Bruno Braga.
A
Folha Online publicou neste domingo uma reportagem sobre o cartunista Laerte –
conhecido também por seu exótico “transgênero” - e sua irmã Marília Coutinho
que poderia muito bem enriquecer o relatório da “Comissão da Verdade”, não
tivesse a comissão o propósito de consagrar a versão revolucionária dos fatos e
falsificar a História de um país [1].
Destaco
os trechos do artigo referentes ao tópico “Sexo e Política”, que têm como pano
de fundo o Socialismo-Comunismo.
“As
buscas de Laerte e Marilia começaram na política. Os dois fizeram parte do
Partido Comunista na década de 1970 e a militância deixou marcas profundas em
ambos.
Marilia
tinha 15 anos e praticava esgrima quando entrou no partido, em 1978. Chegou a ser campeã brasileira aos 14 anos,
mas abandonou o esporte quando começou a levar a militância mais a sério. ‘No
Partidão, achavam que aquilo era um desvio pequeno-burguês. Aí, abandonei o
esporte’, diz.
No ano seguinte, entrou
para a Convergência Socialista, hoje PSTU. Suas primeiras experiências sexuais
aconteceram com líderes partidários das duas organizações. ‘Sexo fazia parte da
política’, diz. ‘Eu estava despertando para a sexualidade e, de repente, tinha
que transar para fazer parte do grupo’, conta. ‘Depois, fui estuprada, no PSTU,
na Convergência. Fui expropriada de mim mesma’.
Laerte
só soube que a irmã tinha passado por problemas no partido muitos anos depois. ‘Eu
também passei por constrangimentos, mas com ela foi uma coisa violentíssima’. O cartunista, hoje um bissexual assumido,
diz ter bloqueado seu lado homossexual. Em uma campanha para eleições sindicais
na década de 1980, chegou a desenhar um personagem da oposição como um gigante
gay, usando a homofobia como arma política.
‘Fazer
parte daquele movimento foi fundamental para o meu processo criativo, mas
sufoquei uma parte de mim para viver como o ‘tio Stálin’ achava certo’, diz,
referindo-se ao ditador soviético Joseph
Stálin (1878-1953), que perseguiu os homossexuais na União Soviética durante
seu governo, dos anos 1920 até a sua morte.
Laerte
militou no Partidão entre 1973 e 1985. Largou quando percebeu ‘um movimento
cultural, de quadrinhos, que era o que queria fazer’.
Marília
saiu da militância em 1981 e, no mesmo ano, recebeu o diagnóstico de psicose
maníaco-depressiva. Chegou a tomar 11 remédios ao mesmo tempo. Envolveu-se com
drogas, ‘maconha, ácido, álcool, o que caía na minha’, passou por ‘desastres
conjugais’ e um ‘parêntese de felicidade’: o nascimento da filha Melina, em
1989. Em 2005, tentou o suicídio”.
[...]
(os destaques são meus).
***
Heitor
de Paola menciona um caso semelhante ao de Laerte e de sua irmã. Da esposa que
abandonou um “companheiro” depois que ele expôs a “necessidade revolucionária”
de ela estar disponível para satisfazer sexualmente outros militantes
clandestinos que não tinham como fazê-lo sem risco, fora da organização [2].
Notas.
[1].
Pedro Ivo Tomé, Folha Online, 24 de Fevereiro de 2013, “’Quero peitos de
silicone, mas não mexo em nada lá embaixo’, diz Laerte” [http://www1.folha.uol.com.br/serafina/1234723-quero-peitos-de-silicone-mas-nao-mexo-la-embaixo-diz-laerte.shtml].
[2].
DE PAOLA, Heitor. “O Eixo do Mal Latino-americano”: e a Nova Ordem Mundial.
Editora É Realizações: São Paulo, 2008. p. 26.
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