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Saturday, April 13, 2013

O "Chefe" trabalha pela revolução bolivariana.


Bruno Braga.



No domingo 14 ocorre, na Venezuela, a eleição presidencial que apontará o sucessor do tiranete Hugo Chávez. O processo eleitoral, no entanto, serve apenas para dar uma aparência de “democracia” à concentração de poder no país. Porque antes de sucumbir por um câncer que o consumia, o próprio revolucionário bolivariano definiu o seu autêntico herdeiro: Nicolás Maduro. Desde então, inúmeras manobras – inclusive com a violação da Constituição Federal venezuelana - preparam a realização da vontade testamentária de Chávez.

Luiz Inácio – o “Chefe” [1] – participa desta farsa. É cabo eleitoral de Maduro, que concorre pelo PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela), com o apoio do Partido Comunista. Luiz Inácio não trabalha apenas para que o desejo de Chávez seja cumprido; assim como o falecido "companheiro", ele mira a continuidade de um projeto revolucionário que transcende a Venezuela e abarca a América Latina: o Socialismo-Comunismo articulado nas instâncias do Foro de São Paulo [2]. Sendo este o horizonte idealizado, o “Chefe” conclui sua mensagem ao “povo venezuelano”: “Nicolás Maduro: a Venezuela que Chávez sonhou”.

Ex-sindicalista como o seu ilustre cabo eleitoral, Maduro era o vice de Hugo Chávez. Homem de confiança, ele assumiu a frente do regime chavista nos momentos em que o tiranete foi obrigado a se retirar para combater o câncer contra o qual lutava. Maduro foi o responsável por apresentar informes confusos e contraditórios sobre o estado de saúde de Chávez e documentos público-administrativos assinados por um governante sedado e intubado. Promoveu falsificações para ocultar as circunstâncias da morte do líder venezuelano e manipulou inclusive a cerimônia fúnebre – tudo para dar continuidade à revolução bolivariana [3].

De acordo com as revelações de Luis Velásquez Alvaray – ex-Magistrado do “Tribunal Superior de Justicia” da Venezuela –, o candidato do Luiz Inácio, então na “Asamblea Nacional”, participava de reuniões nas quais o controle revolucionário dos tribunais superiores era decidido. Maduro teria, inclusive, arquitetado o assassinato do próprio Alvaray – o crime seria ocultado com a alegação de suicídio [4].

O escolhido de Chávez – e o preferido do “Chefe” - foi integrante de grupos de guerrilha urbana e de grupos radicais da Universidade Central da Venezuela. Ele foi enviado pela Liga Socialista a Cuba, onde recebeu treinamento político-militar ministrado pelo Partido Comunista. “Hernando”, pseudônimo do ex-agente de inteligência do Departamento Americano de Cuba, revela as relações de Maduro com os genocidas irmãos Castro, e destes com outras lideranças latino-americanas, inclusive com Luiz Inácio [5].


Enfim, o “Chefe” Luiz Inácio faz-se de cabo eleitoral de Nicolás Maduro, não apenas por fidelidade ao “companheiro” Chávez, mas porque o seu candidato representa a continuidade de um projeto de poder, que é criminoso desde a sua raiz: o Socialismo-Comunismo latino-americano.  

  
Notas.

[1]. BRAGA, Bruno. “O Chefe” [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/12/o-chefe.html].

[2]. BRAGA, Bruno. “O Chefe e as Farc” [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/12/o-chefe-e-as-farc.html].

[3]. BRAGA, Bruno. “A morte do revolucionário bolivariano” [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/03/a-morte-do-revolucionario-bolivariano.html]; “Mais armações bolivarianas” [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/03/mais-armacoes-bolivarianas.html].

[4]. BRAGA, Bruno. “A corrupta justiça Socialista-Comunista bolivariana” [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/03/a-corrupta-justica-socialista-comunista.html].

[5]. Para mais informações sobre o depoimento de “Hernando”, ler os preciosos artigos do Notalatina, “Maduro foi forjado pelo Departamento América de Cuba” [http://notalatina.blogspot.com.br/2013/03/maduro-foi-forjado-pelo-departamento.html] e “Como agente cubano, Maduro ousa fazer o que nem Chávez se atreveu” [http://notalatina.blogspot.com.br/2013/03/como-agente-cubano-maduro-ousa-fazer-o.html].

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