Bruno Braga.
Para
efeito de registro, eu publico aqui algumas notas que postei sobre a Comissão
da Verdade – quer dizer, da MENTIRA – no Facebook. Elas estão separadas em itens
para facilitar uma eventual referência posterior.
I.
Publicidade
para a Comissão da Verdade – quer dizer, para a Comissão da Mentira. A
Secretaria de Comunicação da Presidência da República (SECOM) investiu R$ 4,5
milhões em uma campanha publicitária para divulgar as atividades e o trabalho
deste grupo cujo propósito é – não a pesquisa e a investigação históricas – mas
fazer da mitologia revolucionária a história oficial de um país.
A
publicidade será realizada na TV aberta, na TV por assinatura, e inclui peças
em sites, jornais e revistas. Mas, se de acordo com a SECOM, o objetivo desta campanha
é “divulgar a sua atuação [a da Comissão da Verdade] e mobilizar a sociedade
para que PARTILHE INFORMAÇÕES, DADOS E DOCUMENTOS RELATIVOS AO PERÍODO DE 1946
A 1988, DE FORMA A ESCLARECER CIRCUNSTÂNCIAS SOBRE ESTE PERÍODO DA HISTÓRIA”,
então, a própria Presidente da República tem por obrigação colaborar. Dilma
Rousseff até hoje não esclareceu onde foram parar os mais de dois milhões de
dólares que a VAR-Palmares - o grupo de terroristas do qual era integrante –
subtraiu do cofre da amante do ex-Governador de São Paulo, Adhemar de Barros.
II.
“A
CNV [Comissão Nacional da Verdade], através de seu trabalho e relatório
contundente, não duvidem, reconstituirá a realidade e a veracidade dos crimes
negados por seus autores diretos e mandantes. DEPOIS DO RELATÓRIO, SE FARÁ
VERDADE SOBRE OS CRIMES DA DITADURA, E SE ESTARÁ MAIS PERTO DO QUE NUNCA PARA
QUE A IMPUNIDADE DOS MANDANTES E AUTORES DESSES CRIMES NÃO MAIS PREVALEÇA”.
O
discurso de Paulo Sérgio Pinheiro foi proferido durante um seminário realizado
pelo Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento (PNUD) [13.05.2013], e
fazia referência ao primeiro aniversário da Comissão da Verdade. O destaque –
que é meu - serve para observar que o propósito declarado desta Comissão da
MENTIRA é – não apenas consagrar a Mitologia revolucionária como a História de
um país -, mas rasgar a Lei da Anistia e subjugar de uma vez por todas as
Forças Armadas.
Um
circo macabro que – confessa Pinheiro – conta “com o formidável apoio da
presidenta Dilma Rousseff e de seu governo”.
III.
Em
destaque, Maria Rita Kehl. Ela foi editora do jornal “Movimento”, publicação que
fazia parte da “imprensa alternativa” durante o Regime Militar e que surgiu
vinculada ao PC do B. Maria Rita – hoje – é integrante da Comissão da Verdade –
quer dizer, da Comissão da MENTIRA -, que sob o pretexto de investigar as
violações dos direitos humanos durante a ditadura, tem o objetivo de consagrar
uma Mitologia revolucionária como História oficial do Brasil.
IV.
“Não
podemos considerar AUTO-ANISTIAS como válidas!”, Paulo Sérgio Pinheiro,
coordenador da Comissão da Verdade (Cf. Vídeo abaixo a partir de 04:02).
Para
desmentir o comissário, transcrevo parte de um artigo de Percival Puggina. O
texto versa sobre a falácia das “Auto-anistias”, que é esgoelada pelo Sr.
Pinheiro como verdade sacrossanta. Mais uma das fraudes deste “Circo da
MENTIRA”, cujo propósito é consagrar a Mitologia revolucionária como História
oficial do país.
“A simples palavra - auto-anistia - usada em substituição a
Anistia, basta para sugerir que os congressistas de 1979 e de 1985
empenharam-se em aprovar preceitos que livrassem do acerto com a Justiça os
agentes do regime que vigeu no país entre 1964 e 1985. A substituição de uma
palavra pela outra tem o poder de substituir uma história por outra, bem
diferente, ao gosto de quem consegue tirá-la da cartola e introduzi-la na
cachola do distinto público. Feito isso, está pronto o serviço. A Anistia deixa
de ser um instrumento jurídico de reconciliação nacional para se transformar em
gesto canalha de quem, valendo-se do poder que detinha, legislou em causa
própria para livrar a cara. Como são poucos os que conhecem história, a
explicação do vocábulo se contenta com afirmar seu significado: a Anistia foi
uma auto-anistia dos militares. Feito! Não há a menor necessidade de apresentar
provas, ou indícios consistentes ou depoimentos testemunhais que convalidem
aquilo que é afirmado.
Quem conhece a história, no entanto, sabe que não foi assim que as coisas andaram. A partir de 1966 surgiram os primeiros movimentos em favor da Anistia. Quem participava dessa mobilização? Entre outros, Associação Brasileira de Imprensa, Ordem dos Advogados do Brasil, sindicatos, entidades estudantis, advogados de presos políticos, familiares de brasileiros no exílio e o MDB, partido político oposicionista. Como se pode perceber, ninguém pró-anistia falava pelas Forças Armadas. Seria um completo disparate imaginar isso. A campanha era conduzida pelos que estavam do outro lado. Passaram-se muitos anos até que em 1979 fosse votada a Lei de Anistia em tumultuada sessão do Congresso Nacional. O projeto do governo Figueiredo não anistiava quem tivesse participado de "terrorismo, assalto, sequestro e atentado pessoal". Para estes, as duras penas da lei. Mas havia uma emenda do deputado Djalma Marinho que anistiava a todos, ampla, geral e irrestritamente. Essa emenda, levada a votação, foi rejeitada por 206 votos a 201. Derrotada a emenda, o projeto do governo foi aprovado pelos votos das lideranças do governo e da oposição. Essa primeira Anistia, parcial, permitiu a volta ao Brasil da maior parte dos exilados, entre eles Leonel Brizola e Miguel Arraes.
A campanha pela Anistia ampla, geral e irrestrita continuou, então, por mais seis anos. Empenharam-se nela as mesmas instituições e grupos políticos de antes, insatisfeitos com o fato de que os praticantes de crimes ditos de sangue tivessem ficado fora da lei de 1979. Foi apenas através da Emenda Constitucional Nº 26, que convocou a Constituinte, em 27/11/1985, que o Congresso Nacional, eleito em plena legitimidade democrática, inseriu o preceito que conferiu à Anistia o caráter amplo, geral e irrestrito pelo qual clamavam as oposições. Não há, ao longo dessa longa história que se estende por 19 anos, o menor traço ou gesto que possa ser lido como um anseio dos governos militares por se protegerem. A Anistia que tivemos foi aquela pela qual clamavam os opositores do regime. Ninguém se mobilizou por uma anistia ampla, geral e irrestrita, menos ampla, menos geral e menos irrestrita, que excluísse os agentes do Estado. Portanto, essa história de que houve uma auto-anistia é mais uma das tantas mentiras sacadas da cartola para ser inserida nas cacholas menos esclarecidas. Ou seja, para enganar quase todos. A Anistia foi concedida pelo Parlamento, portanto, não pode ser "auto" coisa alguma” (Cf. PUGGINA, “Da Cartola para a Cachola”).
Quem conhece a história, no entanto, sabe que não foi assim que as coisas andaram. A partir de 1966 surgiram os primeiros movimentos em favor da Anistia. Quem participava dessa mobilização? Entre outros, Associação Brasileira de Imprensa, Ordem dos Advogados do Brasil, sindicatos, entidades estudantis, advogados de presos políticos, familiares de brasileiros no exílio e o MDB, partido político oposicionista. Como se pode perceber, ninguém pró-anistia falava pelas Forças Armadas. Seria um completo disparate imaginar isso. A campanha era conduzida pelos que estavam do outro lado. Passaram-se muitos anos até que em 1979 fosse votada a Lei de Anistia em tumultuada sessão do Congresso Nacional. O projeto do governo Figueiredo não anistiava quem tivesse participado de "terrorismo, assalto, sequestro e atentado pessoal". Para estes, as duras penas da lei. Mas havia uma emenda do deputado Djalma Marinho que anistiava a todos, ampla, geral e irrestritamente. Essa emenda, levada a votação, foi rejeitada por 206 votos a 201. Derrotada a emenda, o projeto do governo foi aprovado pelos votos das lideranças do governo e da oposição. Essa primeira Anistia, parcial, permitiu a volta ao Brasil da maior parte dos exilados, entre eles Leonel Brizola e Miguel Arraes.
A campanha pela Anistia ampla, geral e irrestrita continuou, então, por mais seis anos. Empenharam-se nela as mesmas instituições e grupos políticos de antes, insatisfeitos com o fato de que os praticantes de crimes ditos de sangue tivessem ficado fora da lei de 1979. Foi apenas através da Emenda Constitucional Nº 26, que convocou a Constituinte, em 27/11/1985, que o Congresso Nacional, eleito em plena legitimidade democrática, inseriu o preceito que conferiu à Anistia o caráter amplo, geral e irrestrito pelo qual clamavam as oposições. Não há, ao longo dessa longa história que se estende por 19 anos, o menor traço ou gesto que possa ser lido como um anseio dos governos militares por se protegerem. A Anistia que tivemos foi aquela pela qual clamavam os opositores do regime. Ninguém se mobilizou por uma anistia ampla, geral e irrestrita, menos ampla, menos geral e menos irrestrita, que excluísse os agentes do Estado. Portanto, essa história de que houve uma auto-anistia é mais uma das tantas mentiras sacadas da cartola para ser inserida nas cacholas menos esclarecidas. Ou seja, para enganar quase todos. A Anistia foi concedida pelo Parlamento, portanto, não pode ser "auto" coisa alguma” (Cf. PUGGINA, “Da Cartola para a Cachola”).
V.
Depois
de um ano de trabalho intenso para promover a Mitologia revolucionária e
falsificar a História do Brasil, a Comissão da Verdade – quer dizer, da MENTIRA
– apresentou um “balanço de atividades”. Sendo assim, resolvi fazer também um
“balanço”. Relacionei os principais artigos publicados no Blog sobre o assunto.
Artigos.
BRAGA, Bruno.
Falsificação da História [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/09/falsificacao-da-historia.html].
______. Ainda sobre a resolução [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/09/ainda-sobre-resolucao.html].
______. Sensibilizando a nova geração [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/10/sensibilizando-nova-geracao.html].
______. Comentário sobre a matéria de capa da Revista Brasileiros:
“Subversivos” [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/04/comentario-sobre-materia-de-capa-da.html].
______. Herdeiros da revolução, vítimas dos próprios pais [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/05/herdeiros-da-revolucao-vitimas-dos.html].
______. Espetáculo para a promoção da
Mentira [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/05/espetaculo-para-promocao-da-mentira.html].
______. Pedagogia
revolucionária e Comissão da MENTIRA [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/05/pedagogia-revolucionaria-e-comissao-da.html].
______. A juventude politizada [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/10/a-juventude-politizada.html].
______. Uma Comissão – ESCRACHADAMENTE – da MENTIRA [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/05/uma-comissao-escrachadamente-da-mentira.html].
______. Hagiografia da inversão [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/11/hagiografia-da-inversao.html].
______. A História nas mãos de um sacerdote da revolução [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/11/a-historia-nas-maos-de-um-sacerdote-da.html].
______. O bem-aventurado Alípio [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/11/o-bem-aventurado-alipio.html].
______. Depoimento imprescindível: Ladislav Bittman [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/07/depoimento-imprescindivel-ladislav.html].
______. Verdade mutilada.
Terceira
parte – Mea culpa [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/04/normal-0-21-false-false-false-pt-br-x_11.html].
______. Ao trabalho: construir uma Verdade [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/05/ao-trabalho-construir-uma-verdade.html].
______.
Reescrevendo a História [http://b-braga.blogspot.com.br/2011/04/reescrevendo-historia.html].
______. A
Intentona de Escorel. Destaca um dos integrantes da “Comissão da Verdade”,
Paulo Sérgio Pinheiro [http://b-braga.blogspot.com.br/2011/07/intentona-de-escorel.html].
______. A autovitimização de um frade dominicano
[http://b-braga.blogspot.com.br/2011/01/autovitimizacao-de-um-frade-dominicano.html].
______.
Inspirando-se nos “hermanos” [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/04/inspirando-se-nos-hermanos.html].
______. Nos arquivos soviéticos, uma memória do
Brasil [http://b-braga.blogspot.com.br/2011/10/nos-arquivos-sovieticos-uma-memoria-do.html].
______. “O Astro”: um exemplo didático que caiu do
céu [http://b-braga.blogspot.com.br/2011/09/o-astro-um-exemplo-didatico-que-caiu-do.html].
______. Laerte, a irmã e o Socialismo-Comunismo
[http://b-braga.blogspot.com.br/2013/02/laerte-irma-e-o-socialismo-comunismo.html].
Filmografia.
Documentário
“Reparação” [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/06/filmografia-documentario-reparacao.html].
Painel
“1964, A Verdade”, Clube Militar [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/07/anexo-entrevista-com-aristoteles.html].
“The KGB Connections: An investigation Into Soviet
Operations in North America” (1982), escrito e produzido por Martin Burke. [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/07/anexo-kgb-connections.html].
Entrevista.
Entrevista
com Aristóteles Drummond [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/07/entrevista-com-aristoteles-drummond.html].
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