Bruno Braga.
Não,
estas fotos não são da folia de Carnaval no Brasil. Não são imagens do
Sambódromo da Marguês de Sapucaí, nem das ruas de Salvador, na Bahia. Elas não
foram exibidas com destaque na televisão, não foram impressas nos jornais de
grande circulação. Mas, trata-se da maior “Marcha pela Vida” realizada nos
Estados Unidos.
Milhares
de pessoas se reuniram na capital Washington, no dia 25 de Janeiro. A
manifestação ocorreu durante a funesta celebração do 40o aniversário da decisão
da Suprema Corte americana, que por meio do processo “Roe Vs. Wade”, em 1973,
permitiu o aborto no país. Protagonista da contenda judicial, Norma McCorvey –
“Jane Roe” – juntou-se à luta contra o aborto depois de confessar que mentiu
quando reivindicou o direito de interromper a gravidez: mentiu que havia sido
estuprada para que o ativismo conseguisse, enfim, a legalização do aborto.
Agora,
as fotos expostas abaixo foram exaustivamente exibidas, e são realmente do
Carnaval brasileiro. Elas registram o desfile da escola de samba “Acadêmicos do
Salgueiro” no sambódromo do Rio de Janeiro - 10 de Fevereiro de 2013. O grupo decidiu prestar uma
homenagem a Che “El Chancho PORCO” Guevara: vestiu os integrantes de sua
bateria – e algumas crianças e jovens – como guerrilheiros, e colocou um
tamborim com o rosto do revolucionário “pop” nas mãos da rainha da escola.
Porém,
a agremiação, que se orgulha de ser a primeira escola a exaltar o negro nos
desfiles de carnaval, estava glorificando um racista – além de um delinquente e
assassino covarde. A “Acadêmicos do Salgueiro” – cantando o “revolucionar com
os seus ideias” na Avenida - não incorporou ao seu samba enredo o pensamento “sublime”
que “inspirava” o célebre revolucionário catinguento:
“Um
revolucionário deve se tornar uma fria máquina de matar movida apenas pelo
ódio”
“O
caminho da liberdade passa pelo da bala”.
A
Salgueiro poderia entusiasmar ainda mais as crianças e jovens que vestiu com o
uniforme de guerrilheiro – e também o Brasil e o mundo - cantando a realização
da juventude idealizada por Che: “os dias mais felizes de um jovem são aqueles
em que vê suas balas acertando o inimigo”. E então todos comemorariam com seus
pais ao som do batuque - não apenas a festa do carnaval, mas a “extasiante” descoberta
que o próprio Che confessou a seu pai: “Papai, eu queria confessar que agora eu
descobri que gosto de matar”.
A “Acadêmicos
do Salgueiro” apresentou a folia do “idiota latino-americano” [1]. Que não
depende, porém, dos surdos, caixas e tamborins da bateria “Furiosa”. Mesmo sem máscara
e fantasia ele continua cantando o “idealismo” delinquente de Che “El Chancho
PORCO” Guevara - desfilando um “antiamericanismo” febril, agora com expressão grave
e em tom de seriedade. A Sapucaí é apenas um momento de apoteose deste peculiar
produto “cultural”, e confuso “estado mental”.
Notas.
[1].
BRAGA, Bruno. “Para não ser mais um” [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/11/para-nao-ser-mais-um.html].
1 comment:
Muitas pessoas idolatram certas figuras populares sem conhecer realmente a historia escondida por de traz das fantasias criadas pela mídia.
Post a Comment