Pages

Tuesday, December 31, 2019

O problema agora é a campainha...

Bruno Braga. 


Para o "padre" comunista da Arquidiocese de Mariana [1], o problema agora é a campainha. De acordo com o já "conhecido" José Antônio, tocar a sineta no momento da Consagração do pão e do vinho é um retorno ao "velho ninho da Idade Média" [2]. 

Para alardear mais uma besteira monumental, o pároco do Santuário São João Batista, em Barão de Cocais (MG), mostra toda a sua fidelidade à "tradição" da Teologia da Libertação. Falsificação da história, perversão da teologia, distorções das questões de fé e até mesmo a mutilação de documentos. Sim, mutilação de documentos!

Na tentativa de fundamentar a tese de que as campainhas devem ser abolidas, José Antônio cita um documento da Congregação para o Culto Divino. NOTITIAE 8 [1972]. Cita, mas somente o trecho que lhe interessa: "Tudo depende das diversas circunstâncias de lugares e pessoas. Quando a comunidade possui suficiente educação litúrgica, a ponto de estar atenta à celebração e dela cônscia, não há por que chamar a sua atenção, mediante toque de sineta" (p. 343). 

O que José Antônio escondeu do leitor foi a continuação do documento: [...] "mediante o toque de sineta, para A PARTE CENTRAL DA MISSA. Diversamente quando participem da celebração pessoas que não são assíduas à Igreja; nesse caso o sinal da sineta é CONVENIENTE ou mesmo NECESSÁRIO".

O leitor pode avaliar a "conveniência" ou "necessidade" da campainha pela falta de conhecimento das diversas orações eucarísticas, ou pela desorientação frequente quanto ao momento da Consagração, e mesmo por aqueles mais "assíduos" (expressão do documento) às Missas. No caso de José Antônio, porém, existe ainda uma peculiaridade. 

Para o "padre" comunista, a sineta é realmente algo dispensável. Sim, pois ele disseminou a ideia de que não é sequer necessário colocar-se de joelhos no momento da Consagração. Ora, eu mesmo posso dar esse testemunho. Ele foi pároco na minha paróquia, e conheço gente, vejo com os meus próprios olhos como ele fez com que as pessoas deixassem, não somente um gesto, mas a reverência à Eucaristia, ao próprio Cristo, diante do qual "se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos" (Fl 2,10). Ah... Para o Cristo, não, mas para Barrabás, para o bandido, toda a adoração; o cultuador do Lula [3] dobra os joelhos, inclina a cabeça, e quem sabe até deita a palma das mãos sobre o chão.  

A "orientação" de José Antônio rasga inclusive a própria "Instrução Geral do Missal Romano", que é bastante clara a respeito do assunto: "Estão de joelhos durante a consagração, exceto se razões de saúde, a estreiteza do lugar, o grande número dos presentes" (n. 43). Em outras palavras, todos (!) devem se colocar de joelhos, todos (!), exceto nos casos estabelecidos. 

Retomo a citação mutilada. O leitor atento deve ter notado que José Antônio cortou do documento da Congregação para o Culto Divino o trecho que anuncia a Consagração como "a parte central da Missa". Sim, tinha que ter cortado, pois na peça contra a sineta o "padre" comunista afirma que é a Doxologia final ("Por Cristo, com Cristo e em Cristo...), e não a Consagração, o ápice da Santa Missa. Então, para que o documento não contrariasse a sua afirmação, José Antônio o rasgou, no trecho referente à campainha, e também no que reconhece a Consagração como "a parte central da Missa". 

A propósito da "Instrução Geral do Missal Romano", é importante que o leitor saiba que ele prevê a utilização da campainha:  "Um pouco antes da consagração, se parecer oportuno, o ministro pode chamar a atenção dos fiéis com um toque de campainha, que pode tocar-se também a cada elevação, segundo os costumes locais" (n. 150).

Claro, José Antônio expõe todo o seu arrazoado, repleto daquelas falsificações que só enganam os mais desavisados (e infelizmente ainda são muitos): a ênfase na Celebração Eucarística como "ceia", "partilha" e "refeição"; a já enfadonha cantilena de que nas Celebrações em latim "quase ninguém entendia o que estava acontecendo"; a invenção de um "Concílio Vaticano II" que só existe na sua cabeça e na agenda dos seus pares da "renovação", da "mudança" e da Teologia da Libertação. A respeito particularmente da campainha, José Antônio sugere que ela é um sinal para "prestar atenção", que ela "atrapalha a oração e impede o silêncio".

José Antônio, no entanto, despreza que a utilização da sineta remonta à tradição dos sinos da Santa Igreja, que teve início no século V, sendo levada das torres ao interior das igrejas no século XIII, e não com o propósito alegado pelo "sacerdote" de Mariana. A sineta recorda a necessidade de um som agradável a Deus (Salmo 97). Nas palavras do próprio Senhor a Moisés, a "campainha de ouro" deve ser tocada quando o sumo sacerdote exerce as suas funções (Êxodo 28, 34-35). Porém, mais que isso, a sineta anuncia o verdadeiro Sumo e eterno Sacerdote, que na Consagração se oferece em sacrifício e torna-se presente nas espécies do pão e do vinho. É o sinal audível para o louvor e ação de graças a Nosso Senhor Jesus Cristo (cf. Matthew D. Herrera). 

Este é o José Antônio. O "padre" comunista que não se cansa de insultar a Santíssima Virgem Maria [4]. Que se recusa a rezar a Salve Rainha, e até a oração repetida ao final de cada mistério do Santo Terço, ditada pela Mãe de Deus em Fátima [5]. É o "padre" que inventa orações eucarísticas, e para quem não é necessário colocar-se de joelhos no momento da Consagração. Para um "sacerdote" assim, o que é uma campainha? Uma sineta? Se ele vê e teme o retorno dela, talvez haja alguém, em algum lugar, restaurando aquilo que ele - José Antônio - trata de corromper. Que não é um gesto, um costume, um sinal, é a fé mesma das pessoas que lhe dão ouvidos. Uma pena que ele ainda tenha prestígio para escrever no site oficial da Arquidiocese de Mariana. 


REFERÊNCIAS.





Monday, December 30, 2019

O "Scholas Occurrentes" do Papa Francisco e o "pacto global" pela "educação".

Bruno Braga.
Notas publicadas no Facebook.


I.

É só uma "curiosidade". No dia 14 de maio de 2020 será realizado o grandioso evento para "Reconstruir o pacto educativo global", na sede do Scholas Occurrentes, em Los Angeles (EUA). Scholas, que é um projeto do então Arcebispo de Buenos Aires, Jorge Bergoglio, e que nos últimos dias teve a sede vaticana inaugurada pelo agora Papa Francisco. Scholas, que anuncio o Pontífice, não fará "proselitismo", i.e., não terá o ensino católico.

14 de maio. Um dia após a data em que a Santa Igreja celebra as aparições da Santíssima Virgem Maria, em Fátima. A Mãe de Deus que veio nos pedir a CONVERSÃO - a CONVERSÃO.

"Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser mandar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que ele é ofendido, e de súplica pela CONVERSÃO dos pecadores? - questionou Nossa Senhora.

II.

Dos patrocinadores e entusiastas do "Scholas Occurrentes". O projeto do então Bispo de Buenos Aires, Jorge Bergoglio, que teve a sua sede vaticana inaugurada recentemente pelo agora Papa Francisco, sendo assertivo o seu idealizador: o Scholas não fará "proselitismo" (i.e., não tem compromisso com a evangelização e nem com a educação católica propriamente dita) [1].

Na imagem, o entusiasmo de  Ban Ki-moon com o "Scholas Occurrentes". O ex-Secretário Geral da ONU, dado como um dos "colaboradores" do "Scholas", e que disseminou com as Nações Unidas a ideologia gay e o aborto pelo mundo. Moon, que participou recentemente do escabroso Sínodo da Amazonia [2].

O Scholas Occurrentes conta ainda com o apoio da Cáritas, BID (Banto Interamericano de Desenvolvimento), FAO (ONU), OIEC (Oficina Internacional de Educação Católica), Think Equal, Fundación IRSA, Mercedes Benz, Toyota, Warner Records, Forética, Google e a ONE - de Bill & Melinda Gates com George Soros, patrocinadores da agenda comuno-globalista e de engenharia comportamental e social, LGBT, esterilização, aborto, legalização das drogas, etc., etc. -  entre outros [3].

III.

No dia 30 de outubro, o presidente do México - Andrés Manuel López Obrador - recebeu "jovens" (com representantes do Brasil) por ocasião do 4o. Encontro Mundial de Jovens SCHOLAS [4]. Sim, do Scholas Occurrentes, projeto idealizado pelo Papa Francisco para a "educação".

No evento, Obrador disse o seguinte: "É por isso que esse Encontro COINCIDE com a política que realizamos com os jovens no México; é essa concepção aberta e plural que COINCIDE também com os nosso princípios. Este é o diálogo que queremos promover; o DIÁLOGO ECUMENICO, INTER-RELIGIOSO e entre todos os seres humanos" [...] [5].

Obrador. Um agente do esquema de poder comunista do Foro de São Paulo na América Latina por meio do Movimento Regeneração Nacional (MORENA) [6]. Com o seu governo, o Presidente mexicano impulsionou a ideologia gay e o aborto. Obrador, que exigiu da Igreja Católica um pedido de desculpas aos indígenas pelas "violações" aos "direitos humanos" durante a "Conquista" da América, valendo-se das mentiras e distorções disseminadas pelas "lendas negras" contra os católicos [7].

Em 2020, o Scholas Occurrentes será protagonista no "pacto mundial" pela "educação", convocado pelo Papa Francisco [8], e que, assim como o comunista López Obrador, tem uma série de "apoiadores" e "colaboradores" que não só distoam, mas trabalham contra os princípios e orientações da Santa Igreja Católica [9].

IV.

"O Papa contribui para a realização de muitos dos nossos objetivos", disse em uma entrevista recente o Secretário Geral da ONU (cf. imagem) [10]. Antonio Guterres, que foi presidente da Internacional Socialista [COMUNISTA] (1999-2005) e está à frente das Nações Unidas, comprometida com uma série de bandeiras contrárias a fé católica [11].

Cito aqui dois trechos da entrevista. Primeiro, o que remete ao "pacto mundial" pela "educação", convocado pelo Papa Francisco, e que terá como um dos seus instrumentos o Scholas Occurrentes, e o trecho no qual fica claro o propósito de instaurar um governo mundial - o que inclui, evidentemente, o estabelecimento de uma escabrosa "religião universal".
[...] "A educação deve ser um elemento chave dos nossos esforços para combater a propagação do ódio [sobretudo no ambito da religião]. Tenho a intenção de convocar uma conferencia sobre a função da educação para abordar este fenômeno e aumentar a resistência frente a ele" [...] 

"Se as duas principais economias do mundo [Estados Unidos-China] se dividem em setores como o comércio e a tecnologia, por exemplo, corremos o risco de criar dois submundos separados. Cada um com suas próprias normas comerciais e financeiras, sua própria internet, sua própria estratégia de inteligencia artificial e seus próprios desenvolvimentos geo-estratégicos e militares. ISSO É ALGO QUE DEVEMOS EVITAR. Para garantir a paz e a seguridade, DEVEMOS TRABALHAR POR UM MUNDO COM UM ÚNICO CONJUNTO DE NORMAS MUNDIAIS que todos aceitem e respeitem". [...] [12].
V.

Para retomar o tema "Scholas Occurrentes", o projeto do Papa Francisco para a "educação": "Scholas Ocurrentes: projeto político pedagógico de Francisco que atualiza as CEB's" (cf. imagem) [13]. 

Não se trata aqui de especular intenções "malignas" do Santo Padre, acusar o "anti" ou "falso" Papa - Francisco é o Papa! - e nem mesmo alardear que o "Papa é comunista". Não. Trata-se da constatar o que está sendo feito. 

O "Scholas Occurrentes" é uma atualização das CEB's (Comunidades Eclesiais de Base). É o que diz a própria delegação brasileira que participou do 3º Encontro Internacional de Jovens, promovido pelo "Scholas" entre os dias 06 e 11 de maio de 2018, em Roma [14]. De fato, basta o interessado conferir a proposta "pedagógica" e os seus "apoiadores" para constatar que o Scholas é mesmo uma "atualização" das CEB's, dando à educação um caráter de ativismo político, marcado evidentemente pelos seus colaboradores comuno-globalista [15], e - como o próprio Francisco esclarece - sem fazer "proselitismo" religioso, ou seja, sem o compromisso com o ensino da Verdade revelada por Deus, e que é propriamente a missão confiada por Ele à Sua única Igreja, a Santa Igreja Católica, sendo por isso mesmo a Esposa de Cristo Mãe e... Mestra!

Hoje, já não são poucos os católicos que sabem como as CEB's foram utilizadas para aparelhar a Santa Igreja com um nefasto instrumento de politização da fé a serviço do criminoso esquema de poder comunista: a Teologia da Libertação [16]. Estratégia que também estava associada a um projeto supostamente "educacional", cujo expoente tornou-se "patrono da educação" brasileira, mesmo tendo o seu "método" devastado a inteligência de gerações de estudantes: Paulo Freire, um entusiasta da Teologia da Libertação [17]. 

O "Scholas Occurrentes" é uma "atualização" das CEB's. Uma nova "roupagem", moderna, com o apelo inconsequente à "juventude", etc., etc. O seu caráter "político" adquire uma dimensão infinitamente maior, globalizante, uma vez que o Scholas será protagonista no próximo ano do "pacto mundial" pela educação, convocado pelo próprio Papa Francisco [18].  

VI.

Scholas Occurrentes. Projeto do Papa Francisco para a "educação" que, segundo o próprio Pontífice, não faz "proselitismo", i.e., não tem compromisso com a educação católica e nem com a conversão das pessoas. No próximo ano, o Scholas será protagonista no "pacto mundial" pela "educação", convocado por Francisco mesmo [19]. 

Catecismo da Igreja Católica. [O MÚNUS DE ENSINAR]. "Os Bispos, junto com os presbíteros, seus cooperadores, 'têm como PRIMEIRA TAREFA anunciar o Evangelho de Deus A TODOS OS HOMENS', segundo a ORDEM DO SENHOR. São os "arautos da fé, que levam a Cristo NOVOS DISCÍPULOS, os doutores autênticos" da fé apostólica, "providos da autoridade de Cristo" [888].

Catecismo de São Pio X. [180]. Como se chama a parte da Igreja que ENSINA? A parte da Igreja que ensina chama-se DOCENTE, ou ENSINANTE. [184]. De que pessoas se compõe a Igreja docente? A Igreja docente compõe-se de todos os Bispos (quer se encontrem dispersos, quer se encontrem reunidos em Concílio), unidos à sua cabeça, o Romano Pontífice. [186]. Quais são as pessoas que têm na Igreja autoridade de ensinar? Os que têm na Igreja o poder de ensinar são o Papa e os Bispos e, sob a dependência destes, os outros ministros sagrados.  

VII.

Paulo Bezerra. Um "padre" da Teologia da Libertação, como esclarece a imagem, e um conhecido militante comunista, que se mostra entusiasmadíssimo com o Scholas Occurrentes, o projeto do Papa Francisco para a "educação", tendo ele mesmo - Bezerra - ido a Roma conhecer a proposta [20].

As alusões ao PSOL, na exploração dos movimentos de juventude, e a Lula, não são meras coincidências, mas elementos integrantes do "apostolado" militante do "padre" Bezerra.

O Scholas Occurrentes, que já foi dado por envolvidos como projeto "político pedagógico" do Papa Francisco e uma "atualização" das CEB's [21] - Comunidades Eclesiais de Base que são ninhos de "catequese" da Teologia da Libertação e de militância comunista - será protagonista em 2020 do "pacto mundial" pela "educação", convocado pelo Sumo Pontífice mesmo.  


REFERÊNCIAS.


[2] . cf. [http://bit.ly/2mfvHux].



[5]. idem.

[6]. cf. [https://forodesaopaulo.org/partidos/]. A vitória de Obrador foi celebrada no XXIV Encontro do Foro de São Paulo, realizado em 2018, em Cuba [http://bit.ly/2EpKpV0]; [https://b-braga.blogspot.com/2018/08/foro-de-sao-paulo-o-conciliabulo.html].






[12]. cf. [10].


[14]. idem.


[16]. cf. "Francisco: Fidel e a Religião" [https://b-braga.blogspot.com/2015/09/francisco-fidel-e-religiao.html].

[17]. cf. "A 'pedagogia' do Foro de São Paulo" [https://b-braga.blogspot.com/2015/04/a-pedagogia-do-foro-de-sao-paulo.html].

[18]. cf. [http://bit.ly/2tgMb8D].



[21]. cf. [http://bit.ly/2ZcrvL1].