Bruno Braga.
Jean
Wyllys – deputado federal e ativista gay – expressou recentemente – na coluna
de Mônica Bergamo – o desejo de ser pai. Ele planejava ter um filho com uma
amiga; mas ela o "traiu", se casou, se separou, e já tem duas filhas – uma delas
é afilhada do deputado. Depois da frustração, Jean Wyllys pretende adotar uma
criança para realizar seu sonho, e com a filha de José Stédile nos braços,
planeja: “Meu bebê chaga quando eu fizer 40” [1].
É
curioso que o ilustre deputado tente compensar a frustração biológica com um
instrumento jurídico. Porque, já que ele considera a sexualidade uma
“construção social” – estabelecida por costumes e práticas, sobretudo
religiosas -, então não haveria dificuldade para superar esta barreira “imposta”
artificialmente e realizar, com um companheiro do mesmo sexo, o sonho de ser
pai naturalmente. Se eu pudesse dar uma sugestão ao deputado, diria: tente –
sim, tente e apresente para o público a confirmação empírica de sua tese.
Esta
não foi a única revelação do líder gayzista. Falando a respeito de sua formação
intelectual, o ilustre deputado afirmou:
“A
Igreja Católica me deu as primeiras aulas de Comunismo”.
Mas,
a IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA profere realmente lições sobre o Comunismo?
Em 1949, a Congregação para a Doutrina da Fé publicou um documento para
orientar os seus fiéis:
1. É permitido aderir ao partido
comunista ou favorecê-lo de alguma maneira?
[Resposta].
Não. O comunismo é de fato materialista e anticristão; embora declarem às vezes
em palavras que não atacam a religião, os comunistas demonstram de fato, quer
pela doutrina, quer pelas ações, que são hostis a Deus, à verdadeira religião e
à Igreja de Cristo [2].
A
IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA, portanto, não ministra lições sobre o
Comunismo. Pelo contrário, ela o veda expressamente, inclusive com a
possibilidade de excomunhão automática (latae
sententiae) para o fiel que “professa”, “defende” e propaga o Comunismo,
esteja ele filiado a partidos, organizações ou instituições declaradamente
comunistas, ou que, mesmo sem a denominação estampada, que sustente princípios
comunistas – que vote em candidatos comunistas ou em seus aliados [3].
Portanto,
não foi a Igreja Católica que forneceu as primeiras aulas sobre o Comunismo
para o deputado gayzista. Mas onde ele as recebeu? Quais foram os seus mestres?
Jean Wyllys aponta as Comunidades Eclesiais de Base (CEB’s) como a fonte de sua
formação.
No
entanto, estas comunidades foram tomadas pela Teologia COMUNISTA da Libertação
e por seus “sacerdotes da revolução”, que subverteram o seu caráter eclesial e
as transformaram em instrumento de manipulação política – um perigo que o Papa
João Paulo II reconheceu em uma mensagem aos líderes das comunidades de base do
Brasil, em 1980:
“Ser eclesiais é sua marca original e seu modo de existir e
operar. Formam-se em comunidades orgânicas para melhor serem Igreja. E a base a
que se referem é de carácter nitidamente eclesial e não meramente sociológico
ou outro. Sublinho também esta eclesialidade porque o perigo de atenuar essa
dimensão, se não deixá-la desaparecer em benefício de outras, não é nem irreal
nem remoto, antes é sempre atual. É particularmente insistente o risco de
intromissão do político. Esta intromissão pode dar-se na própria gênese e
formação das Comunidades, que se congregariam não a partir de uma visão de
Igreja, mas com critérios e objetivos de ideologia política. Tal intromissão
porém, pode dar-se também sob a forma de instrumentalização política de
Comunidades que haviam nascido em perspectiva eclesial” [4].
Os
“sacerdotes da inversão” investiram contra a Igreja Católica – inoculando nela
princípios contrários à sua Fé e os maquiando, de modo a transformar os
próprios católicos em instrumento para a realização de seus objetivos políticos
e revolucionários.
Nestes
termos, Jean Wyllys não recebeu lições sobre o Comunismo da IGREJA CATÓLICA
APOSTÓLICA ROMANA, mas, sim, de Teologia COMUNISTA da Libertação – proferida
por algum “sacerdote da inversão”. Mas, apesar de ter deixado a Igreja e ter
abraçado os “ritos africanos”, o deputado gayzista – como um discípulo aplicado
- parece ter absorvido algo fundamental dos princípios e métodos ministrados
por seus mestres: investir contra a Igreja Católica para promover uma obscura
“revolução” – agora através da engenharia social, com projetos educacionais
gayzistas, instituição do casamento gay e regulamentação da prostituição [5].
Notas.
[1].
Cf. Folha de São Paulo, 13 de Janeiro de 2013 [http://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/1213334-ex-big-brother-e-ativista-gay-jean-wyllys-quer-ser-pai.shtml].
[2].
Acta Apostolicae Sedis – Commentarium Officiale (AAS) 41, 1949,
p. 334. [http://www.vatican.va/archive/aas/documents/AAS%2041%20%5B1949%5D%20-%20ocr.pdf].
Tradução para o português: Denzinger-Hünermann. Compêndio dos símbolos,
definições e declarações de fé e moral. Paulinas, Loyola: São Paulo, 2007. N.
3865.
[3].
Cf. BRAGA, Bruno. “Um alerta aos católicos” [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/05/um-alerta-aos-catolicos.html].
[5].
Observar, na leitura do artigo, a diferença entre o homossexual e o Movimento
gayzista. Este último é a transformação da sexualidade em princípio de
organização política e de promoção de engenharia social.
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