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Saturday, February 16, 2013

Silas, de frente com Gabi.


Bruno Braga.


A entrevista que o Pastor Silas Malafaia concedeu a Marília Gabriela – exibida pelo SBT no dia 03 de Fevereiro – rendeu não apenas um alto índice de audiência para os padrões da emissora e do programa; ela forneceu para o telespectador uma amostra clara - senão obscena - de como as celebridades “intelectualizadas” abraçam e defendem instintivamente as causas “progressistas”.  

Malafaia não estava “de frente com Gabi”, a entrevistadora. Uma profissional, que para o esclarecimento do público, utiliza perguntas elaboradas com sagacidade ou uma conversa conduzida com perspicácia para extrair o máximo das ideias e posições do seu entrevistado. Não. “De frente com Silas” estava Marília Gabriela, que assumiu o papel de ativista, utilizando a sua atividade profissional para defender e fazer publicidade das causas “modernas”, sobretudo as da militância gayzista [1].

Marília Gabriela fez deboche – ironia. Interrompeu o Pastor inúmeras vezes. Exaltou-se diante das respostas – e contra Malafaia reproduziu todos os estereótipos esgoelados pelo ativismo gay. O Pastor não se intimidou. Marília Gabriela, intransigente – e revoltada – esbravejou. No espaço das considerações finais, Malafaia proferiu uma “palavra” – e com um gesto de arrogância, travestido de generosidade, Marília Gabriela pediu para que o “seu deus” perdoa-se Malafaia.



O “pecado” do Pastor foi enfrentar – sem temor - os “dogmas” do “politicamente correto”. Para a elite de “Intelectuais” modernos e para o “beatiful people” – como Marília Gabriela -, estes são princípios imaculados. Contestá-los - como contestar projetos gayzistas - é motivo de “escândalo”.

Não é necessário concordar com toda a argumentação de Malafaia – pertinente na maioria dos casos - nem frequentar a igreja dele – para perceber como a família tradicional, a citação da Bíblia e a menção da Religião tornaram-se a “blasfêmia” da modernidade. Porém, estes atos de “impiedade” ferem apenas uma minoria de “paladinos da modernidade”, que – como porta-vozes de um vago e estranho conceito de “Ciência” - se arrogam poderes demiúrgicos para remodelar todo o conjunto da sociedade. A ativista Marília Gabriela acredita – crê piamente – que faz parte desta vanguarda construtora de um obscuro “mundo maravilhoso”.

“De frente” com Jean Wyllys – Deputado federal e ativista gay - o comportamento de Marília Gabriela é bem diferente. Sobram sorrisos e elogios: “ele não é bom mesmo?!” [32:12] (Cf. Vídeo abaixo). O deputado gayzista tem licença para violar a razão e estuprar o bom senso que, ainda sim, a entrevistadora, encantada, diz: “é surpreendente” [16:22]. Jean tem salvo conduto para peidar – cagar - na cara do telespectador, inventando que o material do “kit gay” não era destinado a crianças, e Marília Gabriela o considera como alguém que “fez valer o seu voto nele” [45:57] [2]. Marília Gabriela não o contesta, pelo contrário, ela o apoia – inclusive citando as estatísticas forjadas do GGB [34:50] [3].

  
Este é o modelo de “democracia” e “tolerância” cunhado por uma vanguarda “intelectualizada”, que o traça embebedada por suas fantasias de “novo mundo”. Os que nele se encaixam, afagos, sorrisos e elogios; aos considerados preliminarmente “ultrapassados” e “reacionários”, gritaria, pedradas e pontapés. Quando Marília Gabriela expõe a esperança de que o “o seu deus” perdoe Malafaia, ela não espera - ela já fez o julgamento, tornou-se, ali, o Juiz e a Sentença. Sintoma flagrante de um surto alucinatório típico dos entusiastas do “novo mundo” – a autodivinização que reivindica poder para remodelar toda a sociedade.

***

Depois da participação do Pastor Silas Malafaia no Programa “De frente com Gabi”, Eli Vieira, doutorando em genética, Cambridge, divulgou um vídeo “didático”, que repercutiu na internet. Nele o biólogo reivindica as fontes das pesquisas citadas por Malafaia e apresenta outras que contestam os argumentos do Pastor.


Exigir que Malafaia discriminasse precisamente as suas fontes - com citações e bibliografias - é não saber diferenciar um programa popular de entrevistas de um ambiente acadêmico ou da redação de um “paper”.

Porém, Eli Vieira não sabe muito bem nem onde ele mesmo está. Recorre ao prestígio da instituição onde desenvolve sua pesquisa – Cambridge – e coloca-se na posição de porta-voz da “Ciência” – contra a Religião, como será visto mais à frente. Mas, talvez por um lapso, o doutorando esquece que a Universidade tem raízes e uma intensa atividade com a própria Religião.

Ademais, Malafaia não pôde editar sua entrevista, como fez Eli Vieira com sua exposição “didática”. Apesar deste privilégio, o biólogo demonstra reticência e hesitação em alguns trechos – em outros, parece concordar, inclusive, com o próprio Pastor.

Eli Vieira reclama da “honestidade intelectual” de Silas Malafaia. Porém, o doutorando de Cambridge cita um texto com pesquisas inconclusas: “Neste estágio (de pesquisa), poucas conclusões podem ser extraídas com certeza, observando os determinantes genéticos e ambientais da orientação” (Tradução livre da conclusão do texto “Genetic and Environmental Influences on Sexual Orientation”, de Khytam Dawook, J. Michael Bailey, e Nicolas G. Martin, p. 277 [http://genepi.qimr.edu.au/contents/p/staff/NGMHandbookBehGen_Chapter19.pdf]).

O biólogo não se dá conta de um tropeço em sua “didática” exposição: ele discursa durante todo o vídeo em termos de POSSIBILIDADE, e o concluí como FATO. E recorre ao “consenso dos pares” – da “comunidade científica” – para fundamentar o que não é sequer consenso [4].

Eli Vieira ainda duvida da “imparcialidade” de Silas Malafaia. Mas, e o nobre doutorando de Cambridge, é de fato “imparcial”? Eli Vieira é Presidente da Liga Humanista Secular do Brasil (LHS), associação dedicada a “apoiar” e “representar” o “secularismo”. Entre os seus membros eméritos está Jean Wyllys, o ilustre Deputado federal e ativista gay. A Liga foi premiada, inclusive, com o “Troféu Triângulo Rosa” – concedido pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), que é presidido pelo “decano” do Movimento gayzista no Brasil, Luiz Mott [5]. 

Os destaques em vermelho são meus.

Enfim, Eli Vieira também é um “militante”, apesar de se colocar como paladino de uma “Ciência imparcial”. Não, o doutorando de Cambridge é ativista. Suas causas são utilizadas, inclusive, para fazer chacota com a sucessão do Papa Bento XVI – e com o apoio de outra liderança gayzista, Toni Reis.
  
Os destaques em vermelho são meus.

Notas.

[1]. Não confundir o homossexualismo com a Militância gayzista. Esta é a transformação da sexualidade em princípio de organização política e de engenharia social.

[2]. O público alvo do material gayzista é definido em um documento oficial da Câmara dos Deputados: “crianças do 6o ao 9o ano”. Cf. Notas taquigráficas, p. 27. [http://pfdc.pgr.mpf.gov.br/informacao-e-comunicacao/eventos/direitos-sexuais-e-reprodutivos/audiencia-publica-avaliacao-programas-federais-respeito-diversidade-sexual-nas-escolas/projeto-escola-sem-homofobia/notas-taquigraficas-sobre-o-projeto-escola-sem-homofobia]. Ler também a reportagem do jornal “O Globo” de 26 de Maio de 2011, “Diferentemente do divulgado, kits anti-homofobia eram para crianças de 11 anos” [http://oglobo.globo.com/politica/diferentemente-do-divulgado-kits-anti-homofobia-eram-para-criancas-de-11-anos-2764570].

[3]. Sobre as estatísticas falsificadas do Grupo Gay da Bahia, cf. BRUNO BRAGA, “Números gayzistas” [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/01/numeros-gayzistas.html]; “Números gayzistas forjados, uma amostra didática” [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/01/numeros-gayzistas-forjados-uma-amostra.html].


  

5 comments:

Humberto =) said...

Muito bom Bruno, sempre procurando extrair e discutir a verdade por trás dos absurdos praticados na mídia.

Humberto =) said...

Muito bom Bruno! Sempre vale a pena ler seus textos, sempre que eu achar mídias polêmicas vou indicar à você. Abraço

Bruno Braga. said...

Fala, Humberto!

Muito obrigado pela consideração.

Grande abraço,
Bruno.

Mirian Macedo said...

Brilhante, como sempre, Bruno. Leitura indispensável.

Bruno Braga. said...

Poxa, Mirian, muito obrigado pela consideração.

Abraço,
Bruno.