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Saturday, March 09, 2013

Mais armações bolivarianas.


Bruno Braga.


Os herdeiros políticos de Hugo Chávez mantém vivo o propósito da falsificação. Antes, documentos forjados, fotos e imagens manipuladas [1]. Agora é a vez de transformar um cortejo fúnebre em peça de teatro. O caixão que percorreu as ruas de Caracas não guardava o corpo do líder bolivariano. Foi o que afirmaram militares que conhecem o procedimento do traslado à publicação espanhola “ABC” [2].

O cadáver de Hugo Chávez veio de Cuba – onde o ditador de fato faleceu – e ficou depositado na Academia Militar venezuelana. O caixão utilizado na procissão popular estava vazio ou preenchido com algum peso, e foi trocado no sótão da Academia – local de acesso restrito, em um momento em que as câmeras que acompanhavam o cortejo nada puderam registrar. É possível notar que o caixão que entrou não é o mesmo que de lá saiu com o corpo a ser velado:




O corpo de Chávez não devia estar mesmo dentro daquele caixão que percorreu as ruas de Caracas. Porque debaixo de um sol intenso, e submetido a um forte calor, a conservação do cadáver do ditador venezuelano estaria comprometida, e ele não poderia ficar exposto ao público durante dias.

Nicolás Maduro anunciou o propósito de embalsamar o corpo de Hugo Chávez. Esta declaração reforça não apenas a tese de que o revolucionário bolivariano morreu em Cuba, mas que lá mesmo foi embalsamado.

O processo de embalsamamento não é simples, ele deve ser realizado nas primeiras 12 horas após a morte da pessoa. Assim atesta Cirino Otávio, especialista na técnica [3].

Para o embalsamador Airton Lima, embalsamar o cadáver de Chávez seria problemático, porque depois de dias do falecimento, o corpo já está em fase de decomposição:

Será que fizeram o embalsamamento na hora ou vão deixar para depois? É preciso levar em conta que ele estava doente, internado e recebendo soro, e depois foi feita uma procissão (por Caracas), no calor. O corpo de Chávez pode levar três ou quatro dias para aceitar o líquido injetado” [4] (o destaque é meu).

Intervenções cirúrgicas, quimioterapia, medicação forte e pesada e cortejo fúnebre sob o forte calor de Caracas. O embalsamamento seria praticamente inviável, a não ser que tivesse sido preparado e realizado em Cuba, onde os militares asseguram que Hugo Chávez de fato morreu.

É preciso observar que a técnica de embalsamar é frequentemente utilizada quando um corpo precisa ser transportado de avião para outro estado ou país; ou, para ele ser velado dias a fio em uma cerimônia pública [5]. Este é o caso do cadáver de Hugo Chávez, que foi transportado de Cuba – onde foi embalsamado – para Venezuela, para uma cerimônia fúnebre que duraria dias.

Adiar o anúncio da morte de Hugo Chávez serviu para os seus herdeiros políticos espoliarem ainda mais a Venezuela, e prepararem a sucessão do revolucionário. O cortejo fúnebre foi armado para transformar uma cerimônia pública – reforçada com uma massa de militantes chavistas – em sinal de apoio “popular” ao regime ditatorial. Enfim, foi mais uma armação produzida pelos revolucionários Socialistas-Comunistas bolivarianos.

  
Notas.

[1]. BRAGA, Bruno. “A morte do revolucionário bolivariano” [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/03/a-morte-do-revolucionario-bolivariano.html].



[4]. Idem.

[5]. Idem.


Sugestões de leitura.

Graça Salgueiro, Notalatina, “Golpe de Estado na Venezuela!” [http://notalatina.blogspot.com.br/2013/03/golpe-de-estado-na-venezuela.html].

Ucho.info., “Última mentira da fábula de Chávez mostra que tiranete bolivariano morreu há tempo” [http://ucho.info/ultima-mentira-na-fabula-de-chavez-mostra-que-tiranete-bolivariano-morreu-ha-tempo].


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