Bruno Braga.
O Conselho Federal e conselhos
regionais de Medicina abraçaram a “causa” abortista [1]. Instituições que têm
por princípio defender a vida agora levantam a bandeira da cultura da MORTE.
Para firmarem o posicionamento, os Conselhos observaram que ele está
fundamentado em “inúmeros estudos e contribuições”. Certamente eles não
incluíram em suas pesquisas os estudos que apontam o aborto como causa de
aumento da mortalidade materna e como gerador de danos à saúde da mulher (Cf.
artigo reproduzido ao final do texto).
Não. A fonte dos “inúmeros estudos
e contribuições” que fundamentam a decisão dos Conselhos de Medicina é a mesa
de discussão “Aborto e desigualdade social”, que foi promovida durante I
Encontro Nacional de Conselhos de Medicina, realizado entre 06 e 08 de Março de
2013, em Belém (PA). É o que informa o próprio Conselho Federal de Medicina
[2]. Acontece que esta “mesa de discussão” foi composta somente por ABORTISTAS,
sim, ABORTISTAS [3]: Débora Diniz, Christian de Paul de Barchifontaine e
Diaulas da Costa Ribeiro.
Débora Diniz, encarregada de
apresentar a “visão feminina”, é representante da ANIS (Instituto de Bioética,
Direitos Humanos e Gênero), organização feminista que integra o CLACAI
(Consorcio Latinoamericano Contra el Aborto Inseguro), entidade fundada pelas
organizações Rockefeller para fomentar o aborto na América Latina [4].
Christian de Paul de
Barchifontaine apresentou – aliás, deveria apresentar - a “visão religiosa”. Mas,
ele é um Padre – Padre?! Que tipo de Padre?! – que torce e distorce a doutrina
da Igreja Católica para que ela acolha o aborto em determinadas circunstâncias.
Em 1996, Barchifontaine – o tal “Padre” – demonstrou que para a realização de
sua “causa” era permitido até mesmo difamar a instituição à qual jurou
fidelidade: “O que ela [a Igreja] deveria fazer era promover mais a educação,
admitir e transmitir as informações sobre os métodos anticoncepcionais. A
ciência existe para melhorar a qualidade de vida das pessoas e a Igreja tem que
caminha com estas evoluções” [5].
Diaulas da Costa Ribeiro, promotor
de justiça, considerou o tema do aborto sob a perspectiva “jurídica”. No
Encontro dos Conselhos de Medicina ele endossou a reformulação do Código Penal
para ampliar os casos de “aborto legal”. Diaulas é a favor do aborto e também
da eutanásia – e ainda defende os “direitos sexuais” de pessoas com paralisia
cerebral, que devem ser atendidas por prostitutas [6]
Enfim, a “mesa de discussão”
organizada no Encontro dos Conselhos de Medicina não promoveu “discussão”
alguma sobre o aborto. Promoveu, sim, a propaganda abortista. Em vez de um
fundamento teórico, um pretexto ideológico para assumir um projeto de
engenharia social e sua macabra cultura da morte.
***
Aborto aumenta a mortalidade materna e danifica saúde de
mulheres, asseguram peritos ante a ONU.
NOVA IORQUE, 08 Mar. 13 / 11:02 am (ACI/EWTN Noticias).-
Peritos em medicina argumentaram em Nova Iorque ante a Comissão Jurídica e
Social da Mulher da Organização das Nações Unidas (ONU), que o aborto incrementa
a taxa de mortalidade materna e danifica a saúde das mulheres.
Os especialistas, provenientes de
diversas partes do mundo, afirmaram que o aborto não é necessário para promover
a saúde das mulheres já que em realidade a prejudica.
Além disso, rechaçaram as hipóteses dos
que apoiam a expansão do aborto como "direito", enfatizando que na
gravidez, inclusive aquelas consideradas como de alto risco, não há um conflito
entre as necessidades da mãe e das crianças.
A Dra. Donna J. Harrison, Diretora de
Investigação da Apólice Pública da Associação Americana de Obstetras e
Ginecologistas Pró-vida, conversou com o grupo ACI após sua intervenção ante a
ONU em 6 de março.
Harrison enfatizou que "os
verdadeiros cuidados médicos diminuem a taxa de mortalidade materna, o aborto
em troca não" e assinalou que as pílulas abortivas "aumentam as
complicações depois do aborto. São muito mais perigosas".
A perita recordou que para os que
promovem o aborto "é muito mais fácil promover uma pílula que o aborto
cirúrgico", pois é mais barato dar à mulher uma pílula "que cuidar
dela cirurgicamente ou estar disponível para ela caso apresente alguma
complicação".
Assinalou deste modo que como as
pílulas não estão necessariamente sob a supervisão de um médico, acabam sendo
usadas livremente sem um exame prévio da mulher "e sem nenhum plano de
seguimento". Tudo isso é o que em realidade aumenta o risco de
mortalidade.
A doutora sublinhou que em países em
vias de desenvolvimento, se se apresentam complicações como hemorragia severa e
abortos incompletos, "convertem-se em morte" porque a mulher não tem
a possibilidade de acessar uma atenção de emergência imediata.
Outro dos especialistas que interveio
ante a Comissão foi o Dr. Eoghan De Faoite, membro da Junta da Comissão de
Excelência na Saúde Materna da Irlanda.
O médico criticou os ataques
internacionais à defesa da vida através da proibição do aborto na Irlanda e
precisou que esta prática não é um procedimento medicamente necessário.
De Faoite disse que a Irlanda tem uma
das taxas mais baixas de mortalidade materna no primeiro mundo e que não
experimentaram o "aumento da mortalidade" que se vê em outros países
ocidentais que legalizaram o aborto.
Além disso, citou vários estudos que
afirmam que não há dados que sugiram que o aborto diminui a mortalidade
materna.
O Dr. Elard Koch do Centro de Medicina
Embrionária e Saúde Materna no Chile explicou que os dados demonstram um
aumento da mortalidade materna quando o aborto foi legalizado em diversos
países ao redor do mundo.
Koch sustentou que a mortalidade
materna pode ser reduzida com a educação, tendo mais técnicos especializados na
atenção de partos.
Precisou que uma das medidas que deve
promover-se é que as mulheres tenham acesso a centros higiênicos de saúde com
um pessoal altamente qualificado, em vez do aborto como alternativa que só
danifica as mulheres.
Fonte. ACIDigital.
***
Notas.
[1].
BRAGA, Bruno. “Conselho de Medicina Abortista” [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/03/conselho-de-medicina-abortista.html].
[2].
Cf. CFM, “Conselhos de Medicina se posicionam a favor da autonomia da mulher em
caso de interrupção da gestação” [http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=23661:conselhos-de-medicina-se-posicionam-a-favor-da-autonomia-da-mulher-em-caso-de-interrupcao-da-gestacao&catid=3].
[3].
Cf. I ENCM 2013, Apresentações [http://www.eventos.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21038&Itemid=524].
[4]
CLACAI [http://www.clacai.org/integrantes]. BRAGA,
Bruno. “O Movimento Abortista” [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/09/o-movimento-abortista.html];
“A investida abortista” [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/07/a-investida-abortista_27.html] –
Cf. a documentação em PDF disponível nestes dois artigos.
[5].
VIEIRA, Humberto. “A polêmica questão do aborto” [http://www.providafamilia.org.br/doc.php?doc=doc10444].
[6].
Cf. Revista Época, 2005. “Diaulas Costa Ribeiro – Promotor de polêmica” [http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI50183-15228,00-DIAULAS+COSTA+RIBEIRO+PROMOTOR+DE+POLEMICA.html].
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