Bruno Braga.
Notas publicadas no Facebook.
I.
A Maçonaria prega a construção de uma "Nova Civilização". O que pressupõe não só o arranjo de um novo sistema político mas o estabelecimento de um novo formato de religião. Para erguer essa "Civilização", portanto, será necessário destruir a "antiga", isto é, a atual, que é de base judaico-cristã.
A Teologia da Libertação cumpre um propósito análogo. Ela foi criada para ser perniciosamente inoculada dentro da Igreja e, do seu interior, promover a distorção da fé, ludibriar os católicos, transformá-los em "militantes", construtores do "Paraíso na Terra", que se faz com a implantação de um regime comunista.
Bom. Nem sempre é caso de má-fé. No entanto, padres têm pregado com frequência uma tal "Civilização do Amor". Do modo em que a apresentam, eles reduzem a missão que Cristo confiou aos apóstolos ao "serviço", à mera ação social. Deixam de lado a "conversão" e o anúncio do Reino, que é a salvação no Céu. Com isso, a "Civilização do Amor" - que não aparece com compasso e esquadro, com foice e martelo, bandeiras vermelhas - mas onde as religiões estão todas unidas sob um sistema político de caráter global - converge para os mesmos ideais maçônicos e comunistas. Serve aos inimigos da Igreja Católica no trabalho de minar e destruir a Civilização judaico-cristã.
II.
Para construir a "Nova Civilização", a Maçonaria precisa necessariamente anular a Igreja Católica, uma vez que a civilização atual é ainda essencialmente cristã. E ela pode fazê-lo de duas formas. Por confronto direto, em associação com o poder político e até com a força das armas. Em dois casos esse tipo de iniciativa é mais evidente: na Revolução Francesa e no México, no governo de Elías Calles, na década de 1920 [1].
Mas a Maçonaria pode combater a Igreja Católica também de forma indireta. É a ação no domínio cultural, por meio do sistema educacional, da imprensa, por agentes de influência, como autoridades públicas e "intelectuais". Para ilustrar esse tipo de ação, basta mencionar a disseminação da falsa ideia de que todas as religiões são iguais - que é um dos meios que os próprios maçons utilizam para seduzir e atrair as pessoas às suas lojas e criar uma boa reputação pública, com uma aparência de "tolerância" e de aceitação do "diferente". Porém, com o sincretismo da seita maçônica, Jesus Cristo - o próprio Deus encarnado - teria o mesmo status de um pai-de-santo. A única Igreja que Ele fundou teria a mesma excelência de um terreiro de macumba - e acabaria rebaixada, com todo o seu poder de influência, no domínio social e político.
III.
A primeira pergunta que toda pessoa deveria fazer ao som da aparente boa reputação da Maçonaria e da propaganda que os "iniciados" fazem da seita é a seguinte: se a Maçonaria é apenas uma associação filantrópica e humanitária com o propósito de promover a solidariedade, a tolerância e a caridade, o "aperfeiçoamento", o "progresso" e o "desenvolvimento" do homem e da sociedade, então, por que diabos tem que ser secreta?
IV.
O "segredo" dá à Maçonaria uma espécie de "vantagem" que outros atores públicos não têm. Encoberta e protegida por ele, a seita pode patrocinar qualquer tipo de iniciativa - e em qualquer domínio, seja político, social, religioso, educacional, etc. - que terá o privilégio de esconder os insucessos e fracassos - recuar no que acaba mal-visto pela opinião pública - e evitar qualquer tipo de responsabilização. Os "iniciados" e os "veneráveis" grão-mestres, então, podem ostentar apenas as realizações e conquistas, as "boas obras" que "generosamente" oferecem ao mundo para a construção da tal "Nova Civilização".
V.
É possível - e necessário - estudar a Maçonaria pela sua origem e história. Rastrear as lojas existentes e identificar os seus agentes - os "iniciados". Inteirar-se dos seus princípios e orientações, da sua forma de organização. Analisar os programas e projetos, e avaliar o poder de influência e os meios de ação que a seita tem para realizá-los. No entanto, na ausência ou incompletude de todo esse conhecimento, ou se a pessoa ainda não compreendeu muito bem o que é, o Padre Pio dá a palavra definitiva sobre a Maçonaria.
Leia a Reprodução de uma carta que o Santo de Pietrelcina escreveu para o seu diretor espiritual:
"Meu caríssimo Padre,
"Na sexta-feira pela manhã, eu ainda estava na cama quando Jesus me apareceu. Estava todo maltratado e desfigurado. Ele me mostrou uma grande multidão de sacerdotes regulares e seculares, entre os quais vários dignitários eclesiásticos; destes, uns estavam celebrando, outros falando, e outros se despindo das vestes sagradas.
"Como a visita de Jesus angustiado causava-me muita dor, eu quis Lhe perguntar por que Ele sofria tanto. Não obtive resposta. Contudo, seu olhar recaiu sobre aqueles sacerdotes; mas, pouco depois, quase como se estivesse horrorizado e cansado de ver, Ele retirou o olhar e, quando o pousou sobre mim, com grande horror observei duas lágrimas que Lhe sulcavam o rosto. Ele se afastou daquela multidão de sacerdotes com uma grande expressão de desgosto em seu rosto, gritando: "Açougueiros!".
"E voltando-se para mim, disse: “Meu filho, não creia que minha agonia durou apenas três horas, não; Eu estarei, por causa das almas mais beneficiadas por Mim, em agonia até o fim do mundo. Durante o tempo de minha agonia, meu filho, não se deve dormir. Minha alma vai à procura de qualquer gota de piedade humana, mas ai daqueles que me deixam sozinho sob o peso da indiferença. A ingratidão e o sono dos meus ministros tornam mais aguda a minha agonia.
"Ai daqueles que correspondem mal ao Meu amor! E o que mais Me aflige e custa, é que à indiferença eles somam o desprezo, a incredulidade. Quantas vezes estive para fulminá-los, se não fosse impedido pelos anjos e pelas almas que Me veneram... Escreva ao seu diretor espiritual e narra-lhe tudo o que viu e ouviu de Mim esta manhã. Diga a ele que mostre sua carta ao Padre provincial...”
"Jesus ainda continuou, mas o que me disse jamais poderei revelar a nenhuma criatura deste mundo. Esta aparição causou-me tanta dor no corpo, e mais ainda na alma, que durante todo o dia fiquei prostrado e achei que ia morrer, se o dulcíssimo Jesus já não me tivesse revelado...
"Jesus tem infelizmente razão de lamentar de nossa ingratidão! Quantos de nossos irmãos desgraçados não correspondem ao amor de Jesus lançando-se de braços abertos na infame seita da Maçonaria! Oremos para que o Senhor ilumine suas almas e toque seus corações.”
(*) APUD. [http://www.catolicostradicionais.com.br/2014/10/religiosos-membros-da-maconaria.html]. Fonte: Lettera di Padre Pio al Suo Padre spirituale P. Agostino, in "Padre Pio da Pietralcina-Epistolario I”, Lettera N°123, Pietrelcina 7 aprile 1913, pp.350-352, ed "Padre Pio da Pietrelcina", 2002. (http://www.gris-imola.it/esoterismo/PadrePiomassoneria.php).
VI.
Não é raro deparar-se com um maçom que, diante do mal juízo sobre a sua seita, diz ser ele fruto da "ignorância" ou expressão da "falta de conhecimento". Ora, se de fato é assim, então conceda ao "iniciado" a oportunidade de lançar luz sobre as suas trevas e livrá-lo da peste do erro: mostre-se disposto a aprender e vamos ver se ele está mesmo disposto a ensinar - peça-lhe que conte publicamente tudo, tudo, tudo o que se passa dentro da Maçonaria.
VII.
Eis um caso que ilustra como a Maçonaria é inoculada na Igreja. Com a colaboração de autoridades eclesiásticas, os princípios da seita - como o dogma do relativismo - acabam por contaminar e enfraquecer a fé católica, transformando-a em mero serviço social ou política de paz.
Assista ao vídeo abaixo.
Em um canal do Grande Oriente de Santa Catarina no Youtube (GOSCTV) - canal maçônico, a apresentadora de um programa anuncia uma reportagem sobre a "união inédita" entre a Igreja e a Maçonaria. União intermediada por Dadeus Grings - Bispo - considerado "uma das principais autoridades da Igreja Católica no Brasil".
"Durante décadas a Igreja Católica e a Maçonaria estiveram afastadas". Contudo, José Firmino - grão-mestre do Rio Grande do Sul - afirma que "as instituições estão retomando as relações".
Ora, tudo isso é falso! A Congregação para a Doutrina da Fé estabeleceu claramente: Permanece portanto IMUTÁVEL O PARECER NEGATIVO DA IGREJA A RESPEITO DAS ASSOCIAÇÕES MAÇÔNICAS, pois OS SEUS PRINCÍPIOS FORAM SEMPRE CONSIDERADOS INCONCILIÁVEIS COM A DOUTRINA DA IGREJA e por isso PERMANECE PROIBIDA A INSCRIÇÃO NELAS. Os FIÉIS QUE PERTENCEM ÀS ASSOCIAÇÕES MAÇÓNICAS ESTÃO EM ESTADO DE PECADO GRAVE e NÃO PODEM APROXIMAR-SE DA SAGRADA COMUNHÃO" [2].
E mais. "Não compete às autoridades eclesiásticas locais pronunciarem-se sobre a natureza das associações maçónicas com um juízo que implique derrogação de quanto foi acima estabelecido" [3]. Portanto, Dadeus Grings, ao contrário do que declara a reportagem do canal maçônico, não tem "autoridade" para se pronunciar sobre a Maçonaria, muito menos intermediar ligações entre a seita e a Igreja Católica - mesmo que seja Bispo. Se o faz, ou age em estado de ignorância ou, - conhecendo a Declaração do Santo Ofício - age de má-fé.
VIII.
É comum ouvir a alegação de que a Maçonaria não é uma entidade "secreta", mas sim "discreta". Ora, o que poderia conferir à seita o caráter de organização "discreta" seria o fato de se conhecer a localização de algumas lojas e templos, a identidade de um ou outro "iniciado" e certas "atividades" que são públicas ou divulgadas pela internet. No entanto, o que se passa essencialmente dentro da Maçonaria permanece em "segredo". Por exemplo, os rituais de iniciação, os tais "mistérios" e o tipo de "conhecimento" que distingue os graus maçônicos, os programas de ação e de autopromoção da "irmandade" no domínio social, político e cultural. Ademais. É próprio da Maçonaria estabelecer lojas encobertas e camufladas, que são conhecidas apenas pelos maçons de graus superiores. Portanto, o termo "discreto" não é adequado. A Maçonaria em última instância é uma organização secreta.
IX.
Conheça a história de Maximiliano Maria Kolbe (1894-1941). O santo polonês que fundou a "Milícia da Imaculada" para combater a Maçonaria.
"Quando os MAÇONS começaram a se agitar cada vez mais, QUANDO ERGUERAM SOB A JANELA DO VATICANO SEU ESTANDARTE NO QUAL, SOB O FUNDO NEGRO, LÚCIFER ESMAGAVA DEBAIXO DE SEUS PÉS O ARCANJO MIGUEL, QUANDO SE PUSERAM A DISTRIBUIR MANIFESTOS CONTRA O SANTO PADRE, SURGIU CLARA A IDÉIA DE FUNDAR UMA ASSOCIAÇÃO QUE TIVESSE A FINALIDADE DE LUTAR CONTRA OS MAÇONS E OUTROS PARTIDÁRIOS DE LÚCIFER" (WINOWSKA, Maria. "Maximiliano Kolbe": Um mártir de Auschwitz. Edições Paulinas: São Paulo, 1983. p. 43).
Assista ao vídeo.
"São Maximiliano Maria Kolbe".
Documentário (Espanhol) - Servant Brother Films. 2014.
REFERÊNCIAS.
[1]. Cf. [a]. França: PONCINS, 1937, pp-38-41, "A Maçonaria e o Terror"; [b]. México: "Cristiada" [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/04/cristiada.html].
[2]. Cf. Congregação para a Doutrina da Fé, "Declaração sobre a Maçonaria" [http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_19831126_declaration-masonic_po.html].
[3]. Cf. Idem.
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