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Thursday, January 24, 2013

Jean, paternidade e lições sobre o Comunismo.


Bruno Braga.


Jean Wyllys – deputado federal e ativista gay – expressou recentemente – na coluna de Mônica Bergamo – o desejo de ser pai. Ele planejava ter um filho com uma amiga; mas ela o "traiu", se casou, se separou, e já tem duas filhas – uma delas é afilhada do deputado. Depois da frustração, Jean Wyllys pretende adotar uma criança para realizar seu sonho, e com a filha de José Stédile nos braços, planeja: “Meu bebê chaga quando eu fizer 40” [1].

É curioso que o ilustre deputado tente compensar a frustração biológica com um instrumento jurídico. Porque, já que ele considera a sexualidade uma “construção social” – estabelecida por costumes e práticas, sobretudo religiosas -, então não haveria dificuldade para superar esta barreira “imposta” artificialmente e realizar, com um companheiro do mesmo sexo, o sonho de ser pai naturalmente. Se eu pudesse dar uma sugestão ao deputado, diria: tente – sim, tente e apresente para o público a confirmação empírica de sua tese.

Esta não foi a única revelação do líder gayzista. Falando a respeito de sua formação intelectual, o ilustre deputado afirmou:

“A Igreja Católica me deu as primeiras aulas de Comunismo”.

Mas, a IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA profere realmente lições sobre o Comunismo? Em 1949, a Congregação para a Doutrina da Fé publicou um documento para orientar os seus fiéis:

1. É permitido aderir ao partido comunista ou favorecê-lo de alguma maneira?
[Resposta]. Não. O comunismo é de fato materialista e anticristão; embora declarem às vezes em palavras que não atacam a religião, os comunistas demonstram de fato, quer pela doutrina, quer pelas ações, que são hostis a Deus, à verdadeira religião e à Igreja de Cristo [2].

A IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA, portanto, não ministra lições sobre o Comunismo. Pelo contrário, ela o veda expressamente, inclusive com a possibilidade de excomunhão automática (latae sententiae) para o fiel que “professa”, “defende” e propaga o Comunismo, esteja ele filiado a partidos, organizações ou instituições declaradamente comunistas, ou que, mesmo sem a denominação estampada, que sustente princípios comunistas – que vote em candidatos comunistas ou em seus aliados [3].

Portanto, não foi a Igreja Católica que forneceu as primeiras aulas sobre o Comunismo para o deputado gayzista. Mas onde ele as recebeu? Quais foram os seus mestres? Jean Wyllys aponta as Comunidades Eclesiais de Base (CEB’s) como a fonte de sua formação.

No entanto, estas comunidades foram tomadas pela Teologia COMUNISTA da Libertação e por seus “sacerdotes da revolução”, que subverteram o seu caráter eclesial e as transformaram em instrumento de manipulação política – um perigo que o Papa João Paulo II reconheceu em uma mensagem aos líderes das comunidades de base do Brasil, em 1980:

“Ser eclesiais é sua marca original e seu modo de existir e operar. Formam-se em comunidades orgânicas para melhor serem Igreja. E a base a que se referem é de carácter nitidamente eclesial e não meramente sociológico ou outro. Sublinho também esta eclesialidade porque o perigo de atenuar essa dimensão, se não deixá-la desaparecer em benefício de outras, não é nem irreal nem remoto, antes é sempre atual. É particularmente insistente o risco de intromissão do político. Esta intromissão pode dar-se na própria gênese e formação das Comunidades, que se congregariam não a partir de uma visão de Igreja, mas com critérios e objetivos de ideologia política. Tal intromissão porém, pode dar-se também sob a forma de instrumentalização política de Comunidades que haviam nascido em perspectiva eclesial” [4].

Os “sacerdotes da inversão” investiram contra a Igreja Católica – inoculando nela princípios contrários à sua Fé e os maquiando, de modo a transformar os próprios católicos em instrumento para a realização de seus objetivos políticos e revolucionários.

Nestes termos, Jean Wyllys não recebeu lições sobre o Comunismo da IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA, mas, sim, de Teologia COMUNISTA da Libertação – proferida por algum “sacerdote da inversão”. Mas, apesar de ter deixado a Igreja e ter abraçado os “ritos africanos”, o deputado gayzista – como um discípulo aplicado - parece ter absorvido algo fundamental dos princípios e métodos ministrados por seus mestres: investir contra a Igreja Católica para promover uma obscura “revolução” – agora através da engenharia social, com projetos educacionais gayzistas, instituição do casamento gay e regulamentação da prostituição [5].


Notas.


[2]. Acta Apostolicae SedisCommentarium Officiale (AAS) 41, 1949, p. 334. [http://www.vatican.va/archive/aas/documents/AAS%2041%20%5B1949%5D%20-%20ocr.pdf]. Tradução para o português: Denzinger-Hünermann. Compêndio dos símbolos, definições e declarações de fé e moral. Paulinas, Loyola: São Paulo, 2007. N. 3865.

[3]. Cf. BRAGA, Bruno. “Um alerta aos católicos” [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/05/um-alerta-aos-catolicos.html].


[5]. Observar, na leitura do artigo, a diferença entre o homossexual e o Movimento gayzista. Este último é a transformação da sexualidade em princípio de organização política e de promoção de engenharia social.



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