Bruno Braga.
No
artigo “Números gayzistas” [1] eu apontei um dos artifícios utilizados pelo
Grupo Gay da Bahia (GGB) para reivindicar uma ampla e obscura engenharia
social: fabricar estatísticas sobre os assassinatos de gays, lésbicas e
travestis para alardear uma matança generalizada de homossexuais no país.
Um
dos problemas destas estatísticas, eu observei, é a “motivação” dos crimes. Mesmo
aceitando os números apresentados, todos os gays listados foram mortos por pessoas
perturbadas que nutriam um ódio mortal contra os homossexuais? Para os casos em
que a resposta é NÃO, a “homofobia” fica descaracterizada e, consequentemente, eles
ficam impedidos de figurar nas estatísticas gayzista.
No
artigo citado [2] eu mencionei o assassinato de um homossexual – ocorrido em
2011 – para exemplificar a necessidade de esclarecer a motivação dos crimes. O homicídio
foi noticiado por um ativista gay da seguinte maneira:
“O
dia de hoje foi atípico. Sentimento de dor, perda, injustiça. Na noite de
ontem, mais um jovem gay assassinado no Brasil. Dessa vez, em São João
del-Rei/MG. Um jovem de 18 anos perde a vida de forma brutal e injusta. No
velório amigos, família e comunidade. Um só discurso: foi injusto, queremos
justiça” [3].
Tomando
apenas este trecho - e considerando o tom da narrativa - o leitor é induzido a
pensar que aquele jovem gay foi brutalmente assassinado por uma pessoa
perturbada, por uma pessoa em que o ódio radical contra os homossexuais se
transforma em vontade de matá-los. Este crime – a princípio motivado pela
“homofobia” - poderia compor as estatísticas apocalípticas do Grupo Gay da
Bahia [4].
Porém,
o próprio ativista gay que noticiou o crime revela o motivo do assassinato na sequência
do texto:
“Até
que a Polícia Civil investigue e conclua o inquérito o que se tem como certo é um jovem gay assassinado pelo próprio
companheiro por não aceitar o término do relacionamento conturbado dos últimos
meses” (o destaque é meu).
Fica
claro que o autor do crime é homossexual. Ele não matou brutalmente um jovem
gay por nutrir um ódio doentio contra homossexuais, quer dizer, por “homofobia”,
mas assassinou o seu próprio companheiro, porque ficou insatisfeito com o
término do conturbado relacionamento. Portanto, o caso está automaticamente
excluído das estatísticas apresentadas pelo Grupo Gay da Bahia, pois não pode
justificar a homofobia e a matança generalizada de gays. Bom, o caso “deveria” estar
excluído, mas será que o GGB não o acrescentou aos seus relatórios? Vamos ver.
Segundo
o Movimento Gay da Região das Vertentes, o “jovem gay” assassinado pelo
ex-companheiro é Felipe Duarte.
(o
destaque em vermelho é meu).
No
início de 2012 o Grupo Gay da Bahia apresentou um relatório dos assassinatos de
homossexuais ocorridos no ano anterior, 2011 [5]. Apresentou uma tabela com os nomes das
vítimas, com as datas dos homicídios e o local das mortes. Verificando a
planilha apresentada pelo GGB, lá está o nome “Felipe Duarte”, morto em São
João del Rei:
(o
destaque em vermelho é meu).
Este
é um exemplo didático de como o Movimento gayzista [6] compôs o seu relatório: incluiu
nele um assassinato que não foi motivado por homofobia. Por causa da motivação o
crime não poderia figurar nas estatísticas da militância gay, que têm um objetivo:
alardear uma matança generalizada de homossexuais para comprovar que o Brasil é
um país homofóbico; e, a partir daí, reivindicar uma série privilégios,
modificações legislativas, reformulações educacionais e culturais - enfim,
promover uma ampla e obscura engenharia social.
Notas.
[1].
BRAGA, Bruno. “Números gayzistas” [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/01/numeros-gayzistas.html].
[2].
Idem.
[4].
Cf. [1].
[5].
Cf. Grupo Gay da Bahia (GGB) [http://www.ggb.org.br/assassinatos%20de%20homossexuais%20no%20brasil%202011%20GGB.html].
[6].
Observar sempre a diferença entre o homossexual e o Movimento gayzista. Este
último é a transformação da sexualidade em princípio de organização política e
de promoção de engenharia social.
Leitura sugerida.
4 comments:
Fica evidente que existem grupos interessados em apoiar e incentivar o movimento gayzista para mudar a estrutura da sociedade.
Não tenha dúvida disso.
Obrigado pelo comentário.
Atenciosamente,
Bruno Braga.
Obrigado, José Carlos – comentário pertinente.
Bruno Braga.
http://b-braga.blogspot.com
Barbacena, 04 de Fevereiro de 2013.
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