Bruno Braga.
Notas publicadas no Facebook.
I.
Em “nota de esclarecimento sobre a utilização de
recursos do Fundo Nacional de Solidariedade”, a CNBB tenta explicar que “não
financiou projeto algum de ‘ONGs abortistas’” [1].
A Conferência dos Bispos afirma que recursos do Fundo
não foram destinados para a ABONG – uma associação abortista –, mas para a
“Plataforma por um Novo Marco Regulatório para as Organizações da Sociedade
Civil”. No entanto, a própria CNBB aponta que a “Plataforma” indicou a ABONG, como
uma de suas entidades signatárias, para o recebimento dos recursos. Não é
preciso fazer muito esforço para concluir que, se a ABONG foi indicada, é
porque tem protagonismo na “Plataforma” – protagonismo exibido no lançamento do
Marco Regulatório sancionado pela ex-Presidente da República, a abortista Dilma
Rousseff [2], e agora no registro do “Fundo Nacional de Solidariedade” da CNBB.
Contudo, mais que conclusão, é possível ir para a
verificação objetiva, constatando no próprio site da Plataforma que a ABONG
integra o seu comitê principal, e na companhia do MST – da gangue de guerrilha
comuno-petista do Foro de São Paulo [3]. Uma pergunta simplesmente retórica: é
este mesmo comitê que irá administrar os R$ 40.500,00 da Campanha da
Fraternidade 2017, repassados pela CNBB?
Ademais. Uma vez que o “Marco Regulatório” trata da
participação de ONG’s que supostamente representariam a “sociedade civil” na
promoção de políticas públicas, não é difícil imaginar o tipo de política
pública que certamente irá propor uma de suas “protagonistas” e integrantes – a
ABONG - que afirma abertamente querer a “legalização do aborto” [4].
Enfim, vamos encurtar a conversa. O mero vínculo com
uma associação abortista é por si só abominável. Fato é que os sindicalistas da
CNBB foram pegos com as calças nas mãos e agora estão pelados tentando explicar
o injustificável: o repasse do dinheiro suado dos católicos de bom coração para
organizações que contrariam os princípios da Santa Igreja, comprometidos com o
aborto, com o assassinato de crianças inocentes, e com o terrorismo comunista.
II.
A CNBB publicou no seu site uma matéria sobre as
chamadas “fake news”, considerando que “tem sido vítima de frequentes boatos,
manipulações da informação e notícias truncadas” [5].
Para orientar os católicos, a Conferência dos Bispos
chama a atenção para uma das características das tais “notícias falsas”: “boa
parte da produção deste conteúdo é de baixa qualidade” [6].
Ora, não consta que a estética e a aparência exterior
sejam critérios de avaliação da veracidade de uma informação. Uma alegação
dessas seria no mínimo estranha, considerando a Verdade que nasceu em um
estábulo ou que, espancada, colocou-se diante do juiz romano que indagou: “Que
é a verdade?” (Jo. 18, 38). Uma alegação realmente estranha para uma entidade
que tem o dever de proclamar e defender essa mesma Verdade.
E mais. Com o seu critério estético, a CNBB denuncia
“alguns sites, blogs e canais de vídeos”, mas com o mesmo critério parece
desprezar todos aqueles jornaizinhos paroquianos, que pecam na sua
apresentação, que são de “baixa qualidade” realmente, mas carregam a Verdade
não só no propósito da Evangelização, também no da proteção e defesa da Santa
Igreja Católica contra os seus inimigos – o que dizer da modesta e precária
revista de São Maximiliano Maria Kolbe, “O Cavaleiro da Imaculada”, que
denunciava as tramas e maquinações da seita satânica da Maçonaria? Maximiliano
Kolbe, o simples frade franciscano que é o patrono da imprensa.
Para concluir, é interessante observar que a CNBB cita
como exemplo de “fake news” uma suposta “modificação” na fala do presidente da
Conferência sobre as eleições deste ano – fato de segundo plano e que qualquer
bobalhão pode analisar e tirar as suas próprias conclusões. No entanto, a CNBB
não menciona como “fake news” aquilo que realmente chamou a atenção e
escandalizou os católicos: o repasse de recursos da Campanha da Fraternidade
para organizações abortistas e quadrilhas comunistas. A CNBB reservou este
vínculo abominável para uma “nota de esclarecimento”, na qual tenta explicar o
injustificável e termina sendo uma confissão pública de que a Conferência tem
mesmo vínculos com grupos abortistas e gangues comunistas [7].
III.
Trata-se de uma curiosidade. Uma das denúncias – entre
inúmeras outras - que sempre pesou contra o MST é o fato de que o grupo de
guerrilha comunista estrategicamente não tem personalidade jurídica. Com isso,
os sem-terra conseguem inibir - ou dificultar – as demandas judiciais que
cobram a responsabilização do movimento por suas iniciativas e ações. Por
exemplo, o emprego de recursos públicos em atividades criminosas.
Muito bem. Na “nota de esclarecimento sobre a
utilização de recursos do Fundo Nacional de Solidariedade”, a CNBB afirma que a
ABONG – uma associação abortista - aparece nos seus registros somente por que a
“Plataforma por um Novo Marco Regulatório para as Organizações da Sociedade
Civil” não possui CNPJ, isto é, não tem personalidade jurídica. Por causa
disso, a Plataforma recorre a entidades signatárias, no caso a ABONG, “para
assinar a parceria com o Fundo Nacional de Solidariedade”. A CNBB, então,
conclui: “O financiamento, portanto, foi para a Plataforma no valor de R$
40.500,00 (quarenta mil e quinhentos reais) e não para a ABONG” [8].
E aqui vem a curiosidade inicial: por que a Plataforma,
assim como o MST, não tem personalidade jurídica? No caso de uma ação judicial,
- por exemplo, um católico indignado, que queira a sua doação de volta,
entendendo que ela foi empregada contra a Santa Igreja - quem vai responder
pelo dinheiro que a CNBB repassou para a Plataforma?
Por fim, mais um dado na equação: o MST, o movimento comunista
dos sem-terra que também não tem personalidade jurídica, é membro – junto com a
ABONG – do comitê principal da “Plataforma por um Novo Marco Regulatório para
as Organizações da Sociedade Civil” [9].
No intuito de se explicar, a CNBB parece se complicar cada
vez mais [10].
REFERÊNCIAS.
[3]. Cf. [http://plataformaosc.org.br/o-comite/].
[4]. Cf. Idem.
[5]. Cf. “Fala de presidente da CNBB é alvo de falsas
notícias”. CNBB, 21 de fevereiro de 2018 [http://cnbb.net.br/fala-de-presidente-da-cnbb-e-alvo-de-falsas-noticias/].
[6]. Idem.
[9]. Cf. [http://plataformaosc.org.br/o-comite/].
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