Bruno Braga.
No último domingo, 05 de Julho, o "Fantástico" exibiu o quadro "Vai fazer o quê?" com o tema do "casamento" gay [1]. O objetivo - anunciado - era avaliar "como as pessoas reagem ao preconceito declarado" contra uma "família" que não seja a formada por um homem, uma mulher e seus descendentes. Mas, em vez de um trabalho "informativo", a Rede Globo produziu uma peça - mais uma - para promover o gayzismo.
A apresentadora chama a atenção do telespectador na introdução do quadro: "você viu as cores do arco-íris INVADIREAM os perfis das redes sociais" - uma referência às fotos coloridas dos facebookeanos que celebraram a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, o reconhecimento do "casamento" gay. Fotos de "famosos" que aderiram à iniciativa são exibidas; entre eles, defensores de "causas" tão "nobres" quanto às da quadrilha de terroristas anarco-comunista dos Black Blocs, como Leandra Leal e Caetano Veloso. Mas o que a apresentadora anuncia - entusiasmada - como "invasão" representou apenas 2% - sim, 2% - dos usuários do Facebook [2]; e não seria tão arriscado afirmar que boa parte deles era formada por "companheiros de viagem" ou "idiotas útes", sem saber ao certo o que estavam comemorando ou as consequências do tal "marco histórico".
Na introdução do quadro, o "Fantástico" firma claramente uma posição. O "Estatuto da família" é mencionado em tom de desaprovação, porque ele conserva a família como constituída por um homem, uma mulher e seus descendentes. Não há qualquer outra informação sobre o projeto de lei, nem mesmo o esclarecimente de que ele não traz nenhuma novidade, uma vez que - independentemente de manifestação do Supremo Tribunal Federal (STF) - a definição da "união estável entre o HOMEM e a MULHER como ENTIDADE FAMILIAR" permanece intacta na Constituição Federal (Cf. CF, Art. 226, §3).
Não se trata apenas de uma tomada de posição em favor das chamadas "famílias" gays. O "Fantástico" antecipa que qualquer contestação que se faça a estes "novos" tipos - principalmente as daqueles que defendem a família formada por um pai e por uma mãe - será acusada como "intolerância".
O quadro "Vai fazer o quê?" mostra um grupo de atores - note bem, ATORES - que encena, em um parque público, atitudes ostensivas de uma mulher contra dois homossexuais que adotaram uma criança. A cena é preparada para sensibilizar o público, tanto o do parque quanto os próprios telespectadores. Ela é montada de forma que toda e qualquer reação contrária à adoção de crianças por homossexuais - seja uma reação incisiva ou até um questionamento ou dúvida - seja previamente taxada: discriminação.
"Denise" é a personagem que caracteriza a "intolerância". Ela - diz o repórter Ernesto Paglia - "representa UM TIPO DE PENSAMENTO que ESTÁ LONGE DE SER ISOLADO AQUI NO NOSSO PAÍS". Porém, o Brasil "preconceituoso" que tanto o "Fantástico" quer convencer que existe não aparece na tela. Nenhuma pessoa - repito, NENHUMA - manifestou apoio à atriz "preconceituosa". Pelo contrário, TODAS a recriminaram. No entanto, não é possível tomar a reação do público - fundada no comportamento ríspido e super afetado de uma atriz - como uma avaliação sobre a adoção de crianças por homossexuais.
Ora, se o "Fantástico" estivesse mesmo interessado em abordar o assunto de forma séria, então deveria mencionar a pesquisa feita por Mark Regnerus (Universidade do Texas). Um amplo estudo que revela: crianças que permanecem junto das suas famílias biológicas têm uma educação melhor, apresentam maior saúde mental e física, menos envolvimento com drogas ou atividades criminosas, além de um "nível" de "felicidade" mais elevado; 23% dos filhos de mães lésbicas foram tocados sexualmente pelos pais ou por um adulto, enquanto o mesmo aconteceu apenas com 2% dos filhos criados por pai e mãe; filhos de mães lésbicas têm 11 vezes mais chance de serem molestados; na infância, 69% dos filhos de mães lésbicas viviam com a ajuda assistencial do governo, em comparação com 17% de filhos de pais e mães casados – na fase adulta, são 38% comparados com 10%; 5% dos filhos de pais casados consideraram o suicídio no ano anterior ao da pesquisa, enquanto 12% dos filhos de lésbicas e 24% de filhos de pais homossexuais [3].
Já que o "Fantástico" apresentou experiências particulares - com um Pedro Bial histriônico, que parece soprar a resposta de uma pergunta para uma criança adotada por homossexuais -, então deveria mostrar também o caso da canadense Dawn Stefanowicz, que foi criada por "pais" homossexuais e hoje advoga o casamento entre um homem e uma mulher. Ou o de Heather Barwick, criada pela mãe biológica e sua parceira, ex-militante do "casamento" gay que declarou recentemente: "Eu não apoio o casamento gay. Mas não é pelas razões que vocês estão pensando. Não é porque vocês são gays. Eu amo vocês, de verdade. É por causa da natureza das relações entre pessoas do mesmo sexo. Casamento entre pessoas do mesmo sexo significa privar a criança de um pai ou uma mãe dizendo que não importa, que é tudo a mesma coisa. Mas não é" [...] "A ausência do meu pai criou um grande vazio em mim e eu sofria todo dia por não ter um. Eu amo a parceira da minha mãe, mas outra mãe nunca substituirá o pai que eu perdi" [4].
Por que o "Fantástico" não mencionou as cartas contra o "matrimônio gay" enviadas para a Suprema Corte dos Estados Unidos? Cartas com a assinatura de pessoas criadas por "casais" homossexuais. Em manifestação de apoio aos estilistas italianos Dolce e Gabanna - gays que defendem a famíla constituída pelo homem e pela mulher - elas escreveram: "Os seis assinantes desta carta fomos todos criados por pais e mães gays e lésbicas. Cinco de nós somos mulheres e um é gay, embora todos criamos nossos filhos com seus pais do sexo oposto. Queremos agradecer-lhes por darem voz a algo que aprendemos por experiência: Todo ser humano tem uma mãe e um pai, e cortar isso da vida de uma criança significa roubar a sua dignidade, humanidade e igualdade. Sabemos que os pais homossexuais podem ser amorosos, dado que amamos os nossos pais e eles nos amam. Não obstante, todos nós experimentamos em primeira pessoa a dura reação que segue quando se questiona a visão dominante da 'paternidade homossexual' como universalmente positiva. Sabemos que chegarão a estar sob uma tremenda pressão, especialmente agora quando na Itália e Estados Unidos estão sendo empurrados para ignorar a nossa preocupação pelos nossos direitos a ter uma mãe e um pai, com o fim de agradar ao poderoso lobby gay" [5].
O "Fantástico" desce ainda mais baixo. Ele sugere - através da declaração de um homossexual - o "racismo" dos casais formados por um homem e uma mulher, que na adoção se preocupariam com um certo "padrão de beleza". Diferente deles, os "casais" gays seriam "bondosos" e "humanos", resgatando crianças "negras" esquecidas em orfanatos. O programa generaliza um caso particular estereotipado, mas não menciona em nenhum momento que a dificuldade para a adoção não está na falta de pretendentes: são 33.342 para 5.561 crianças [6]. O maior empecilho para a adoção no Brasil é a burocracia [7].
Enfim, é o suficiente para constatar que o "Vai fazer o quê?" é uma fraude. Ele não tem nenhum compromisso com a informação do telespectador sobre a questão da homossexualidade e a adoção de crianças por pessoas do mesmo sexo. Não. O compromisso é com o GAYZISMO: com a engenharia comportamental e social. E é assim mesmo que termina o quadro - depois de macular os que ainda insistirem na afirmação da família, depois da encenação exagerada, da ocultação e omissão de dados - a comemoração de uma suposta mudança de pensamento dos brasileiros. É este o resultado que o "Fantástico" - a Rede Globo - estão empenhados em produzir.
REFERÊNCIAS.
[2]. Cf. "Apenas 2% dos usuários do Facebook usaram filtro do arco-íris", Folha de São Paulo, 30 de Junho de 2015 [http://f5.folha.uol.com.br/voceviu/2015/06/1649633-apenas-2-dos-usuarios-do-facebook-usaram-filtro-de-arco-iris.shtml].
[3]. McManus, Mark. "How different are the adult children of parents who have same-sex relationships? Findings from the New Family Structures Study". Social Science Research, Vol. 41, Issue 4. Julho, 2012, pp. 752-770 [http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0049089X12000610#]. Cf. WND, Mike McManus, 22 de Novembro de 2012 [http://www.wnd.com/2012/11/my-2-dads-childhood-not-so-happy-and-gay/].
[4]. The Federalist, "Dear Gay Community: Your Kids Are Hurting", 17 de Março de 2015 [http://thefederalist.com/2015/03/17/dear-gay-community-your-kids-are-hurting/].
[5]. "Adotados por homossexuais agradecem Dolce e Gabbana por sua defesa da família composta por pai e mãe", ACIDigital, 18 de Março de 2015 [http://www.acidigital.com/noticias/adotados-por-homossexuais-apoiam-dolce-e-gabbana-em-sua-defesa-da-familia-composta-por-pai-e-mae-42212/].
[6]. Cf. Cadastro Nacional de Adoção / Conselho Nacional de Justiça [http://www.cnj.jus.br/cna/publico/].
[7]. Cf. Conselho Nacional de Justiça - Pesquisa 2015 [http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/79750-processos-de-adocao-sao-mais-lentos-no-centro-oeste-e-sul].
LEITURA RECOMENDADA.
BRAGA, Bruno. "A 'fantástica' propaganda gayzista [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/04/a-fantastica-propaganda-gayzista.html].
______. "Família do 'Novo Milênio'?" [http://b-braga.blogspot.com.br/2011/08/familia-do-novo-milenio-bruno-braga.html].
No comments:
Post a Comment