 2000, com financiamento da notória socialista Open Society de George Soros [17], Stiglitz fundou a Iniciativa para Políticas de Diálogo ("Initiative for Policy Dialogue") [18].

Aqui está outro membro da Pontifícia Academia de Ciências Sociais que não tem que ter negócios em qualquer lugar perto do Vaticano. Partha Sarathi Dasgupta, um dos principais proponentes da contracepção e do controle populacional, é membro da PACS desde 1997 [19]. Em 2013, Dasgupta escreveu um artigo para a revista Science com o título "Externalidades Invasivas na População, Consumo, e o Nexo com o Meio Ambiente" ("Pervasive Externalities at the Population, Consuption, and Environment Nexus") [20]. No artigo, Dasgupta argumenta que o crescimento populacional está colocando um fardo excessivo sobre os recursos disponíveis, e denuncia a falta de acesso e uso da contracepção. Ele diz:
"O planejamento familiar não está sujeito ao jogo do 'livre mercado'; ele é influenciado por leis restritivas, informação errada disseminada e normas sem fundamento na evidência (13-16). A necessidade não atendida de planejamento familiar é substancial. Por exemplo, a proporção de mulheres no Malawi que deseja adiar o seu próximo bebê ou parar de ter filhos completamente, mas que não usam contraceptivos, é de ~25%. As mulheres que têm mais autonomia estão melhor preparadas para superar as diversas barreiras, que muitas vezes impedem o fácil acesso ao planejamento familiar. Quando as barreiras são poucas, como na Indonésia, o uso de contraceptivos e as TTF (Taxas Totais de Fertilidade ["Total Fertility Rates"]) são semelhantes entre os de maior e menor renda (15). Quando as barreiras [para a aquisição de contraceptivos] são numerosas, como nas Filipinas, os pobres têm mais filhos e uma necessidade maior e não atendida de planejamento familiar. O acesso ao planejamento familiar pode crescer de forma relativamente rápida comparado com outras estratégias para baixas TTF, tal como a melhora na educação das mulheres (apesar de as alternativas poderem ser sinérgicas). 40% da população mundial (incluindo países com TTF tão altas quanto 6, recentemente, quanto há 50 anos) agora tem TTF que estão no nível de reposição ou abaixo. A demanda agregada por recursos ambientais é, em parte, uma função do tamanho da população humana. Se a população mundial atinge 8 ou 10 bilhões em 2050, e se alcança 15 ou 17 bilhões em 2100, dependerá de pequenas diferenças no tamanho médio da família, que pode ser altamente influenciado pela definição do foco no planejamento familiar".
O apelo para uma redução no crescimento populacional e aumento do acesso à contracepção é uma idéia que o ocupa por um longo tempo. Em 1995, Dasgupta escreveu um artigo com o título "O Problema Populacional: Teoria e Evidência" ("The Population Problem: Theory and Evidence") [21]. No artigo, ele procura meios para diminuir até mesmo o desejo dos casais de ter filhos.
"A análise apresentada aqui sugere que o meio para reduzir a fertilidade seria quebrar a espiral destrutiva quando ela estiver em operação. Por causa da demanda parental por filhos, em vez de uma necessidade não atendida de contraceptivos, o que explica em grande parte o comportamento reprodutivo em países pobres, devemos identificar políticas que alterem as opções de homens e mulheres para que a escolha fundamentada deles fosse a de reduzir a sua fertilidade".
Na sequência do artigo, ele leva sua idéia um pouco mais longe, até o ponto em que modifica as políticas econômicas para dar a impressão de que as crianças são um encargo financeiro a ser evitado.
"A solução mais poderosa nas regiões da África-subsaariana e do subcontinente indiano é implantar simultaneamente uma série de políticas. Serviços de planejamento familiar, especialmente quando aliado com serviços de saúde, e medidas para empoderar as mulheres são certamente desejáveis. Na medida em que as normas sociais são quebradas e os sistemas de apoio tradicionais vacilam, aquelas mulheres que escolhem mudar o seu comportamento tornam-se mais vulneráveis financeira e socialmente. Então, uma unidade de emprego e de instrução para mulheres é essencial para facilitar a transição até a fertilidade baixa. Mas a melhoria da coordenação social e o aumento direto da segurança econômica dos pobres também são essenciais. Fornecer bens de infraestrutura, como combustível barato e água potável, reduzirá a utilidade de mãos extras. Quando um filho é tido como caro, poderemos finalmente ter a esperança de desalojar o porão voraz das altas taxas de fertilidade".
O envolvimento de Dasgupta com o controle populacional é mais repugnante que isso. Dasgupta é "patrono" e "apoiador" de uma organização de controle populacional chamada "Questões Populacionais para um futuro sustentável" ("Population Matters for a sustainable future") [22]. Como patrono, seu nome aparece em uma apresentação de powerpoint intitulada "Por que questões populacionais: Uma introdução" ("Why Population Matters: An Introduction") [23]. Os slides indicam um impulso para aumentar o acesso à contracepção, para a descriminalização do aborto, e até uma exigência para que os farmacêuticos mantenham estoques de pílulas abortivas do dia seguinte. O slide 28 da apresentação estabelece os "Objetivos Chave" da organização:

. Acesso universal à saúde reprodutiva;
. Reduzir a incidência de concepções indesejadas;
. Pedir às pessoas que tenham um ou dois filhos, em vez de três ou quatro, por razões de sustentabilidade ambiental.

Partha Dasgupta é membro da PACS há quase 20 anos, e o ódio nitidamente declarado contra as crianças deveria tê-lo desqualificado desde o princípio.

Em abril de 2015, Archer, Dasgupta e o Chanceler da PACS, Monsenhor Sánchez Sorondo, juntaram-se ao principal defensor do controle populacional - Jeffrey Sachs - na criação de um documento que pede a adoção do impulsionador da contracepção Objetivos do Desenvolvimento Sustentável ("Sustainable Development Goals" - SDG) chamado "Mudança Climática e Bem Comum: Uma Declaração sobre o Problema e a Demanda por Mudanças Transformadoras" ("Climate Change and Commom Good: A Statement on the Problem and Demand for Transformative Changes") [24]. É interessante notar que, enquanto o SDG comprovadamente convida à disseminação do aborto e da contracepção [25], tais medidas foram cuidadosamente omitidas do sumário do documento da própria SDG.

Conclusão.

Este breve olhar sobre os trabalhos de pessoas altamente influentes na Pontifícia Academia de Ciências Sociais não esgota o assunto. O que os católicos precisam tirar disso é que não há dúvida, os inimigos de Cristo encontraram passagens em posições altamente influentes dentro da Igreja. Precisamos estar atentos e conscientes de que o atual impulso dentro do Vaticano para apoiar o mais recente assalto ao poder promovido por Marxistas e pela ONU está sendo conduzido por pessoas como essas na PACS.

O Instituto Lepanto continuará a investigação e identificação dos invasores da Nossa Amada Igreja, mas a única vitória será alcançada pelo Imaculado Coração da Santíssima Virgem. Reze o Rosário todos os dias para o Triunfo do Imaculado Coração.

Nossa Senhora da Vitória, "Ora pro nobis"!.


REFERÊNCIAS.

[1]. Cf. [https://en.wikipedia.org/wiki/Abortion_in_Russia].

[2]. Cf. [http://eugenics.us/frederick-taylor-and-the-connection-between-eugenics-capitalism-and-communism-scientific-management/67.htm].

[3]. Cf. [http://www.papalencyclicals.net/Paul06/p6oct.htm].

[4]. Cf. [http://www.endslavery.va/content/endslavery/en/events/protect/sachs.html].

[5]. Cf. [http://www.endslavery.va/content/endslavery/en/getinvolved/contributions/archer_reply.html].

[6]. Cf. [http://www.casinapioiv.va/content/dam/accademia/booklet/booklet_children.pdf].

[7]. Cf. [http://www.lepantoinstitute.org/sustainable-development-goals/vatican-pushing-communist-goals/].

[8]. Cf. [https://en.wikipedia.org/wiki/Critical_realism_%28philosophy_of_the_social_sciences%29].

[9]. Cf. [http://www.criticalrealism.com/archive/hehrbar_mcr.pdf].

[10]. Cf. [http://m.friendfeed-media.com/a252ebe0a8b28e364a8a5bf27709bd38861651e5].     

[11]. Cf. [http://philosociology.com/UPLOADS/_PHILOSOCIOLOGY.ir_Marxism%20and%20Realism-A%20Materialistic%20Application%20of%20Realism%20in%20the%20Social%20Sciences.pdf].

[12]. Cf. [http://uknowledge.uky.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1382&context=disclosure].

[13]. Cf. [http://www.pass.va/content/scienzesociali/en/academicians/ordinary/stiglitz.html].

[14]. Cf. [http://www.socialistinternational.org/viewArticle.cfm?ArticleID=1958].

[15]. Cf. [https://www.marxists.org/glossary/orgs/f/i.htm].

[16]. Cf. [https://en.wikipedia.org/wiki/IDEAS_Foundation_for_progress].

[17]. Cf. [http://policydialogue.org/about/funders/].

[18]. Cf. [http://policydialogue.org/about/funders/].

[19]. Cf. [http://www.pass.va/content/scienzesociali/en/academicians/ordinary/dasgupta.html].

[20]. Cf. [http://www.aueb.gr/users/koundouri/resees/uploads/Dasgupta%20(2013).pdf].

[21]. Cf. [http://www.econintel.net/Cl705/DasguptaPop.pdf].

[22]. Cf. [http://www.populationmatters.org/about/people/patrons/].

[23]. Cf. [http://populationmatters.org/].

[24]. Cf. [http://s3.documentcloud.org/documents/2068632/climate-change-and-the-common-good.pdf].

[25]. Cf. [http://www.lepantoinstitute.org/vatican-representative-endorses-un-sustainable-development-goals-verbatim/].

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