Bruno Braga.
Notas
publicadas no Facebook.
I.
A tensão
entre o Bolsonaro e o seu Ministro da Saúde – Luiz Henrique Mandetta – pode
estar criando um novo conflito: entre o Presidente da República e a Maçonaria.
É o que informa a página “AGROemDIA” (cf. imagem) [1].
O
“AGROemDIA” é – nas palavras de apresentação do portal mesmo – “um site
jornalístico especializado no agronegócio, cooperativismo e meio ambiente. É
produzido em Brasília por uma equipe de jornalistas com longa experiência na
cobertura dessas áreas” [2]. Com o conteúdo focado no “agronegócio”, “cooperativismo”
e “meio ambiente”, é “curioso” que, não só publique e coloque na capa uma
matéria sobre a “tensão” entre Bolsonaro e Mandetta, mas que o faça em clara
ameaça ao Presidente da República: “Maçonaria não abandona os seus ao relento.
Mandetta é um deles” (cf. imagem).
O portal
dedicado ao agronegócio (será também porta-voz da Maçonaria?) é ainda mais
incisivo: “Esse cenário belicoso DESAGRADA À MAÇONARIA” [...] “A Maçonaria
REPROVA em silêncio o comportamento de Bolsonaro. Reservadamente, alguns maçons
dizem não enxergar com bons olhos a execração pública à qual Bolsonaro está
submetendo o IRMÃO Mandetta. Muitos acham que isso PODE ACENTUAR A PERDA DE
APOIO DO PRESIDENTE ENTRE A IRMANDADE” [...] “A MAÇONARIA NÃO ABANDONA OS SEUS
AO RELENTO. MANDETTA É UM DELES. CERTAMENTE O PRESIDENTE BOLSONARO SABE DISSO.
/ Que assim seja” [3].
O tom é
de “recado dado”. Se nesse estado de tensão, em que o Presidente da República
precisa decidir considerando uma série de fatores, entre a saúde da população e
a economia, inclusive o agronegócio, a Maçonaria – a contar pelo AGROemDIA –
parece acrescentar mais um em forma de coação: os seus “caprichos”, sob o manto
da conhecida autoproteção mafiosa da seita, colocando ainda mais em risco o
futuro do Brasil.
II.
Luiz
Henrique Mandetta. Ministro da Saúde e deputado federal (DEM) é maçom ativo e
regular da ARLS [Augusta e Respeitável Loja Simbólica] Raul Sans de Matos,
ligada à Grande Loja Maçônica do Estado de Mato Grosso do Sul [GLMS], em Campo
Grande (MS).
Mandetta
foi membro ativo da Associação de Médicos Maçons (AMEM). Em 2017, a revista da
AMEM destacou o protagonismo do então deputado federal, e agora Ministro da
Saúde, na formação da Frente Parlamentar de Médicos, e com a participação ativa
da própria Associação de Médicos Maçons (cf. imagem).
Uma
questão seríssima: como é possível aceitar que uma seita de caráter
eminentemente secreto influencie questões públicas, beneficiando-se (mesmo que
indiretamente) dos recursos do contribuinte, sem que o próprio contribuinte
tenha acesso às suas discussões e decisões internas? A Maçonaria, conhecida por
sua autoproteção mafiosa, a instrumentalização de posições de poder com a
distribuição de benefícios e privilégios entre os “irmãos”.
III.
Uma
“curiosidade”. Em 2018, já com o anúncio de que seria Ministro da Saúde, Luiz
Henrique Mandetta palestrou no I Congresso Internacional Brasil Paraguai de
Médicos Maçons, realizado em São Paulo, para falar da “Frente Parlamentar da
Medicina”, criada com o seu protagonismo enquanto deputado federal (cf. imagem)
[4].
Mas, no
mesmo dia da apresentação de Mandetta, também palestrou o Monsenhor Boanerges
Waldemar Bueno, falando sobre “A Igreja e a Maçonaria – Mitos e Verdades”. Desperta
a atenção ver o tema em um evento para médicos maçons. Seja como for, o
Monsenhor - e “irmão” maçom! – Boanerges não pertence à Santa Igreja Católica, não
está em comunhão com Roma, e sim vinculado a uma tal Igreja “Católica”
Carismática.
Trata-se
de mais uma forma de promover a confusão. Pregar para o público e para os
próprios católicos a existência de um “catolicismo” – inventar um! – que seja
“compatível” com a Santa Igreja. Semelhante ao evento que aconteceu
recentemente, promovido pelo Grande Oriente do Brasil, Grande Oriente do
Distrito Federal e Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil (CMSB), com o
padre jesuíta espanhol José A. Ferrer Benimeli [5]. É a traição contra a Esposa
de Cristo para servir ao pai da mentira.
Determina
a Congregação para a Doutrina da Fé:
"Permanece portanto IMUTÁVEL o parecer NEGATIVO da IGREJA a respeito das ASSOCIAÇÕES MAÇÔNICAS, pois os seus PRINCÍPIOS foram SEMPRE considerados INCONCILIÁVEIS COM A DOUTRINA DA IGREJA e por isso permanece PROIBIDA A INSCRIÇÃO NELAS. Os FIÉIS que PERTENCEM às ASSOCIAÇÕES MAÇÔNICAS estão em estado de PECADO GRAVE e NÃO PODEM APROXIMAR-SE DA SAGRADA COMUNHÃO" [...] “Não compete às autoridades eclesiásticas locais pronunciarem-se sobre a natureza das associações maçónicas com um juízo que implique derrogação de quanto foi acima estabelecido” [6].
IV.
Presidente
do Conselho Federal de Medicina pertence à Maçonaria. Confira a imagem, um
registro das atividades da diretoria da Associação de Médicos Maçons (AMEM), em
novembro de 2019, com a visita a Mauro Luiz de Britto Ribeiro, presidente do
CFM: “Ainda no dia 05 do mês, o IIr. Alfredo Roberto Netto, Ademar Távora Neto
e Reginaldo Gama foram recebidos em Brasília pelo novo Presidente do Conselho
Federal de Medicina – CFM, o Dr. Mauro Luiz de Britto Ribeiro que, para a nossa
satisfação, APRESENTOU-SE COMO IR. MAÇOM”.
V.
Grão-mestre
do Grande Oriente de São Paulo (GOSP) reforça proteção da Maçonaria para o Ministro
da Saúde e “irmão” Luiz Henrique Mandetta contra o Presidente da República (cf.
imagem) [7].
O
advogado Raimundo Hermes Barbosa declarou ao colunista do UOL Rubens Valente
que Mandetta deveria receber “mais apoio” de Jair Bolsonaro, pois – segundo o
maçom! – “o [apoio] da população ele já tem”. O Presidente “não pode conduzir
seus admiradores para uma armadilha que coloca em risco a vida deles” e nem os
conclamar a sair do isolamento social [8].
A
postura do Grão-mestre está alinhada com a do “irmão” Mandetta e com as de João
Doria e Bruno Covas, respectivamente governador e prefeito do estado e da
cidade de São Paulo. O próprio Ministro da Saúde pediu aos brasileiros para que
obedeçam aos governadores e prefeitos, que não só divergem do Presidente da
República, mas utilizam o enfrentamento do coronavírus para derrubá-lo, valendo-se
até mesmo de ameaças de prisão contra a própria população.
O maçom
declarou: “Nosso governador em São Paulo [João Doria] tem enfrentado com muita
coragem a situação, até assumindo medidas impopulares, mas necessárias”. Sobre
Bolsonaro, a quem não quis confirmar apoio (“apoiar ou não apoiar o presidente
Bolsonaro não muda a situação”), disse: “poder convocar para que saiam do
isolamento pode, mas não deve”.
VI.
Por
conta do combate ao vírus chinês, a Maçonaria se levantou para apoiar o “irmão”
Luiz Henrique Mandetta na tensão com Bolsonaro, inclusive ameaçando o
Presidente da República [9], e mostrou, no caso do Grande Oriente de São Paulo,
estar alinhada com postura do governador do estado e do prefeito da cidade, João
Doria e Bruno Covas [10].
É oportuno
então recordar uma “nota” que publiquei em 2017, quando a seita da Maçonaria
abraçou a candidatura de João Doria para a prefeitura de São Paulo, e o “irmão”
Bruno Covas era o seu vice (cf. imagem) [11].
VII.
Bruno
Covas, prefeito de São Paulo que faz aniversário hoje (07), é o aliado de João
Doria no combate do vírus chinês em São Paulo, mas também parceiro do
governador do estado na instrumentalização do enfrentamento para fazer política
contra o Presidente Jair Bolsonaro [12].
Bruno
Covas, iniciado na Maçonaria em 2005, membro ativo e regular da Loja Simbólica
Lautaro 2642, Vila Gumercindo – Grande Oriente do Brasil [13]. Uma ascensão
curiosa, rápida: de 2005 a 2009, em apenas quatro anos, passou de “aprendiz” a
“mestre”.
Maçonaria,
que em 2017 abraçou a chapa de João Doria e do seu vice e “mestre” maçom Bruno
Covas para a Prefeitura de São Paulo [14], e que assumiu a defesa do “irmão”
Mandetta e a postura de governadores e prefeitos contra o Presidente da
República [15].
(*)
Imagem. GLESP. Grande Loja do Estado de São Paulo.
VIII.
A última
do “irmão” Mandetta: conversa com o embaixador da China. Yang Wanming, protagonista
de um entrevero com Eduardo Bolsonaro e autor de uma ousada e cínica exigência:
a de que os brasileiros devem pedir desculpas à China por dizerem a verdade –
i.e., que Partido Comunista Chinês é responsável, junto com a OMS (ONU), pela
disseminação do coronavírus pelo mundo.
Será que
se trata daquele tipo de “provocação” – tanto do embaixador quanto do maçom
Mandetta – a que se referiu o Presidente Bolsonaro no último domingo (05)?
IX.
O “apoio
dos médicos de São Paulo” a Luiz Henrique Mandetta: “amor à vida, à Ciência e à
Ética” (cf. imagem) [16]. Como fica agora a Associação Paulista de Medicina
(APM) após o próprio Ministro da Saúde recuar frente as evidências e uma facção
de médicos paulistas – sob a liderança de João Dória – ser desmascarada por
ocultar informações sobre a eficácia da cloroquina no tratamento da COVID-19,
privando a população infectada de utilizar a substância, enquanto a gangue mesma
se beneficiava dela? Subserviência à politicagem rasteira do governador do
Estado? Corporativismo? Autoproteção mafiosa da “irmandade” maçônica? [17]
X.
Ronaldo
Caiado, “padrinho” do “irmão” Mandetta e o grande defensor do Ministro da Saúde
na tensão com o Presidente Jair Bolsonaro. Também aliado dos governadores
liderados por Doria na instrumentalização do vírus chinês para a politicagem
rasteira contra o Presidente da República.
Em 2016,
na sede do Grande Oriente de Goiás, o atual governador do estado pleiteou uma
participação maior da Maçonaria na política. Ora, o então senador não sabia que
a seita participa discreta e secretamente da política há anos? E que a proposta
é no mínimo disparatada, uma vez que vários membros ocultam sua identidade
maçônica e a pertença a um grupo imune à fiscalização pública?
“A
Maçonaria tem princípios que regem e definem o comportamento do cidadão. Os
bons nomes não podem se isentar da política, sob pena de ser repetir o colapso
político que assistimos” – disse Caiado [18].
Uma
pergunta que já fiz em outras oportunidades: se a Maçonaria tem de fato todo o
poder e influência que os seus próprios “iniciados” se vangloriam de ter, como
foi possível aquele “colapso político” de 2016 – mencionado por Caiado – sem no
mínimo a conivência da própria Maçonaria?
REFERÊNCIAS.
[2]. Cf.
[https://agroemdia.com.br/2020/04/03/covid-19-maconaria-nao-abandona-os-seus-ao-relento-mandetta-e-um-deles/].
[3]. Idem.
[8]. Cf.
[https://noticias.uol.com.br/colunas/rubens-valente/2020/04/07/maconaria-bolsonaro-coronavirus.htm].
[12].
Informações da Assembleia Legislativa de São Paulo.
[15].
Cf. referência [12].
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