Bruno
Braga.
No
domingo 14 ocorre, na Venezuela, a eleição presidencial que apontará o sucessor
do tiranete Hugo Chávez. O processo eleitoral, no entanto, serve apenas para dar
uma aparência de “democracia” à concentração de poder no país. Porque antes de
sucumbir por um câncer que o consumia, o próprio revolucionário bolivariano
definiu o seu autêntico herdeiro: Nicolás Maduro. Desde então, inúmeras
manobras – inclusive com a violação da Constituição Federal venezuelana - preparam
a realização da vontade testamentária de Chávez.
Luiz
Inácio – o “Chefe” [1] – participa desta farsa. É cabo eleitoral de Maduro, que
concorre pelo PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela), com o apoio do
Partido Comunista. Luiz Inácio não trabalha apenas para que o desejo de Chávez
seja cumprido; assim como o falecido "companheiro", ele mira a continuidade de um
projeto revolucionário que transcende a Venezuela e abarca a América Latina: o Socialismo-Comunismo
articulado nas instâncias do Foro de São Paulo [2]. Sendo este o horizonte idealizado, o “Chefe”
conclui sua mensagem ao “povo venezuelano”: “Nicolás Maduro: a Venezuela que
Chávez sonhou”.
Ex-sindicalista
como o seu ilustre cabo eleitoral, Maduro era o vice de Hugo Chávez. Homem de
confiança, ele assumiu a frente do regime chavista nos momentos em que o
tiranete foi obrigado a se retirar para combater o câncer contra o qual lutava.
Maduro foi o responsável por apresentar informes confusos e contraditórios sobre
o estado de saúde de Chávez e documentos público-administrativos assinados por
um governante sedado e intubado. Promoveu falsificações para ocultar as
circunstâncias da morte do líder venezuelano e manipulou inclusive a cerimônia
fúnebre – tudo para dar continuidade à revolução bolivariana [3].
De
acordo com as revelações de Luis Velásquez Alvaray – ex-Magistrado do “Tribunal
Superior de Justicia” da Venezuela –, o candidato do Luiz Inácio, então na
“Asamblea Nacional”, participava de reuniões nas quais o controle revolucionário
dos tribunais superiores era decidido. Maduro teria, inclusive, arquitetado o
assassinato do próprio Alvaray – o crime seria ocultado com a alegação de
suicídio [4].
O
escolhido de Chávez – e o preferido do “Chefe” - foi integrante de grupos de
guerrilha urbana e de grupos radicais da Universidade Central da Venezuela. Ele
foi enviado pela Liga Socialista a Cuba, onde recebeu treinamento
político-militar ministrado pelo Partido Comunista. “Hernando”, pseudônimo do
ex-agente de inteligência do Departamento Americano de Cuba, revela as relações
de Maduro com os genocidas irmãos Castro, e destes com outras lideranças latino-americanas,
inclusive com Luiz Inácio [5].
Enfim,
o “Chefe” Luiz Inácio faz-se de cabo eleitoral de Nicolás Maduro, não apenas
por fidelidade ao “companheiro” Chávez, mas porque o seu candidato representa a
continuidade de um projeto de poder, que é criminoso desde a sua raiz: o
Socialismo-Comunismo latino-americano.
Notas.
[2].
BRAGA, Bruno. “O Chefe e as Farc” [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/12/o-chefe-e-as-farc.html].
[3].
BRAGA, Bruno. “A morte do revolucionário bolivariano” [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/03/a-morte-do-revolucionario-bolivariano.html];
“Mais armações bolivarianas” [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/03/mais-armacoes-bolivarianas.html].
[4].
BRAGA, Bruno. “A corrupta justiça Socialista-Comunista bolivariana” [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/03/a-corrupta-justica-socialista-comunista.html].
[5].
Para mais informações sobre o depoimento de “Hernando”, ler os preciosos
artigos do Notalatina, “Maduro foi forjado pelo Departamento América de Cuba” [http://notalatina.blogspot.com.br/2013/03/maduro-foi-forjado-pelo-departamento.html] e
“Como agente cubano, Maduro ousa fazer o que nem Chávez se atreveu” [http://notalatina.blogspot.com.br/2013/03/como-agente-cubano-maduro-ousa-fazer-o.html].
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