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Friday, January 04, 2013

Como uma vítima de Kinsey vive com o trauma do abuso sexual.



Entrevista de “Esther White” expõe pesquisa científica “má”. Parte II.

Autor. Brian Fitzpatrick.
Data da publicação. 18 de Outubro de 2010.
Tradução. Bruno Braga.

 “Esther White” adulta.

WND. Como o abuso sexual a afetou emocionalmente?
Esther White. Acho que o que mais me incomodou durante a vida foi o fato de ter sido usada. Eu fui um experimento. Eu não queria ser usada por ninguém. É desumano.

Ao longo dos anos – quando adolescente, eu estava totalmente, sabe, decidida pela abstinência até o casamento. O que eu fiz foi sepultar tudo isso. Quando minha mãe descobriu ela disse, “Nós não vamos falar sobre isso novamente”. E nós não falamos. Ela me perguntou várias vezes se o meu pai ainda tentava me molestar. Naquela época eu não sabia, mas teria havido um divórcio. Naquele tempo o divórcio teria sido uma coisa terrível, porque Deus odeia o divórcio.

Foi muito forte quando minha mãe nos pegou no ato. Ela nos surpreendeu. Ficou indignada, e minha mãe era uma mulher calma. Ela me mandou para fora da casa. Eu não sei o que aconteceu dentro daquele quarto, mas estou certa de que não foi agradável. Depois de aproximadamente uma hora ela saiu e me disse que o que o meu pai tinha feito era contra a lei, e que ela tinha o direito de chamar a polícia e colocá-lo na cadeia. Mas minha mãe tinha medo do que isso faria comigo, vindo a polícia para pegá-lo. Eu tinha os meus amigos de infância em volta.

Minha mãe me perguntou se deveria entregá-lo ou não. Em uma fração de segundos eu tinha que decidir se mandava o meu pai para a cadeia. Eu não entendi completamente. Hoje eu o teria mandado para a cadeia, mas escolhi não fazer na época. Então ele se foi, minha mãe o expulsou.

Eles venderam aquela casa. Nós nos mudamos para outra cidade, onde eu tive uma tia maravilhosa, tio, primos, e tudo mais. No final minha mãe acabou o recebendo de volta, porque ele chorou – eu não sei de tudo. Meu pai implorou para voltar e (prometeu) que nunca faria aquilo novamente. Ela o observava como um falcão. Não foi um momento agradável, mas ele pediu perdão para ela.

Ele tentou me molestar novamente, mas eu era forte o suficiente, e percebi como era terrível. Eu ameacei contar para minha mãe, eu a tinha para me apoiar. Ele continuou durante toda a vida. É por isso que eu acho que os molestadores de crianças devem estar na prisão. Eles nunca estão curados. Mas eu ameacei contar para minha mãe, e ele desistiu.

Meu pai tentou dormir comigo até depois que eu já estava casada. Ser um molestador de criança é algo da mente terrível. Alguém que quer dormir com uma criança é doente, e eles precisam ser confinados em um hospital pelo o resto de suas vidas. Talvez em um local de refúgio, ou algo assim, onde não possam machucar crianças.

Meu pai não tentou me molestar muitas vezes, só de vez em quando. Ele sugeria a relação sexual, ele não me molestada, para ver se eu estava disposta. Ele pensava que isso era amor. Mentalmente ele confundia sexo e amor.

Isso teve efeito sobre mim ao longo da vida. Eu enterrei o quanto pude, porque sabia que era uma coisa má. Deus perdoa se pedirmos, mas ainda há vergonha. Não quero que minha família fique envergonhada. Eles sabem, mas eu disse para eles que não precisávamos falar mais sobre isso.

Eu ocultei isso por muito tempo, até os 55 anos. Foi muito forte quando finalmente tive que contar para o meu marido. Ele suspeitou durante muito tempo. Eu necessitava do suporte da oração, e grupos de oração para mulheres me ajudaram a passar por isso.

WND. Como isso afetou os seus relacionamentos com homens?
Esther White. Eu controlei o que aconteceu. Eu namorei. Meus namoros foram normais, mas eles sabiam que era melhor não tentar nada. Não sei como eu indicava isso, mas eu fazia. Eu era cristã, e talvez por isso eles não tentavam. Naquela época as coisas eram diferentes. Ninguém estava fazendo sexo naquele tempo, todos eram abstinentes. Eram os anos 1950. A revolução sexual começou quando os livros de Kinsey – 1948 e 1953 – foram lançados, e apenas algumas poucas pessoas conheciam os livros naquela época, gente nas universidades ou pessoas que estavam interessadas neste tipo de coisa.

Felizmente eu me casei com um homem que foi um marido maravilhoso, mas ele acabou com uma esposa muito fria. Apesar disso ele era muito compreensivo. Eu posso entender porque muitos casamentos com mulheres que foram molestadas quando criança são instáveis. Meu marido morreu há 14 anos.

WND. Como você passou por isso durante todos esses anos?
Esther White. Meu pai teve um derrame em 1989. E eu acabei cuidando dele por dois anos. Eu mudei para a casa do meu pai para cuidar dele e da minha mãe, e comecei a frequentar a “Calvary Chapel” (“Capela do Calvário”, em tradução livre). Eu contei a um dos pastores. Ele ficou boquiaberto, e sugeriu que eu me envolvesse com os estudos bíblicos nas manhãs de sexta. Estou participando deles desde então.

Eu trabalhei com isso enquanto cuidava do meu pai, foi quando eu contei para os meus filhos e para o meu marido. Ele não sabia até então, e disse: “Eu não sei como você pode cuidar do seu pai assim”.

No estudo bíblico da última semana nos pediram para falar sobre nosso primeiro encontro com Deus. Eu não pude contar para ninguém. Escrevi no meu caderno, mas não contei para ninguém.

 “Esther White” com 9 anos.

Tornei-me cristã. Durante este tempo o meu pai me estuprou. Foi no período do inverno, num carro fora de uma deserta estrada congelada. Eu estava deitada de costas. Estava congestionada e não podia respirar. Estava chorando tanto que mal podia respirar, pensei que estava morrendo. Ele estava se divertindo tanto que não conseguia entender porque eu não estava.

Eu olhei pela janela e via uma lua deslumbrante e estrelas de inverno brilhantes. Então pensei, “Há um Deus” e “Deus me ajude”. E ele me ajudou. Eu sobrevivi a isso, e acho que este foi o meu primeiro encontro com o santo Deus. O Senhor apenas tocou o meu ombro. Quando eu precisei ele estava lá. Mesmo depois, eu não compreendi completamente o Cristianismo, mas eu sabia que Ele estava lá quando eu precisava dele.

Sou muito ativa na minha igreja – “Calvary Chapel” – e os guerreiras da oração lá estiveram, orando por mim durante 20 anos. O Senhor realmente me amadureceu com os anos. Eu sabia que o Senhor podia fazer qualquer coisa, Ele poderia me fazer passar por tudo isso mantendo a minha sanidade. Eu sou agradecida ao Senhor pela sua graça e misericórdia.

WND. Como você se sente agora sobre Kinsey e sobre seu pai?
Esther White. Eu estou furiosa pelo que essas pessoas fizeram para a minha família. Eu vejo que Kinsey causou os problemas na minha família. Eu acredito que eles não teriam sido envolvidos a menos que algum louco tivesse pensado em algo assim e os tivesse seduzido com um trabalho educacional glamouroso. Meu avô amava ser professor. Nada disso tinha a ver com a educação que ele amava.

WND. Por que você decidiu contar o que fizeram com você?
Esther White. Eu vi Judith Reisman no “Focus on the Family” promovendo o vídeo de Robert Knight chamado “As crianças da tabela 34” (“The Children da tabela 34”), e eu percebi, “Meu Deus, eles estão me procurando”. Até então eu não era ninguém, escondendo todas essas coisas dentro de mim. Isso me ajudou a curar.

Eu me apresentei a Reisman na conferência nacional “Concerned Women for America”. Ela não sabia quem eu era, e estava muito cética. Ela me examinou, queria provas. Eu enviei para ela uma cópia do certificado de ensino do meu avô – da Universidade de Indiana – e ela fez uma série de pesquisas para me examinar. Então fomos até o “Family Research Council” e nos encontramos com Bob Knight.

Eu realmente queria que o governo investigasse o Instituto Kinsey pelo que fizeram e pelo que eles provavelmente estão fazendo agora. Eu acho que o Instituto Kinsey tem arquivos que precisam ser abertos pelo governo.

Uma vez eu vi uma foto dos arquivos que eles tinham. Eles estavam se vangloriando de ter todos os arquivos dos experimentos com crianças como eu. Acredito que existem filmes lá. Meu pai filmou o que ele fez comigo. Eram vídeos caseiros. A câmera era uma daquelas manuais (“wind-up types”).

WND. Seu pai chegou a lhe mostrar os filmes das sessões dele com você?
Esther White. Não, acho que ele os enviou para Kinsey.

WND. Na esteira do “mea culpa” do dia 01 de Outubro – sobre a Guatemala – você acha que alguém deve um pedido de desculpas pelo que fizeram a você e aos outros que foram submetidos a estes experimentos?
Esther White. Você notou que era sexta-feira quando eles deixaram isso de fora? A cronometragem foi perfeita, isso foi enterrado.

Eu não preciso de desculpa. Tudo o que eu preciso é que o governo vá e prove o fato de que Kinsey está na essência do “Planned Parenthood”, do SIECUS (conselho de informação e educação sexual), e do que estão ensinando sobre homossexualidade nas nossas escolas. Eu sei o que eles estão fazendo, tentando provar que as crianças são sexuais desde o nascimento. Eles têm contaminado nossas escolas desde que o meu avô lecionou na “Central High School”, em Columbus, Ohio.

Nós também temos um sistema de saúde corrupto, e isso foi feito em nome da ciência. O CDC (“Centers ofr Disease Control and Prevention”) é parte do que eles fizeram na Guatemala, eles não se preocupam com aquelas pessoas.

Tenho palpitações quando deixo escapar estas coisas, mas eu quero fazer a diferença, de alguma forma, com relação ao que estão ensinando para as nossas crianças na escola. Então nós poderemos tirar esta doutrinação homossexual das escolas. Eles estão tentando recrutar para o estilo de vida homossexual. Eles não podem ter filhos, então têm que doutrinar os nossos pequenos.

Espero que haja algum tipo de conversa com organizações que ensinam a abstinência. Nosso governo não vai fazer isso, mas uma organização que está comprometida com o ensino da abstinência. Eu trabalhei com uma organização deste tipo, eles estão fazendo um grande trabalho nos colégios aqui em Anaheim. 63% das crianças que tem aula com eles diz que se torna abstinente depois de deixar o curso. Mas, há dez anos, eles perderam o financiamento.

Se ensinássemos a abstinência não teríamos que lidar muito com o aborto. A quantidade de abortos seria 75% menor que a de hoje. Nosso sistema educacional foi colocado de cabeça para baixo pelo maligno. Acho que Kinsey era o Satã encarnado.

WND. O que você achou do retrato de Kinsey no filme recente com Liam Neeson?
Esther White. Eu não vi o filme. Em primeiro lugar, acho que foi terrível eles fazerem isso. Kinsey foi muito simpático quando me entrevistou, porque eu era apenas uma garotinha. Mas eu não tinha ideia do que ele estava pensando naquela época. Era insano, era mau.

Acredito que experimento feito com verba pública é um problema recorrente. Foi o que aconteceu com Kinsey. Experiência científica. Eles não se importam com as pessoas, o que interessa são as estatísticas. Eu era apenas uma estatística, assim como as pessoas da Guatemala.

Precisamos fazer os pais perceberem que a abstinência funciona. A “Planned Parenthood” tem feito uma lavagem cerebral nas duas últimas gerações de pais com o contrário, mas ela funciona. Eu era abstinente, e tive um casamento maravilhoso.


Nota.
Leia a primeira parte da entrevista com “Esther White” - “Vítima de experimentos sexuais suspeitos revela” [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/01/vitima-de-experimentos-sexuais.html] – e a reportagem “Perturbador! Meu pai pagou Kinsey para me estuprar" [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/01/perturbador-kinsey-pagou-meu-pai-para.html].



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