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Friday, February 19, 2016

Francisco, Kirill e Fátima.

Bruno Braga.


Não pretendo desvendar os mistérios entre o Céu e a Terra. Lanço aqui apenas um olhar sobre a declaração que o Papa Francisco assinou com o Patriarca Kirill de Moscou e de toda a Rússia no dia 12 de fevereiro, em Cuba - e outro sobre os acontecimentos extraordinários de Fátima.   

Em 1917, em Portugal, Nossa Senhora
transmitiu a três pastorinhos uma mensagem com um pedido bastante claro:  
[...] "virei pedir a CONSAGRAÇÃO DA RÚSSIA ao meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados. SE ATENDEREM aos meus pedidos, a Rússia CONVERTER-SE-Á e terão paz; SE NÃO, ESPALHARÁ SEUS ERROS PELO MUNDO, promovendo guerras e perseguições à Igreja" [...]
Maria não pediu um "acordo de paz". Não pediu "diálogo" e muito menos uma "declaração conjunta", mesmo que fosse "pastoral". Ela pediu a CONSAGRAÇÃO da Rússia ao Seu Imaculado Coração - Consagração para a CONVERSÃO da Rússia - conversão, claro, à fé da Igreja Católica. 

A Santíssima Virgem não foi atendida, e Ela mesma alertou para as consequências: a Rússia "espalhará os seus erros pelo mundo". Ninguém em sã consciência negará que Cuba é um desses "erros". A ditadura comunista foi imposta à ilha caribenha, que se transformou em base de disseminação do movimento revolucionário, sobretudo na América Latina. No entanto, mesmo sob um regime totalitário e genocida, Cuba serviu de palco para o encontro "histórico" entre o Papa e o Patriarca, e aparece no documento comum como "símbolo das esperanças do 'Novo Mundo'" [1]. 

"Conversão"? Ela foi sacrificada no altar da "liberdade religiosa" e do "respeito mútuo", inibida por Francisco e por Kirill como um "pecado" do "proselitismo" [2].  

Já não é mais segredo: Kirill trabalhou para a KGB utilizando o codinome "Mikhaylov". Era agente da polícia secreta da União Soviética, que não foi extinta, apenas mudou de nome - agora é designada com a sigla FSB. Foi um dos principais agentes de propagação da Teologia da Libertação, um simulacro de teologia criado pela KGB para perverter a fé, enganar os católicos e instrumentalizar a Igreja para favorecer as ambições comunistas [3]. Recentemente, o Patriarca de Moscou pediu a restauração dos "valores" da Rússia soviética de Lenin e de Stálin [4]. Logo após o encontro com Francisco, em Cuba, Kirill prestou uma homenagem ao "soldado internacionalista soviético" (Cf. vídeo). 


Muito bem. Cada um que tire as suas próprias conclusões. Não quero dar à deste texto um tom profético ou apocalíptico. Não. Mas é no mínimo estranho olhar para o encontro entre o Papa e o Patriarca da Igreja Ortodoxa Russa e para os eventos extraordinários de Fátima - reconhecidos pela Santa Igreja Católica - ver os pedidos da Virgem Maria desprezados e ver a Mãe do Cristo sendo invocada por Francisco e Kirill para celebrar a assinatura de um documento comum na Cuba comunista dos irmãos Castro. 


REFERÊNCIAS.

[1]. Cf. "Declaração comum do Papa Francisco e do Patriarca Kirill de Moscovo e de toda a Rússia" [http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2016/february/documents/papa-francesco_20160212_dichiarazione-comune-kirill.html].

[2]. Idem, n. 24.

[3]. Cf. PACEPA, Ion Mihai. "A Cruzada religiosa do Kremlin". Trad. Bruno Braga [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/04/a-cruzada-religiosa-do-kremlin.html]; "As raízes secretas da teologia da libertação". Trad. Ricardo R. Hashimoto. Mídia Sem Máscara, 11 de Maio de 2015 [http://www.midiasemmascara.org/artigos/desinformacao/15820-2015-05-11-05-32-01.html]; RYCHLAK, Ronald. "Teologia da Libertação: Uma Ferramenta do Kremlin". Tradução: Hélio Costa Jr. Revisão: Israel Pestana [http://tradutoresdedireita.org/teologia-da-libertacao-uma-ferramenta-do-kremlin/].

[4]. Cf. "Patriarca de Moscou pede a recuperação dos 'valores' de Lenine e Stalin" [http://flagelorusso.blogspot.com.br/2016/01/patriarca-de-moscou-pede-recuperacao.html].

Tuesday, February 16, 2016

Uma Campanha da Fraternidade fiel à "tradição".

Bruno Braga.
Nota publicada no Facebook.


A Campanha da Fraternidade propõe mais um tema escabroso: "Casa comum, nossa responsabilidade" [1]. Neste ano, em pleno tempo de conversão da Quaresma, a CNBB se preocupa - não com o caminho de salvação - mas com saneamento básico, ecologia, com lixo na rua - e recebeu até uma mensagem de apoio do Papa Francisco [2]. 

É "ecumênica". A Campanha da Conferência dos Bispos fez uma parceria com o CONIC (Conselhor Nacional de igrejas cristãs), um conselho de seitas que tem a Teologia da Libertação como referência de "catolicidade" - um simulacro de teologia criado para perverter e enganar os fiéis, instrumentalizar a Igreja para promover o projeto de poder comunista. Recentemente, o CONIC inclusive publicou uma nota em defesa da Presidente petista Dilma Rousseff (Cf. anexo) [3]. 

E mais. Sabe quem é autor do hino da Campanha da Fraternidade 2016? José Antônio de Oliveira. O "padre" - o "apóstolo" da Teologia da Libertação - que contesta o "Pelo Sinal da Santa Cruz", a "Salve Rainha" e a oração que Nossa Senhora ensinou aos pastorinhos em Fátima, oração que foi inserida no Santo Terço: "Ó meu Bom Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o Céu, e socorrei os que mais precisarem". Em Barbacena, depois de aprontar um bocado, José Antônio voltou à cidade mineira para ofender Maria: em plena celebração da Senhora das Dores, ele questionou a devoção à Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo e, sobre o altar, teve o displante de afirmar que a sexualidade da Santíssima Virgem não a diferencia das mulheres em geral [4].

Eis mais uma Campanha da Fraternidade da CNBB - fiel à "tradição", à tradição de desmoralizar e enfraquecer a Igreja Católica.

REFERÊNCIAS.






ARTIGO RECOMENDADO.

"Algumas notas sobre a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016: 'Casa comum nossa responsabilidade'". Padre Cléber Eduardo dos Santos Dias. [https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10206813048418748&set=a.1752773973122.2099107.1052073809&type=3&permPage=1].

ANEXO.

Conselho de seitas defende Dilma.

Bruno Braga.

Não foi apenas a CNBB. O Conselho Nacional de igrejas Cristãs (CONIC) - do qual a própria CNBB faz parte, apresentada como se fosse "a" Igreja Católica - também publicou uma nota sobre o processo de impeachment contra Dilma Rousseff [1]. 


A entidade tenta disfarçar a defesa da Presidente petista com uma "Declaração em defesa da democracia". O texto, que é uma reprodução do discurso do PT e dos seus aliados - sem contestar qualquer questão de mérito ou analisar as acusações contra a mandatária - sentencia sumariamente: não há "legitimidade" para o impeachment.

O CONIC atua dentro da Igreja Católica - por meio da associação com a CNBB - e trabalha ativamente para enfraquecê-La e instrumentalizá-La. Sob o pretexto de promover o "ecumenismo", substitui a conversão e a salvação por um ideal intramundano: "bons mocinhos", "cristãos" de todas as "igrejas", unidos pela "paz" e de mãos dadas por um "mundo novo" - por um "mundo novo" comunista. Basta acessar o site do CONIC para ver a politização escancarada da fé em bandeiras e causas comuno-petistas [2]. 

O Conselho tem vínculo com o CMI - Conselho Mundial de Igrejas -, que é utilizado pelo serviço de inteligência da Rússia, através de agentes dentro da igreja ortodoxa do país, como plataforma de ação [3]. O CONIC tem como referência de católico os "apóstolos" e "discípulos" da Teologia da Libertação. Betto é um deles - "frei" de araque e co-fundador do Foro de São Paulo, organização que tem Dilma Rousseff como títere.  

"Defesa da democracia?" Não. A nota do CONIC - como a da CNBB - é uma defesa, não só da Presidente petista, mas do projeto de poder criminoso - frontalmente contrário à fé cristã, católica - que está por trás dela. Um projeto que ajudou a construir e sustentar, e para o qual milita agora comprometido em proteger e conservar: a "Patria Grande" comunista latino-americana. 

REFERÊNCIAS.


[2]. Cf. [http://www.conic.org.br/portal/].      

[3]. Cf.  "A KGB criou a Teologia da Libertação". Tradução do Capítulo "Liberation Theology" (15), que é parte do livro "Disinformation": former spy chief reveals secret strategis for undermining freedom, attacking religion, and promoting terrorism (WND Books: Washington, 2013) - escrito por Ion Mihai Pacepa e Ronald J. Rychlak. Trad. Bruno Braga [http://b-braga.blogspot.com.br/2015/01/a-kgb-criou-teologia-da-libertacao.html]; BRAGA, Bruno. "Para além das aparências" [http://b-braga.blogspot.com.br/2015/03/para-alem-das-aparencias.html].

Saturday, February 06, 2016

Cristãos: caso de polícia?

Bruno Braga.


No dia 21 de janeiro, o governador de Brasília criou uma delegacia especial para apurar crimes de "intolerância religiosa". Na cerimônia que a instituiu, Rodrigo Rollemberg, do PSB (Partido Socialista Brasileiro) - partido que pertence ao Foro de São Paulo - acolheu as protagonistas do evento: representantes de "religiões de matriz africana" [1].

Falou-se ali em incêndio contra um "terreiro de candomblé", contudo, sem que fosse apresentado qualquer esclarecimento sobre as motivações do crime - elemento necessário para saber se de fato estaria caracterizada a tal "intolerância religiosa". O promotor que acompanha as investigações não tem ainda uma conclusão definitiva a respeito do caso: “É possível que tenha sido acidental, pois havia uma fiação elétrica no local que podia gerar um curto-circuito. Mas também é possível que seja criminoso.  O que a gente tem recomendado é que não se afaste qualquer possibilidade” [2]. De qualquer maneira, na reportagem de referência para este texto - e em outras utilizadas para pesquisar o tema - não havia qualquer menção a crimes cometidos contra cristãos, nem mesmo às frequentes ridicularizações que "colorem" as Paradas Gay na capital do país - crime previsto no Código Penal (Cf. art. 208). Bom, a omissão não é por acaso, pois os cristãos são o alvo.

A delegacia não tem nada a ver com "intolerância religiosa". A propósito, qual será o padrão estabelecido para o "tolerável"? É um despropósito criar toda uma estrutura - sendo que policiais, na própria cerimônia de sua criação, protestavam por condições mínimas de trabalho [3] - para cuidar de crimes e condutas já contemplados de forma eficiente na legislação penal e que não têm número de ocorrências significativo que justifique tratamento "especial".   

O teatrinho montado serve a interesses políticos, e é peça de uma disparatada engenharia social. Uma imagem traduz muito bem o que se passa por trás das cortinas. Recentemente, Porto Alegre (RS) sediou o Fórum Social Temático - evento do Fórum Social Mundial, criado pelo Foro de São Paulo. No dia 19 de janeiro, na marcha que deu início ao encontro comunista, macumbeiros levantaram a mesma bandeira dos "povos de matriz africana". Mas, logo atrás deles, um grupo carregava o seguinte estandarte: "Busque à [sic] Jesus, NENHUMA 'IGREJA'" (Cf. Imagem).


Não é interessante identificar agentes do mesmo tipo e grupos com os mesmos propósitos políticos marchando em fóruns comunistas e celebrando a criação de "delegacias especiais" contra a "intolerância religiosa"? Não é curioso notar que os cristãos têm sido o maior estorvo para as suas ambições? Afinal, não são os cristãos que começam a se dar conta do totalitarismo comuno-petista que tomou de assalto o Brasil e até as suas igrejas e templos? Não são eles que, na tentativa rasteira de amordaçá-los, são acusados de "fundamentalistas", que ouvem gritos histéricos contra uma tal "teocracia" e reivindicações estapafúrdias por um "estado laico"? Não são os cristãos que têm frustrado a sanha assassina dos abortistas, que se opuseram à engenharia social da união entre pessoas do mesmo sexo, lutaram nas câmaras legislativas de todo o país contra a ideologia de gênero gayzista nas escolas? 

Para implantar um projeto totalitário de poder - que abarque não só instituições políticas, mas as dimensões sociais e culturais - é necessário "domesticar" os cristãos. Não se trata aqui de formular uma tese conspiratória, basta recorrer à história dos regimes totalitários ou estudar os propósitos e efeitos da Teologia da Libertação dentro da Igreja Católica. Mas, para os cristãos "raivosos" e "indomáveis", que não seguem o "catecismo" do "politicamente correto" - ou que não se adequam ao padrão do "tolerável" - resta a força: eles são transformados em caso de polícia, sob o pretexto de se estar combatendo a "intolerância religiosa". 


ADENDO.

O Fórum Social Temático de Porto Alegre contou com uma seita comuno-ecumenista para celebrar a "paz" e a "tolerância religiosa" [4]. No entanto, na marcha de abertura do evento comunista, havia bandeiras pontificando: "Tem que buscar a Jesus, não as igrejas"; "As 'igrejas' são uma fraude, por favor, busque a Jesus apenas por si mesmo" (Cf. imagens). Contradição? Expressão de "pluralismo"? Não. Nada disso tem a ver com "religião". É o vale tudo, tudo que possa beneficiar a revolução comunista.




REFERÊNCIAS.

[1]. Cf. "Brasília cria Delegacia de Repressão aos Crimes de Discriminação", Agência Brasil, EBC, 21 de janeiro de 2016 [http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2016-01/brasilia-cria-delegacia-de-repressao-aos-crimes-de-discriminacao].

[2]. Cf. "Governo cria delegacia de combate à intolerância religiosa", Jornal de Brasília, 21 de janeiro de 2016 [http://jornaldebrasilia.com.br/noticias/cidades/663601/governo-cria-delegacia-de-combate-a-intolerancia-religiosa/].

[3]. Cf. [1].

[4]. Cf. "Fórum Social Comunista 2016", V [http://b-braga.blogspot.com.br/2016/01/forum-social-comunista-2016.html].