Bruno Braga.
Os
herdeiros políticos de Hugo Chávez mantém vivo o propósito da falsificação.
Antes, documentos forjados, fotos e imagens manipuladas [1]. Agora é a vez de
transformar um cortejo fúnebre em peça de teatro. O caixão que percorreu as
ruas de Caracas não guardava o corpo do líder bolivariano. Foi o que afirmaram militares
que conhecem o procedimento do traslado à publicação espanhola “ABC” [2].
O
cadáver de Hugo Chávez veio de Cuba – onde o ditador de fato faleceu – e ficou
depositado na Academia Militar venezuelana. O caixão utilizado na procissão
popular estava vazio ou preenchido com algum peso, e foi trocado no sótão da
Academia – local de acesso restrito, em um momento em que as câmeras que
acompanhavam o cortejo nada puderam registrar. É possível notar que o caixão
que entrou não é o mesmo que de lá saiu com o corpo a ser velado:
O corpo
de Chávez não devia estar mesmo dentro daquele caixão que percorreu as ruas de
Caracas. Porque debaixo de um sol intenso, e submetido a um forte calor, a conservação
do cadáver do ditador venezuelano estaria comprometida, e ele não poderia ficar
exposto ao público durante dias.
Nicolás
Maduro anunciou o propósito de embalsamar o corpo de Hugo Chávez. Esta
declaração reforça não apenas a tese de que o revolucionário bolivariano morreu
em Cuba, mas que lá mesmo foi embalsamado.
O
processo de embalsamamento não é simples, ele deve ser realizado nas primeiras
12 horas após a morte da pessoa. Assim atesta Cirino Otávio, especialista na
técnica [3].
Para
o embalsamador Airton Lima, embalsamar o cadáver de Chávez seria problemático,
porque depois de dias do falecimento, o corpo já está em fase de decomposição:
“Será que fizeram o embalsamamento na hora
ou vão deixar para depois? É preciso levar em conta que ele estava doente,
internado e recebendo soro, e depois foi feita uma procissão (por Caracas), no
calor. O corpo de Chávez pode levar três ou quatro dias para aceitar o líquido
injetado” [4] (o destaque é meu).
Intervenções
cirúrgicas, quimioterapia, medicação forte e pesada e cortejo fúnebre sob o
forte calor de Caracas. O embalsamamento seria praticamente inviável, a não ser
que tivesse sido preparado e realizado em Cuba, onde os militares asseguram que
Hugo Chávez de fato morreu.
É
preciso observar que a técnica de embalsamar é frequentemente utilizada quando um
corpo precisa ser transportado de avião para outro estado ou país; ou, para ele
ser velado dias a fio em uma cerimônia pública [5]. Este é o caso do cadáver de
Hugo Chávez, que foi transportado de Cuba – onde foi embalsamado – para Venezuela,
para uma cerimônia fúnebre que duraria dias.
Adiar
o anúncio da morte de Hugo Chávez serviu para os seus herdeiros políticos
espoliarem ainda mais a Venezuela, e prepararem a sucessão do revolucionário. O
cortejo fúnebre foi armado para transformar uma cerimônia pública – reforçada
com uma massa de militantes chavistas – em sinal de apoio “popular” ao regime
ditatorial. Enfim, foi mais uma armação produzida pelos revolucionários
Socialistas-Comunistas bolivarianos.
Notas.
[1].
BRAGA, Bruno. “A morte do revolucionário bolivariano” [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/03/a-morte-do-revolucionario-bolivariano.html].
[2].
Cf. “ABC.es”, 08 de Março de 2013 [http://www.abc.es/internacional/20130308/abci-feretro-chavez-vacio-201303072142.html].
[3].
Cf. G1, 09 de Março de 2013 [http://m.g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/03/ideal-e-embalsamar-corpo-em-ate-12-horas-apos-morte-diz-especialista.html].
[4].
Idem.
[5].
Idem.
Sugestões de leitura.
Graça
Salgueiro, Notalatina, “Golpe de Estado na Venezuela!” [http://notalatina.blogspot.com.br/2013/03/golpe-de-estado-na-venezuela.html].
Ucho.info.,
“Última mentira da fábula de Chávez mostra que tiranete bolivariano morreu há
tempo” [http://ucho.info/ultima-mentira-na-fabula-de-chavez-mostra-que-tiranete-bolivariano-morreu-ha-tempo].
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