Bruno Braga.
O
tema da XXVIII Jornada Mundial da Juventude – realizada pela Igreja Católica no
Rio de Janeiro – foi: “Ide e fazei discípulos entre as nações”. Escolhido por
Bento XVI, quem o promoveu foi o seu sucessor, Francisco. Que fez o apelo da
evangelização não apenas aos jovens cristãos, mas aos padres e bispos – uma
dedicação, sim, ao trabalho administrativo, mas, sobretudo, ao pastoral e missionário.
Muitos
aproveitadores – ressaltando a ênfase do discurso do Sumo Pontífice no problema
da pobreza e da desigualdade social – se esforçaram para louvar o Papa como uma
espécie de “revolucionário”, apontando-o como um “reformador” da Igreja
Católica que possibilitaria o fortalecimento da Teologia da Libertação. Foi o
caso, por exemplo, de GENÉZIO – quer dizer, de Leonardo Boff -, que proclamou
Francisco como “o Papa da ruptura” (Cf. apenso).
Os que não conhecem as camuflagens da má-fé do
Sr. Genézio – e a submissão dele e da teologia que prega ao movimento
revolucionário –, se entusiasmaram com o efeito publicitário ardiloso. No
entanto, na reunião com os Bispos responsáveis pelo CELAM (Conselho Episcopal
Latino Americano), realizada em 28 de Julho de 2013 (Auditório do Centro de Estudos do Sumaré, Rio de Janeiro), Francisco mandou um aviso
direto aos teólogos e sacerdotes da revolução. O Papa observou os perigos – as
“tentações” – que podem corromper o “discipulado missionário”. Junto com a
“ideologização psicológica”, com o gnosticismo, a proposta pelagiana, com o
funcionalismo e clericalismo, Francisco considerou:
“A
opção pela missionariedade do discípulo sofrerá tentações. É importante saber
compreender a estratégia do espírito mau, para nos ajudar no discernimento. Não
se trata de sair para expulsar demônios, mas simplesmente de LUCIDEZ e
PRUDÊNCIA EVANGÉLICAS. Limito-me a mencionar algumas atitudes que configuram
uma Igreja “tentada”. Trata-se de conhecer DETERMINADAS PROPOSTAS ATUAIS que
podem mimetizar-se na dinâmica do discipulado missionário e DETER, até fazê-lo
FRACASSAR, o processo de Conversão Pastoral.
1.
A ideologização da mensagem evangélica.
É uma tentação que se verificou na Igreja desde o início: procurar uma
HERMENÊUTICA DE INTERPRETAÇÃO evangélica FORA da própria mensagem do Evangelho
e FORA da Igreja. Um exemplo: Um exemplo: a dado momento, Aparecida sofreu essa
tentação sob a forma de ‘assepsia’. Foi usado, e está bem, o método de ‘ver,
julgar, agir’ (cf. n. 19). A tentação se encontraria em optar por um ‘ver’
totalmente asséptico, um ‘ver’ neutro, o que não é viável. O ver é sempre
influenciado pelo olhar. Não há uma hermenêutica asséptica. Então a pergunta
era: Com que olhar vamos ver a realidade? Aparecida respondeu: Com o olhar de
discípulo. Assim se entendem os números 20 a 32. Existem outras maneiras de
IDEOLOGIZAÇÃO DA MENSAGEM e, ATUALMENTE, aparecem na América Latina e no Caribe
PROPOSTAS DESTA ÍNDOLE. Menciono apenas algumas:
a.
O REDUCIONISMO SOCIALIZANTE. É a ideologização mais fácil de descobrir. Em
alguns momentos, foi muito forte. Trata-se de uma pretensão interpretativa com
base em uma HERMENÊUTICA de acordo com as CIÊNCIAS SOCIAIS. Engloba os campos
mais variados, desde o liberalismo de mercado até as CATEGORIZAÇÕES MARXISTAS”
[...]. (os destaques no texto são meus) [1].
Enfim,
o recado aos teólogos e sacerdotes que pregam a Teologia “Socialista-Comunista”
da Libertação – e que a promovem sob outros disfarces, como Ecologismo,
Indigenismo, Feminismo, etc. – não poderia ser mais claro. A
fidelidade é à Igreja Católica de dois mil anos, e não ao Movimento
revolucionário ou a um anel de tucum.
Notas.
[1].
Cf. Discurso completo do Papa em [http://www.vatican.va/holy_father/francesco/speeches/2013/july/documents/papa-francesco_20130728_gmg-celam-rio_po.html].
Apenso.
Reproduzo
aqui dois comentários publicados na página do blog no Facebook. Eles abordam as
declarações do Sr. Genézio – quer dizer, de Leonardo Boff – sobre a
visita do Papa Francisco ao Brasil.
I.
Leonardo Boff tem um “DOM”, o da CARA DE PAU. Em
uma entrevista concedida à Folha de São Paulo, o teólogo afirma que Francisco é
o Papa da “ruptura”. Ele o distingue de seus antecessores, de João Paulo II e
Bento XVI. Esta distinção é um artifício utilizado para introduzir – e tentar
absolver - o engodo que os Pontífices anteriores veementemente condenaram: a
Teologia “Socialista-Comunista” da Libertação - um instrumento criado pela KGB
para corromper a Igreja Católica desde dentro, colocando-a a serviço do
Movimento Revolucionário.
Com
a cara mais deslavada, Boff finge que a Teologia da Libertação foi acusada
injustamente de ser Marxista. Ele é verdadeiramente um cara de pau. Porque, se
assim fosse, teria que negar o que ele mesmo escreveu. Por exemplo, o seu livro
“Igreja: Carisma e Poder”, que é totalmente estruturado sobre conceitos
provenientes do Marxismo.
Mas,
o teólogo da revolução acaba se traindo. Quando o jornalista pergunta se, no
“século 21”, o Cristianismo ainda necessita da figura de um Papa, Boff
responde: “Fundamentalmente não precisaria de um papa”. É o objetivo
explicitamente declarado. Quebrar a unidade da Igreja, representada na figura
do Papa (o que já foi tentado inúmeras vezes com a técnica de difamação, e da
“desinformação”, contra os Pontífices) e enfraquecer a religião; para, simultaneamente,
fortalecer os grupos aos quais está – com sua Teologia “Socialista-Comunista”
da Libertação - vinculado. Porém, agora a estratégia é misturar-se ao discurso
do Papa Francisco, tentando fazer passar por fé católica um artifício
revolucionário.
Entrevista de Leonardo
Boff: Folha de São Paulo, 22 de Julho de 2013 [http://www1.folha.uol.com.br/dw/1314660-este-e-o-papa-da-ruptura-afirma-teologo-leonardo-boff.shtml].
Bruno
Braga, 23 de Julho de 2013.
II.
O
GENÉZIO é realmente um CARA DE PAU. GENÉZIO Darci Boff – o Leonardo Boff –
anunciou que Francisco é o Papa que veio para liderar a “Igreja do terceiro
milênio” (“El País”, 25 de Julho de 2013). O embusteiro pretende aproveitar a
oportunidade, a visita de Francisco ao Brasil, e o discurso do próprio Sumo
Pontífice – que enfatiza a pobreza e a desigualdade social – para promover a
sua Teologia “Socialista-Comunista” da Libertação – um engodo criado pela KGB
para instrumentalizar a religião, sobretudo a Igreja Católica, colocando-a a
serviço do Movimento Revolucionário.
GENÉZIO
Boff afirma que “enquanto Bento XVI viver” não seria bom para Francisco
recebê-lo em Roma. Uma autovitimização abjeta, porque ele não foi expulso – ou
“condenado ao ostracismo”, como dito na reportagem –, deixou a Igreja por
iniciativa própria. Pelo que escreveu e fez, GENÉZIO deveria ter tomado uma
bicuda no meio da bunda.
Mas,
o cara de pau tropeça. Ele diz que voltaria ao “caminho comum da igreja” se o
Papa acabasse com o celibato obrigatório. No entanto, ao responder sobre o
futuro do catolicismo na América Latina, GENÉZIO Boff se entusiasma: “creio que
o futuro da América Latina não será um futuro de Cristianismo”, será uma
“religião nova”. Pois é. O que a maioria das pessoas não percebe é que ele
mesmo – o GENÉZIO - é um dos forjadores desta “nova religião”, que age para
enfraquecer o cristianismo e a própria Igreja Católica e fortalecer o seu grupo
de revolucionários.
Entrevista
de Leonardo Boff: “El País”, 25 de Julho de 2013, publicado no UOL Notícias
Internacional [http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/el-pais/2013/07/25/enquanto-ratzinger-viver-nao-e-bom-que-francisco-me-receba-em-roma-diz-leonardo-boff.htm].
Bruno
Braga, 25 de Julho de 2013.
Artigos recomendados.
NORRIS,
Brian. “Crítica do
‘Christian Peace Conference’”. Riligion
in Communist Lands, Keston Institute, 1979, Vol. 7/3, pp. 178-179. Trad.
Bruno Braga [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/07/critica-do-christian-peace-conference.html].
PACEPA,
Ion Mihai. “A Cruzada religiosa do Kremlin”. Front Page Magazine, 2009. Trad.
Bruno Braga. [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/04/a-cruzada-religiosa-do-kremlin.html].
BRAGA,
Bruno. “Christian Peace Conference, a disseminação da Teologia
‘Socialista-Comunista’ da Libertação” [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/07/christian-peace-conference-disseminacao.html].
______.
“A promoção efetiva da Teologia ‘Socialista-Comunista’ da Libertação” [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/05/a-promocao-efetiva-da-teologia.html].
______.
“Não, a guerra não acabou” [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/07/nao-guerra-nao-acabou.html].
______.
“Notas sobre a Teologia da Libertação” [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/05/notas-sobre-teologia-da-libertacao.html].
______.
“Francisco” [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/03/francisco.html].